Como usar o poder da imaginação para reduzir compulsão alimentar
Funciona tanto na fome emocional quanto para despertarmos o potencial para gostarmos de um alimento ou substituirmos por algum mais saudável
Por Marcelo Anselmo
A integração mente e corpo sempre é alvo de curiosidade desde os tempos mais remotos da humanidade. O modo como a mente pode impactar nas funções físicas e como o corpo, por vezes, pode exercer certos domínios sobre o cérebro tem sido cada vez mais provado pela ciência.
Nesse sentido, um dos objetos de pesquisa com maior produção científica contemporânea são as neurociências, ou seja, o estudo do cérebro humano abrangendo desde as estruturas da região até os aspectos funcionais de cada área da mente e os respectivos efeitos nas esferas da emoção e do corpo.
Baseado nesse contexto, um dos fenômenos que vem ganhando destaque na atuação na saúde, no bem-estar e no esporte atende pelo nome de: imaginação!
Isso mesmo, a representação de experiências, paisagens ou objetos vivenciados ou não, tem atuado na reabilitação de movimentos corporais e no treinamento mental para que o atleta crie o cenário de competição no cérebro.
Pouco a pouco, o poder da imaginação está provando também seus resultados no universo da alimentação consciente.
É uma técnica integrante de protocolos de mindful eating com enfoque principal na redução da compulsão alimentar sendo usado na psicologia, nutrição, medicina do estilo de vida e coach do bem-estar.
Em termos práticos, a união da imagética com a atenção plena na alimentação baseia-se na realização de exercícios em que recorremos à imaginação ou à visualização mental perante um episódio de transtorno compulsivo alimentar.
Funciona tanto na , fome emocional gerada por estresse e ansiedade, ou, até mesmo, para despertarmos no nosso cérebro o potencial para gostarmos de um alimento e/ou substituirmos por algum mais saudável.
Como usar o poder da imaginação
No que se refere à experiência em si, o praticante desperta um potencial de ação no subconsciente, que, aos poucos, começa a ser ativado por mecanismos neurais naturais.
Quando ele se vê diante da situação gatilho, pode somente criar o “cenário mental” visando os efeitos de reprogramação do cérebro pelo controle de sensações e redução de impulsos emocionais de forma consiciente.
Acrescente a esse processo, a alteração de crenças sobre alimentos saudáveis que são evitados, mas que podem tornar-se ótimos aliados na substituição mental, evidenciando-se pelas sensações de sabor, leveza e saudabilidade geradas.
Ao estabelecermos conexões desse poder da imaginação com o mindfulness, podemos perceber de forma notória que princípios da atenção plena estão altamente representados nesse contexto, como: a curiosidade, a compaixão e o não julgamento de experiências!
É a união mente e corpo cada vez mais forte, moderna e atuante, pautada em uma das mais incríveis atividades humanas: a imaginação!
Marcelo Anselmo, autor deste artigo, possui um Mini Curso Online sobre Mindful Eating, Princípios do Comer Consciente. Confira clicando aqui!
Fisioterapeuta e Professor de Educação Física; Mestre em Educação; MBA em Marketing; Especialista em Gerontologia; Certificado em Gerenciamento de Estresse; Especialista em Mindfulness e Mindful Eating. Contato: marcelo@plenitudebemestar.com.br
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