A culpa é sempre dos outros?
Responsabilizar-se pelos próprios atos ajuda a se conhecer melhor
Por Fernando Belatto
“É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro”, já dizia Raul Seixas na sua música “Por quem os sinos dobram”. E, de fato, não podemos negar que realmente é muito fácil colocarmos a culpa em alguém ou em alguma coisa pelas situações (principalmente as desagradáveis) que acontecem em nossas vidas.
Colocar a responsabilidade em alguma coisa externa, que está fora, nos traz um alívio momentâneo. Mas será que este alívio nos traz crescimento? E você acha que vale mais a pena um alívio momentâneo ou de fato progredir no caminho evolutivo de consciência?
A autorresponsabilidade, por mais desafiante que seja, tem a força de nos trazer a semente do desenvolvimento. Afinal, é praticamente impossível alcançarmos evolução sem nos responsabilizarmos pelos nossos atos. É preciso aceitar e se responsabilizar pelos desafios do nível presente onde nos encontramos.
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Culpa dos outros? Encare as situações como um jogo
Para facilitar, vamos imaginar um jogo no qual precisamos andar de casa em casa até chegarmos ao final (o qual é representado pela própria energia do amor e da harmonia constantes em nossas vidas). Nesse jogo, cada casa representa um nível de consciência e a regra diz que a única forma de sairmos de uma casa e progredirmos para a próxima é absorvendo o aprendizado da casa que nos encontramos, integrando a consciência deste nível. Assim, caminharemos de passo em passo até a meta final, ou seja, a libertação!
Por exemplo, podemos imaginar que o momento da vida que estamos passando nos exige aceitação. Isso significa que enquanto não desenvolvermos essa aceitação vamos continuar “sofrendo” no duro aprendizado. A partir do momento em que aceitarmos, conseguiremos então dar um passo a frente no jogo e em nossa jornada evolutiva.
Visualizando esse jogo e fazendo uma relação com a nossa vida, podemos entender que as situações acontecem para nos mostrar em que casa/nível de consciência estamos. Se formos mais a fundo um pouco, poderemos perceber que algumas situações só se repetem em nossas vidas quando ainda não aprendemos de fato o que elas têm para nos ensinar. Quando esse aprendizado é assimilado, que maravilha! Avançamos uma casa e podemos então progredir um nível a mais na jornada do amor ou da harmonia.
A autorresponsabilidade é uma chave poderosa para andarmos um passo neste jogo, pois ela traz consigo a verdade. Só quando assumimos onde estamos e passamos o que devemos passar é que a integração pode acontecer. Enquanto nossos medos, vergonhas e culpas nos afastarem daquilo que a vida tem para nos ensinar, ficará muito difícil progredirmos no caminho do amor.
Autorresponsabilidade gera transformação
Sem essa chave mestra é impossível progredirmos, pois existirá sempre uma distração, uma propensão a culpar algo ou alguém que está fora. A autorresponsabilidade permite que a gente fique focado, traz consigo a semente da maturidade. Esó assim conseguimos olhar para o nosso próprio umbigo e encarar a nossa “sombra” de forma íntegra, assumindo as nossas imperfeições.
Cada dificuldade traz em si a semente do desenvolvimento e cabe a nós achar essa semente. Para começarmos essa busca é necessária a autoresponsabilidade, pois dela brotará a vontade de mudança. Tendo a vontade desperta, uma gama de virtudes começam a vir à tona: paciência, determinação, equilíbrio, fé, justiça, entre outras.
A autorresponsabilidade lhe traz a real possibilidade de transformação, pois você aceita o que bate na sua porta. E é olhando de frente para as situações que conseguiremos mudar os velhos padrões por novos, virtuosos e bons hábitos.
Bendita seja a virtude da autorresponsabilidade. Que ela possa despertar em cada um de nós.
Criador do caminho do O-DGI, unindo os princípios da arte marcial com o autoconhecimento, para ajudar pessoas e empresas a conquistarem o seu melhor potencial.
Saiba mais sobre mim- Contato: contato@odgi.com.br
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