Como usar as terapias integrativas para enfrentar o luto
Práticas como acupuntura e reiki podem colaborar na busca por conforto de quem vive o luto. Descubra quais terapias integrativas são as mais indicadas
Por Eric Flor
Em meio à insconstância da vida, não é comum que estejamos despreparados para lidar com a morte e o fim. Perder ou desapegar-se, seja em relacionamentos afetivos, profissionais, posses, ou locais onde moramos, costuma ser um processo difícil. Encarar o luto requer mais energia do que se imagina, ainda mais quando já estamos cansados.
Sabemos que a morte é irreversível, mas aceitá-la e enfrentá-la é sempre um desafio. Com o sofrimento e as dores da ausência, apego, tristeza, culpa, raiva e ressentimentos, as energias tendem a piorar algo que já não estava bom.
Enfrentar o luto sozinho parece uma boa opção, mas pode ser uma das piores decisões. Ao dar o primeiro passo para compreender essa perda, podemos nos colocar em papéis que costumam trazer dificuldades devido à nossa labilidade emocional.
Entendendo as fases do luto
Os sentimentos que carregamos com o luto, como o vazio e a aceitação, são os mais complicados de lidar. Mas são eles que podem ajudar a transformar efetivamente esse emaranhado de emoções em saudade.
O processo, porém, pode ser difícil. Precisamos lembrar que nem todos têm o mesmo tempo para aceitar ou superar uma perda. Cada um lida como acha melhor – inclusive, agindo como se nada tivesse acontecido. Mas, para qualquer um de nós, há algumas etapas que ajudam a entender essa dor.
Em 1969, a psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross trouxe um novo olhar sobre o tema em seu livro “Sobre a morte e o morrer”. A especialista definiu, na obra, quais são as cinco fases do luto: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação.
Desconheço, na sabedoria humana ou divina, algo que possa apagar a dor de perder alguém ou de passar por essas fases. Como já foi dito, enfrentar sozinho não é muito fácil. Percebo que muitas pessoas nem chegam à última etapa do luto, de tão fracas, cansadas e perdidas que estão.
Além de acompanhamento psicoterapêutico, as terapias integrativas têm cada vez mais espaço nesses processos do enfrentamento do luto. A seguir, saiba mais sobre cada uma e conheça as práticas mais indicadas para ajudar lidar com a perda:
Quais são terapias integrativas recomendadas para cada etapa do luto
Negação
As dificuldades em aceitar a perda, ou a ideia de que aquela pessoa não estará mais ali, podem potencializar a dor e o sofrimento.
Indicação: atendimentos terapêuticos como reiki, acupuntura, Pranic Healing, florais, meditação e aromaterapia. Essas práticas vão trazer para o enlutado mais serenidade e calmaria. Colabora para que o indivíduo esteja mais flexível a essa mudança que está em negação.
Raiva
Aqui, a agressividade movimenta a tristeza que está (ou não) sendo elaborada. Mostra a nova realidade e a impotência perante o luto, deixando o sentimento de revolta, já que é impossível de reverter a situação. A frustração e o inconformismo da perda são o produto final da raiva.
Indicação: atendimentos terapêuticos como reiki, Pranic Healing, florais e aromaterapia possibilitam gerenciar a energia da raiva para limpar ou mover dentro de si outras frustrações. Também é recomendada a prática de atividades físicas.
Negociação
Nesta fase, tentamos aliviar a dor – muitas vezes, nos apegando a algo ou algum comportamento de compensação. Também não é incomum negarmos esse sentimento.
Mas é nesta etapa em que comumente desenvolvemos questões com o divino (seja qual for o seu). Também é quando tentamos nos livrar da dor e do apego ao criar novas rotinas e hábitos — a grosso modo, seriam boas estratégias se não estivessem embasadas em frustações e embebidas em dor e expectativas.
Indicação: as terapias integrativas são fantásticas aqui. Ao promover o autocuidado sem a presença das expectativas e frustrações, realmente começamos transmutar a dor em saudade.
Depressão
Caso a “estratégia” não tenha funcionado, a fase da depressão se instala no enlutado. Um sofrimento imenso e intenso é a marca dessa etapa, que talvez seja um dos mais longos períodos do luto.
Aqui, entramos em contato com nossas fraquezas, impotências, culpas e desesperanças. Tendemos a nos isolar, ficamos introspectivos e pensamos ás vezes em desistir.
Indicação: todas as terapias e práticas integrativas trazem afago, acolhimento e reforço emocional. Na minha prática, a acupuntura é a melhor opção, pois garante mais rapidamente tratar o maior número de queixas. Também auxilia a acalmar, relaxar e gerar energia de acolhimento para o enlutado.
Aceitação
Essa fase ganha força quando estamos mais conscientes de que o luto será sempre uma cicatriz e que a dor, o sofrimento e a tristeza mortal estão virando saudade. É a etapa em que conseguimos dar o próximo passo e viver a vida — ou, como diz o ditado, “tocar em frente”
Indicação: aqui, as terapias integrativas visam auxiliar na adaptação do cotidiano, na promoção de qualidade de vida, na re-experimentação da felicidade, do amor e da alegria de estar vivo. Também colaboram na manutenção desse equilíbrio emocional para as questões do dia a dia.
Aprendendo a lidar com a perda
O luto é uma resposta emocional – ou seja, essas fases podem não se manifestar de forma tão explícita e romantizada. Vale lembrar: o caos interno de cada um pode ditar o ciclo à sua maneira por cada fase.
Isso ocorre para entender melhor como enfrentar o luto, por uma inabilidade de lidar com o ocorrido ou ainda por estar enfrentando novas dificuldades ao mesmo tempo em que encara a perda inicial.
Seja por uma mudança interna, de sonhos ou de crenças – e que pode ocorrer em menor ou maior proporção -, algumas pessoas estão sempre se despedindo de versões suas.
Muitas vezes, essas facetas de enfretamentodo luto, eram (ou aparentavam ser) confortáveis por causa do que elas sonhavam e esperavam, ou ainda em planos e situações que acreditavam ser eternas.
Quando consideramos que tudo pode ser inconstante, nossa vulnerabilidade é sempre colocada em xeque. A falsa sensação de controle e poder podem tiram o sabor de sermos mais honestos no dia a dia com a alma e o coração.
As técnicas integrativas carregam essa fundamentação de amor. Para lidar com alguns dos desafios mais dolorosos do ser humano, que é a morte, nada melhor que uma prática do tipo para ajudar você.
Eric Flor é terapeuta integrativo formado em fisioterapia, acupunturista e mestre em Reiki. Faz atendimentos online e presenciais em João Pessoa com Auriculoterapia, Ventosaterapia, Moxaterapia, Orgoniteterapia, Cristalterapia e Pranic Healing (Cura Prânica) na promoção de saúde em todos níveis, equilíbrio e bem-estar.
Saiba mais sobre mim- Contato: eriflorfrancisco@gmail.com
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