Qual a diferença entre compulsão alimentar e comer emocional
Entenda as características de compulsão alimentar e comer emocional e como tratar cada caso
Por Priscila Monomi
Muitas pessoas que comem além do necessário por questões emocionais acham que tem compulsão alimentar, mas nem sempre elas aparecem juntas. Por isso, neste artigo, te explico a diferença entre compulsão alimentar e comer emocional.
De fato, em ambas existe uma relação distorcida com a alimentação causada por questões emocionais que leva a comer além do habitual e geram sentimentos negativos após os episódios.
Enquanto a compulsão alimentar tem uma ou várias emoções envolvidas, o comer emocional nem sempre envolve uma compulsão. E, sim, pode não ser nenhum dos casos, mas apenas um episódio de exagero alimentar.
Você se identifica com essas frases?
- “Sinto um vazio e comer me faz sentir preenchida”
- “A ansiedade me faz comer mais”
- “Quando percebo, já comi demais e me sinto estufada depois”
- “Tive um dia cansativo. Mereço comer como recompensa”
- “Não posso desperdiçar essa comida, vou comer até o fim”
Se você já pensou, ou disse uma ou mais dessas frases, você pode sofrer tanto de compulsão alimentar ou comer emocional, ainda que ocasionalmente. Mas a diferença é:
- A compulsão alimentar tem causas que vão além das emoções. Pode vir de crenças relacionadas ao corpo perfeito, problemas com imagem corporal, amor-próprio ou uma consequência de dietas restritivas.
- Já o comer emocional está relacionado às emoções.
Ou seja, compulsão alimentar pode ser uma consequência da fome emocional quando não tratada, onde a única maneira de preencher esse “vazio” é comendo.
Agora, vamos às características da compulsão alimentar e do comer emocional, para você entender melhor o que estou falando. Procure ver em quais você se encaixa:
Características da compulsão alimentar:
- É quando se come muito além do habitual, há um descontrole na quantidade ingerida em um curto espaço de tempo
- Tem episódios semanais por pelo menos 3 meses
- Busca qualquer alimento, seja doce ou salgado
- Uma sensação de falta de controle em seguida vem a culpa ou sentimentos negativos por ter comido
- Normalmente associado a emoções, sentimentos ou pensamentos negativos
- Come geralmente escondido nos episódios.
Características do comer emocional:
- Come após entrar em contato com emoções como raiva, tristeza, alegria ou apenas para buscar um conforto na comida
- Busca alimentos específicos por não ser uma fome física
- Ocorre esporadicamente
- Gera culpa, arrependimento ou sentimentos negativos após comer
Anote: em ambos, uma nova dieta não é solução
A palavra dieta é muito citada quando pensamos em melhorar os hábitos alimentares e estilo de vida. Mas tudo que te limita não é saudável.
Portanto, ficar em guerra com o corpo, tentar excluir alimentos que gosta e tem o hábito de comer não funciona no longo prazo. E pior: podem ser gatilhos para gerar mais transtorno alimentar.
Se você não se sente bem com suas roupas ou sente vergonha de tirar foto de corpo, busque ajuda especializada. Faça algo para você se sentir melhor a cada dia!
Saber os motivos para desejar estar em paz com seu corpo e fazer escolhas alimentares equilibradas são essenciais para conquistar seus objetivos.
E tem mais:
Pare de se comparar!
Cuidado com as redes sociais, porque podem ser gatilhos para a comparação e despertar vontades que nem estavam nos seus planos. Cuide daquilo que você se nutre diariamente, e não estou falando apenas de comida.
Tratamento para compulsão alimentar
Fazer um acompanhamento interdisciplinar, envolvendo psicólogo, psiquiatra e nutricionista comportamental são fundamentais para resgatar o equilíbrio físico e emocional das pessoas que tem compulsão alimentar.
Tratamento para o comer emocional
É necessário encontrar as causas que levam a pessoa a buscar os alimentos. A chave está na consciência. Responda à seguinte pergunta:
- “Costumo comer em excesso quando…”
As respostas vão te guiar para saber se você come por estar desatenta ou fome de algo que vai além da comida.
Profissionais como psicólogos, terapeutas e nutricionistas especialistas em olhar para a história e comportamento alimentar são essenciais para permitir que a pessoa entenda e saiba conviver com seu comer emocional.
Vale salientar que comer emocional é normal. Todos nós temos lembranças de infância com certos alimentos, o chamado “comida afetiva”.
Porém, se este comer for para “preencher um vazio” ou estiver acompanhado de exageros, culpa ou sentimentos negativos, é necessário, sim, buscar ajuda especializada.
O caminho não está na privação, e sim em encontrar satisfação em outras coisas além da comida. O autoconhecimento é o caminho para sua liberdade alimentar.
Nutricionista e Terapeuta de Thetahealing, desenvolve um trabalho de conscientização dos motivos que levam a pessoa a comer, identificando crenças alimentares e de vida. Em seus atendimentos online, une conhecimentos da nutrição consciente e intuitiva e técnicas terapêuticas.
Saiba mais sobre mim- Contato: pripriyumi@gmail.com
- Site: http://priscilamonomi.com