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Amor ou trabalho em primeiro plano?

Dá para conciliar vida amorosa com ascensão profissional?

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Nos meus atendimentos, uma das reclamações mais frequentes das mulheres é que seus parceiros não conseguem o equilíbrio entre o tempo para o trabalho e o tempo para o relacionamento.

Elas também, por sua vez, também se encontram nessa berlinda – divididas entre querer ter sucesso na carreira, além de serem lindas, bem cuidadas e amadas.

É claro que chega uma hora em nossas vidas em que vivemos o impasse entre se dedicar ao trabalho para conseguir aquela promoção desejada ou ter disponibilidade para quem se ama. Mas será que realmente precisamos enxergar só um lado de nossas vidas?

Será que ao abrir mão de alguém que amamos seremos realmente compensados com a ascensão profissional?

O que eu vejo em muitos casos são pessoas que acabam extrapolando os seus limites entre produzir um excelente trabalho e se tornar um escravo dele. Deixam de respeitar até mesmo o horário de almoço e se esquecem da importância de ter uma alimentação saudável.

Realmente, essas pessoas estão ultrapassando o limite entre o trabalhar bem e o respeito por si mesmas.

Se essas pessoas se esquecem de comer, imagina se estão dando a devida atenção ao seu parceiro? Muito provavelmente não.

Certamente, a compreensão do par é muito importante para continuar ao lado de quem ama, mantendo a relação em harmonia. E nem sempre o parceiro consegue abrir os olhos do seu par para o exagero da entrega dele ao trabalho.

Lacunas a preencher

Muitas pessoas têm a visão de que relacionamentos amorosos trazem junto no pacote problemas que podem interferir em outras áreas da vida, tal como a profissional. Realmente, se pensarmos assim, vamos atrair não só esse tipo de relacionamento conflituoso, como acabaremos mesmo gerando complicações e interferências no trabalho.

Em alguns casos, eu vejo pessoas bem sucedidas que têm algum tipo de compulsão por seu trabalho e acreditam que sua realização está apenas em suas metas profissionais. Ao mesmo tempo, se veem vazias de sentimentos e sozinhas.

Seus relacionamentos, no geral, são casuais, porque essas pessoas não se colocam como abertas a ter um relacionamento amoroso com comprometimento.

Assim, vemos homens e mulheres super bem profissionalmente e com uma lacuna na vida amorosa, porque não dão a devida importância a essa parte de suas vidas.

Se você está passando por esse impasse, se questione:

  1. Se você é uma pessoa bem sucedida e acha que ter um amor nesta fase de sua vida iria atrapalhar seus planos, será que não está vendo o amor como um problema?
  2. Se você tem alguém e a relação está complicada, por acaso já passou pela sua cabeça que você poderia estar usando o seu trabalho como uma desculpa para não ter que tomar uma decisão definitiva no seu relacionamento?
  3. Será que você quer mesmo ter uma relação mais séria com essa pessoa que está ao seu lado? Seja sincero e honesto consigo mesmo e busque a resposta sobre o que você sente pelo seu par.
  4. Ter alguém ao lado realmente implica em trocar atenção, amor e carinho. Será que uma boa conversa com o par, explicando sobre suas metas e como você precisa se dedicar neste momento ao seu trabalho não seria uma solução para equilibrar essas duas partes de sua vida?

Compensar a falta de atenção num fim de semana porque você ficou trabalhando vários dias além da conta pode ser uma maneira provisória de resolver a sua situação amorosa. Mas buscar uma solução plausível para as duas partes requer um equilíbrio entre o trabalhar bem e respeitar a vontade de ficarem juntos.

Se você percebe que há em você alguma resistência ao pensar na possibilidade de conciliar o sucesso profissional e sucesso afetivo, opte por ler:

Bruna Rafaele

Bruna Rafaele

Psicanalista, especialista em Saúde Mental. Faz atendimentos presenciais no Rio de Janeiro e consultas online no Personare.

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