Aprenda a lidar com a sua sensibilidade

Como você tem se relacionado com as suas emoções?

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Fomos devidamente ensinados a esconder ou anular sentimentos como medo, saudades, raiva ou dor. Fomos treinados a sorrir na hora da dor. A deixar o corpo presente onde a alma não está. A fingir que não importa, a ouvir o coração disparado e fazer cara de paisagem. E de tanto fingir, começamos a assumir um personagem. Somos pressionados a conter a sensibilidade, a segurar a respiração, não nos expor, a segurar a onda. E de tanto segurar, nos sentimos presos.

Como é a sua relação com os seus sentimentos? É algo natural ou que você evita? Tem vergonha, medo? Quando aparece um sentimento, você consegue identificar? Demonstra? Esconde? Explode? Se perde? Para você, sensibilidade é é elogio ou um problema? Já ouviu que não deveria se sentir sensível? Para você, sentir-se assim é respiro ou afogamento?

Primeiro, é importante dizer que esse não é um desafio só pessoal, é um desafio dos nossos tempos, da nossa cultura. Mas como não costumamos a falar abertamente sobre isso, achamos que é um problema exclusivo, que pode tomar uma dimensão muito grande internamente.  

Aceite sua sensibilidade

Eu já briguei bastante com a minha sensibilidade. Até começar a perceber que as figuras que eu mais admirava uniam a sensibilidade à sua potência, vulnerabilidade e força. Talvez seja exatamente essa união que proporcione ainda mais verdade, autenticidade, vibração. Como diz Clarissa Pinkola Estés, autora de “Mulheres que correm com os lobos, “para criar é preciso que sejamos capazes de nos sensibilizar.”

Você pode se questionar: “Ah, mas se o que sinto me dominar? Se eu não tiver controle?”. Bem, muitas vezes perdemos o rumo justamente porque não nos escutamos, observamos, tampouco nos acolhemos. Se eu estiver presente, se puder contar comigo, poderei aprender a lidar com o que vem. E, claro, pedir ajuda se considerar necessário, por que não? Sem negar nenhuma parte de nós. Só assim podemos nos sentir inteiros. Faz sentido?

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Juliana Garcia

Juliana Garcia

Psicóloga graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pós-graduada em Psicodrama pelo Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno. Pós-graduanda em Análise Junguiana e Arteterapia. Coach pela Academia Brasileira de Coaching. Trabalha temas ligados à autenticidade, coragem e transições de vida.

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