2025

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Onde você coloca a sua felicidade?

Reflita sobre como você prioriza a alegria em sua vida

Atualizado em

“A felicidade está onde você a coloca. O problema é que você nunca a coloca onde você está”. Essa frase, de autor desconhecido, nos ajuda a refletir sobre o sentido desta palavra tão simples e complexa ao mesmo tempo. Talvez a questão não seja onde colocamos nossa felicidade, mas sim o que ela representa para cada um de nós.

Há quem diga que a felicidade não é deste mundo, que nós vivemos apenas momentos de alegria em meio às adversidades. Outros acreditam que irão encontrar a felicidade fazendo viagens pelo mundo, enquanto alguns creem que estarão felizes conquistando riqueza e bens materiais. E ainda há aqueles que procuram a felicidade no outro, em alguma pessoa que os complete.

A verdade é que a felicidade não precisa ser tão complexa e difícil de ser conquistada. Ela não depende de que algo externo nos aconteça. Nós vivemos na agitação cotidiana e muitas vezes nos tornamos cegos quando ela se apresenta a nós. Então, em alguns casos, precisamos passar por uma crise ou alguma perda, para que voltemos a enxergar o quão precioso deve ser cada instante de nossa vida.

Contudo, para que encontremos a felicidade não precisamos deixar de lado os outros sentimentos, como tristeza, raiva e medo – que fazem parte de nós e também nos tornam humanos. Aceitar que estes sentimentos existem (e que eventualmente podem aparecer em nossa caminhada) é a certeza de que a felicidade, o amor e a serenidade também caminham juntos conosco.

Em busca da sua felicidade

Penso que a felicidade mora em nós: na forma como percebemos a nossa vida, como vivemos nossa história. Quando passamos a valorizar cada pequena vitória em nossa vida, somos felizes. E nem é preciso fazer comparações com o outro. Basta olhar para tudo que já vivemos, pessoas que conhecemos, aprendizados, conquistas, mudanças, etc.

Acredito que há algo simples que podemos fazer para nos lembrar da nossa própria felicidade. É só olhar para uma criança. E nem precisa ser mãe ou pai para fazê-lo. Observe um sobrinho, um neto, ou apenas uma criança brincando no parque. Mesmo as infâncias mais difíceis podem ter tido momentos de grande felicidade. Esse pequeno ser está descobrindo o mundo. Quando ainda bebê, vai aprendendo a ter controle sobre as mãos e os pés, balbucia sons que vão formando palavras e cada descoberta é um brilho no olhar, pura felicidade. A cada novo estímulo que lhe é apresentado ele vibra. Olhar para uma criança é o mesmo que viajar pelo mundo, pois viajamos através de seu olhar. Tudo é uma nova descoberta.

Então é válido lembrar que também já fomos crianças um dia, e passamos por todo esse aprendizado. Caímos e levantamos tantas vezes sorrindo, mas também escolhemos errado tantas vezes para aprender o que era certo para nós. Somos um somatório de muitas experiências. Algumas podem ter sido ruins, mas outras tantas foram realmente especiais. Então vamos nos orgulhar dessa pessoa que chegou até aqui e ser feliz agora!

Maria Cristina Gomes

Maria Cristina Gomes

É psicóloga sistêmica. Atua com traumas pela abordagem Somatic Experience® além de abordar outras questões de relações interpessoais, autoestima e postura diante da vida. Atende online e presencialmente na cidade de Belo Horizonte.

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