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Bons profissionais tiram férias

Dicas ajudam a curtir dias de descanso e se desligar das obrigações

apiki

Por apiki

Atualizado em

Trabalhar é um dos prazeres da vida, e nunca deveria ser diferente. Com esta ideia na cabeça, já vivi épocas em que simplesmente desprezava a ideia de tirar férias, assim, formalmente. Se estou sempre me divertindo e sempre produzindo com prazer, parar para que?

Acontece que a vida ensina. Primeiro, é fato que pessoas que se vangloriam de nunca tirar férias se tornam abrutalhadas, entram numa busca desesperada de valor pessoal por meio do trabalho, sucesso, crescimento financeiro… Provas externas de valor próprio. O trabalho e o amor realmente são as duas experiências humanas que conferem sentido à vida, mas a boa medida pede por férias sim, senhor!

Segundo a Universidade de Essex, na Inglaterra, empresas onde as pessoas não tiram um mínimo de vinte dias seguidos de férias, uma vez ao ano, aumentam o absenteísmo e as somatizações físicas, o estresse e a queda de produtividade. Aprendi que levamos dez dias para “desligar” de fato da rotina, e então, usufruir de um descanso. Decretei como obrigatório na minha empresa, a Quantum, que todos gozem trinta dias de férias por ano, sendo dez entre Natal e Ano Novo e outros vinte dias na época escolhida.

Confira abaixo algumas recomendações para usufruir de uma verdadeira recarga de férias

  • Tire férias quando estiver bem. Descansar porque está estresseado ou com conflitos sérios é um erro. Nas férias, você vai passar mais tempo consigo mesmo. Escolha um momento em que aumentar sua própria companhia não seja um tormento e que você possa arejar e se redescobrir um pouco. É uma ótima época para se entregar ao que lhe deixa apaixonado!
  • Mude a rotina, o lugar, a programação. Se puder viajar e gostar de ir à praia ou ao campo, tudo bem. Mas não se obrigue a um tipo padrão de “divertimento oficial”. O importante é realmente se desligar do trabalho e ter prazer e lazer. Permitir-se algo de que realmente goste.
  • Evite usar as férias para marcar aquela cirurgia ou fazer cursos, embora isso seja necessário às vezes. Trocar uma obrigação pela outra compromete a recarga de energias.
  • O contraponto é o fator-chave para não abrir mão de dar uma paradinha: dia e noite, som e silêncio, trabalho e… Descanso!
  • Evite idealizar o divertimento. Certa vez, um grande amigo do Sul veio a São Paulo com os filhos. Por trabalhar muito, sempre quis compensar as coisas neste passeio programando – e fazendo! – muitas atividades. Foi ao parque, shopping, teatro, museu… ufa!

No final, o estresse entre eles era quase um convite, e o fazer, fazer, fazer, uma nova obrigação. Na simplicidade, nos conectamos. Permanecer em contato com si mesmo, numa relação de presença de espírito, é muito importante. Ao visitar lugares, tire fotos, mas só o suficiente. Relaxe e viva o momento. Esta é uma atitude meditativa, mas não “zen”, que pode se expressar em forma de entusiasmo ao dançar o baião no Nordeste, ao relaxar quando deitar ao sol, ou ao saborear a comida e a companhia. As melhores férias da minha vida não foram as idealizadas, e sim as vividas.

As pessoas que se permitem férias com entrega, sem culpas, com alegria, parecem mais balanceadas e cheias de energia. Quando mudamos a rotina, vamos a lugares diferentes, conhecemos e conversamos com gente nova, nos tornamos mais autênticos. Sem repetir padrões prontos, como vemos tanto, nas férias, tomamos contato com nossa energia vital e nossa própria face original!