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Arianos que fizeram história

Perceba características de Áries a partir dos mapas de Chaplin e Senna

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Para compreender os signos da Astrologia, nada melhor do que exemplos práticos e reais. Vamos então mergulhar um pouco na história de vida de dois arianos que fizeram história. Diferentes em suas vidas, mas muito parecidos no quesito “intrepidez”. Falo de Ayrton Senna e Charles Chaplin, ambos filhos de Marte.

Ayrton Senna nasceu no dia 21 de março de 1960, às 2h35m, na maternidade Pró-Matre, em São Paulo. Estes dados foram publicados pelo jornal Folha de São Paulo no dia 2 de maio de 1994 e reproduzem o que se encontra em sua certidão. De acordo com seu mapa astrológico de nascimento, podemos verificar que Senna veio ao mundo com um destino marciano clássico: além de ter o Sol em Áries, nasceu no momento em que o planeta Marte (regente diurno de Áries) se levantava no horizonte. Era, como geralmente são os típicos arianos, uma pessoa que tinha pressa. E resolveu esta pressa se dedicando a competições com carros de corrida, onde poderia dar toda vazão ao seu gosto pela velocidade.

Assim como Senna, arianos típicos rejeitam completamente a lentidão. Se o mundo lhes parece lento, ficam angustiados. Há também, consequentemente, o gosto pela aventura, e nada apavora mais do que a perspectiva de se viver uma vida tediosa. Paga-se um preço por isso, é claro. Como, aliás, ocorre com qualquer escolha: sempre pagamos um preço. No caso de Senna, Marte ascendente em oposição ao planeta Urano assinalava o risco de acidentes em decorrência de material cortante, explosivo ou elétrico. Mas é muito difícil dizer “não se arrisque” para uma pessoa tão fortemente regida por Marte. Pior do que o risco de morte precoce, para ele, era o risco de uma vida mal vivida.

Prudência, ambição e humanitarismo

Não que Senna fosse imprudente. Tinha a Lua em Capricórnio em conjunção aplicativa ao planeta Saturno. Certamente era uma pessoa meticulosa e que planejava com muito esmero tudo o que pretendia – e essas características não são muito comuns no signo de Áries, mas cada pessoa neste mundo é muito mais do que apenas um signo. Podemos dizer que as qualidades de Saturno no mapa de Senna eram muito bem vindas, tanto por concederem um mínimo de prudência como por terem a capacidade de amplificar a ambição ariana natural. Sim, Senna tinha o mapa de um homem ambicioso e ao mesmo tempo muito humano, amigo e voltado para causas sociais. Seu Ascendente era Aquário e Netuno ativava seu Meio do Céu. Não é à toa que seu nome passou a batizar um Instituto que tem por objetivo auxiliar a educação pública no Brasil.

Em Senna, o arquétipo de Marte se manifestou em sua forma mais plena, com todas as glórias e dissabores próprios do planeta. Se por um lado Marte promete aos seus filhos típicos uma vida de glórias, vitórias e conquistas, por outro lado aumenta as circunstâncias de riscos e perigos. Como sempre se diz em Astrologia: não há mapa perfeito, e tudo cobra um preço.

Charles Chaplin, considerado o maior cineasta de todos os tempos, foi um ariano bem diferente de Senna. Nascido no dia 16 de abril de 1889, às 20h, em Londres, tinha Ascendente e a Lua em Escorpião. Ou seja: era marciano tanto por signo solar quanto por ascendente, já que Escorpião também é regido (noturnamente) pelo planeta Marte. É de Chaplin a frase “a vida é maravilhosa quando não se tem medo dela”, e tal afirmação sintetiza com perfeição o signo de Áries. Este é o signo do destemor. Se no caso de Senna a demonstração da ausência de medo vinha a partir do exercício de um esporte competitivo de risco, no caso de Chaplin a ausência de medo se revelava a partir de sua arte. Arte provocativa, contestadora, que fazia rir, mas que possuía imenso significado político. Muitas de suas obras eram tão provocativas que renderam a Chaplin inimigos políticos. Ele era controverso, sabia disso, e não tinha nenhum medo de alfinetar figuras públicas.

Tendo nascido no nascer da Lua, Chaplin foi um homem capaz de canalizar sua poderosa imaginação, captando os sinais emocionais do ambiente e convertendo-os em imagens, música, poesia. As pessoas nascidas com a Lua manifestam esta peculiaridade criativa, que em Chaplin foi canalizada pela força contestadora, ousada e divertida do Sol em Áries.

Sua “arianitude” pode ser percebida também por sua extrema autonomia, por sua invulgar independência. Chaplin atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes. Não precisava de ninguém, ou achava não precisar. Fazia tudo sozinho. Este traço de comportamento pode ser encontrado em arianos clássicos. É até difícil trabalhar com eles, pois são excessivamente independentes e gostam de ser deixados livres em seu processo criativo. Chaplin era impaciente, extremamente impaciente com a lentidão alheia, como geralmente ocorre com pessoas arianas. Por isso mesmo, fazia tudo sozinho. Não gostava de depender dos outros.

Outra famosa frase de Chaplin diz o seguinte: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. Se você entender o que ele quis dizer, parabéns: você acaba de compreender a essência fundamental do signo de Áries.

Alexey Dodsworth

Alexey Dodsworth

Astrólogo e autor de análises de Astrologia, Tarot e Runas do Personare. Sua afinidade com temas esotéricos se alinha com sua defesa à liberdade de saberes, sejam eles científicos ou não.

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