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Como evitar a frustração de não ser amado por quem você gostaria?

Entenda como deixar expectativas de lado e compreender o que busca (de verdade) numa relação

Atualizado em

Quem nunca teve um amor não correspondido que atire a primeira pedra. Amar e não ser amado pode causar um grande sofrimento.Mas será que é possível evitar a frustração de não ter seu amor correspondido? Como lidar com a tristeza e o fato de não ser amado? Como sentir-se plenamente amado e feliz independentemente das respostas de outras pessoas?

Qual é a sua expectativa em relação ao amor?

A ideia de amor não correspondido por si só nos mostra que existe uma expectativa. O que nos faz sofrer é a falta de retribuição do sentimento, ou seja, a expectativa de ser amado de volta.

Como diz a sabedoria popular, “a expectativa é a mãe da frustração”. Quando condicionamos nossa admiração pelo outro à vontade de sermos admirados da mesma forma, abrimos espaço para decepções. Isso porque não é possível exigir que o outro sinta o mesmo que nós.

Mas será, então, que é possível amar sem esperar nada em troca? A resposta é sim! Mais do que isso, é esse estado de amor leve e desapegado que fará nosso sentimento ser correspondido.

O poder do amor desapegado

Há muitos casais que se formam logo após um desistir de conquistar o outro. A história é comum: um dos dois se apaixona e investe em diversas tentativas de conquistar a pessoa amada, porém sem sucesso. Depois de se frustrar, o apaixonado finalmente decide desistir de correr atrás.

De repente, para sua surpresa, a outra pessoa começa a dar sinais de interesse. Quem antes fugia agora também ama e vai ao encontro. O desapego abre espaço para que a pessoa seja amada de volta, pois permite que a energia flua nos dois sentidos em vez de forçá-la constantemente em uma só direção.

Então, como despertar esse estado de amor leve e desapegado que gera a correspondência? Para isso, o primeiro passo é buscar compreender o que é o amor verdadeiro, conforme veremos a seguir.

O que é o amor verdadeiro?

Por mais que o amor seja algo intrínseco à vida humana, é muito comum que diferentes pessoas discordem sobre o seu significado.

Para uns, amor é paixão: quando a paixão existe, eu amo. Para outros, é o desejo de viver: quando a vida é prazerosa, eu amo. Há ainda quem relacione o amor ao sucesso: quando as coisas dão certo, sinto amor. No entanto, todas essas formas demonstram o amor condicionado e não correspondem ao estado interno de amor verdadeiro.

Se quisermos amar apenas quando esse amor for correspondido, estaremos amando com condições. O amor incondicional ama antes de mais nada. Se for correspondido, se alegra e sente gratidão por estar com a outra pessoa. Se não for correspondido, sente-se honrado pela oportunidade de amar o outro.

O amor verdadeiro não espera nada em troca, apenas ama. Podemos dizer que o amor verdadeiro é “autocorrespondente”. Quanto mais se ama, maior é a capacidade de amar.

No entanto, mesmo amando verdadeiramente, todos nós estamos sujeitos a viver um amor não correspondido. Por isso, vale a pena conhecer os princípios que regem os relacionamentos, como a complementaridade.

Falta de complementaridade nos relacionamentos: causa comum para um amor não correspondido

Do ponto de vista da Psicologia, as pessoas com as quais nos relacionamos romanticamente são o nosso oposto complementar. Uma analogia que podemos usar é a da combinação entre chave e fechadura. Você é a chave para a fechadura do seu cônjuge, e vice-versa.

Um amor correspondido é sinal de que existe uma compatibilidade gerada por opostos complementares. As duas pessoas têm o mesmo número, o mesmo “segredo” da fechadura (o que chamamos de similaridade psíquica). Detalhe: o número é o mesmo, mas os dois amantes são contrários em características e personalidades, já que de outra forma não haveria “encaixe”.

Existem casos em que apenas uma das pessoas demonstra interesse, enquanto o outro enxerga a relação somente como amizade. Isso ocorre por falta de complementaridade, isto é, por serem parecidos demais. Enquanto os opostos se atraem, os iguais permanecem amigos.

Autodesafio: o que você busca (de verdade) numa relação?

Passo 1

Pegue uma folha e faça um traço no meio na vertical, dividindo a página em duas colunas. Em seguida, liste na coluna da esquerda as características e qualidades do seu parceiro ideal (pode ser a pessoa que você já ama ou o tipo de pessoa que você quer atrair).

Passo 2

Agora, na coluna da direita, você deverá listar a qualidade complementar positiva para cada uma das características listadas na coluna da esquerda.

Por exemplo, se na lista anterior consta que a pessoa que você ama é “divertida”, a qualidade complementar positiva pode ser “sério”. Se você listou “metódico” na esquerda, pode incluir “espontâneo” na direita. E assim por diante.

Passo 3

O terceiro passo é pensar em como desenvolver em si próprio(a) as características listadas na coluna direita, que é a coluna dos opostos complementares.

Neste momento é comum que algumas pessoas reflitam e percebam que não desejam se tornar alguém com as características da coluna da direita. Se esse for o seu caso, você poderá manter as suas qualidades atuais, DESDE QUE aceite atrair alguém que é o seu oposto. Caso contrário pode continuar  se frustrando com amores não correspondidos.

Como desenvolver um amor desapegado?

Para superar um amor não correspondido e passar a ser amado, é necessário primeiramente deixar de lado as expectativas e buscar desenvolver um amor cada vez mais verdadeiro e desapegado. A partir daí você pode trabalhar suas próprias qualidades para se tornar o oposto complementar da pessoa que quer conquistar. Ao seguir esses passos, a tendência natural é que você consiga construir um relacionamento com uma pessoas que corresponda aos seus sentimentos.

Lucas Scudeler

Lucas Scudeler

É Trainer de Alta Performance da Pandora – Evolução Consciente. Formado em Planejamento Estratégico e Coaching em Psicologia Positiva. Já atuou em consultoria internacional atendendo clientes como Sabesp e Peugeot. É especialista em Psicologia Positiva e Coaching pela Universidade Monteiro Lobato em parceria com o Instituto Brasileiro de Coaching.

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