Pesquisar
Loading...

De onde vem meu complexo?

Baixa autoestima pode alimentar crenças destrutivas sobre si mesmo

Atualizado em

Particularidades físicas, nome diferente, sensação de inferioridade, entre outras muitas causas, podem fazer com que as pessoas desenvolvam complexos ao longo do tempo. Mas isso não é uma regra, já que a origem dos complexos não é bem definida. Afinal, tratam-se de emoções inconscientes que foram reprimidas em algum momento de nossas vidas.

Assim, algo pode se tornar um complexo para um e não para o outro. Mas geralmente o complexo surge a partir de um julgamento. E esse juiz implacável pode ser alguém próximo ou nós mesmos. Mesmo um complexo criado devido a alguma particularidade física é definido pela emoção que criamos a respeito desta característica.

Cobranças e excesso de comparação podem desencadear complexos

Podemos pensar que a maioria dos complexos aparece em algum momento da infância. Afinal, as crianças estão formando sua personalidade e são muito influenciadas pelo meio em que vivem. Uma criança que tenha alguma particularidade física ou um nome estranho geralmente sofre com apelidos dados pelos coleguinhas ou pela própria família, o que pode gerar um complexo no futuro. Isso ocorre pois alguns padrões são impostos pela sociedade e quando alguém não se encontra dentro de um modelo esperado pode sofrer preconceito e, com isso, criar um complexo.

Penso que é dever dos pais tentar desenvolver a autoestima dos filhos. Excesso de comparação, cobranças e exigências irreais acabam prejudicando as crianças, que podem criar crenças destrutivas que irão prejudicá-los ao longo da vida. Um complexo de inferioridade pode surgir do sentimento de nunca ser bom o suficiente.

Um complexo de inferioridade pode surgir do sentimento de nunca ser bom o suficiente.

Ou seja, aquela criança que só recebe críticas e nunca é elogiada por alguma atitude pode desenvolver tal crença. Por outro lado, quem é criado sem limites pode criar um complexo de superioridade no futuro.

Contudo, em qualquer momento da vida podemos desenvolver complexos. E nem sempre depende do olhar ou da voz do outro. Às vezes é a maneira equivocada que criamos de reagir às situações do cotidiano. A pessoa pode supervalorizar a opinião do outro em detrimento da sua. Ou, ainda, se cobrar uma perfeição que é impossível de alcançar.

Para eliminar esses complexos é necessário muito trabalho e vontade de mudar. Afinal, quem define os modelos e padrões a serem seguidos somos nós. Aos adultos, podem sempre ensinar suas crianças a lidar com as diferenças, sejam elas quais forem, além de amá-las e educá-las com limites e muito amor. Já aqueles que sofrem por algum complexo, precisam compreender a emoção que está por trás dele, qual sentimento predomina. Em muitos casos a autoestima está inadequada. Então, a tarefa primordial é tentar desenvolvê-la. O amor e a aceitação devem vir de nós mesmos e não do outro. Precisamos descobrir a beleza que existe em cada diferença, pois é ela que nos faz únicos e especiais!

 

Maria Cristina

Maria Cristina

É psicóloga sistêmica. Atua com traumas pela abordagem Somatic Experience® além de abordar outras questões de relações interpessoais, autoestima e postura diante da vida. Atende online e presencialmente na cidade de Belo Horizonte.

Saiba mais sobre mim