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7 erros sobre Astrologia que você deveria fugir

Consultamos alguns astrólogos do Personare para saber quais são e a verdade por trás dos principais erros sobre Astrologia

Atualizado em

A Astrologia é um conhecimento com mais de 5 mil anos de existência. De lá para cá, as análises astrológicas se popularizaram muito. Porém, muitas vezes, na tentativa de facilitar o seu entendimento, começaram a surgir erros sobre Astrologia.

Muitos desses equívocos prejudicam o uso da Astrologia como ferramenta de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, porque reforçam estereótipos e impedem que as pessoas acessem suas potencialidades.

Sem falar nos preconceitos e nas dificuldades de relacionamento que poderiam ser evitadas.

Pensando nisso, consultamos alguns astrólogos do Personare para saber quais são os principais erros sobre Astrologia que você deve fugir.

7 erros sobre Astrologia

1. Influência dos planetas

Falar em “influência planetária” é um dos principais equívocos envolvendo a Astrologia. Segundo Alexey Dodsworth, não existem “energias astrológicas” nos afetando ou influenciando na Terra.

O que existe é uma relação simbólica entre a vida humana e as posições planetárias, estudada há milhares de anos por diversos povos e culturas. 

Os astrólogos vêm pesquisando e encontrando padrões que se repetem entre os planetas e características da nossa personalidade (entenda aqui os significados de cada planeta no Mapa) e entre os planetas e os acontecimentos.

Mas são simplesmente indicadores. Não há relação de causa e efeito entre planetas e acontecimentos, nem entre a posição dos astros no Mapa Astral e como uma pessoa é de fato.

O Horóscopo indica possíveis situações, enquanto o Mapa aponta características que podem ser virtudes ou defeitos, dependendo de como cada pessoa usa essas potencialidades.

Entenda mais no vídeo:

2. Astrologia determina o futuro

Na mesma linha da “influência planetária”, tem quem acredite que a Astrologia (assim como o Tarot e a Numerologia) é determinista. A Tati Magalhães lembra de um ditado que diz:

“Tudo que acontece está escrito no Céu, mas nem tudo que está escrito acontece.”

O que isso quer dizer? Que a Astrologia é um universo de possibilidades e trabalha com hipóteses, mas não diz necessariamente o que ocorrerá.

“Nós, astrólogos, sempre trabalhamos com hipóteses para o futuro com base em acontecimentos do passado que se repetem. Estudamos a relação entre fatos na Terra e movimentos no Céu e vamos aprimorando as hipóteses, mas são sempre hipóteses”, reforça Tati.

Então, para que serve a Astrologia? Para que, a partir dessas hipóteses, a gente possa planejar nossa vida e fazer melhores escolhas. Ou seja, você não muda os fatos, mas pode mudar a maneira de reagir ao que acontece.

3. Rankings dos signos

Essa história de ranking dos 5 signos mais mentirosos do zodíaco, os signos mais fortes ou o pior signo para namorar, etc., é uma cilada.

“Esse tipo de lista ou ranking cria a impressão de que as pessoas são padronizadas, gostam e são do mesmo jeito, induzindo a julgamentos e preconceitos sobre os outros e, muitas vezes, sobre nós mesmos”, explica Vanessa Tuleski.

Ao enquadrar comportamentos, essas listas dos “signos mais” reforçam estereótipos a respeito dos signos, como, por exemplo, que toda pessoa geminiana é mentirosa, que Áries é explosivo ou que todo mundo de Câncer é chorão.

“Apesar de serem muito populares, esses rankings deveriam servir para mero entretenimento, não para colocar as pessoas em caixinhas”, acrescenta a astróloga.

Por fim, vale lembrar que essas generalizações não contribuem para o nosso autoconhecimento. Todos somos muito mais do que um signo e precisamos ser compreendidos como um todo na nossa individualidade.

4. Inferno astral

Inferno astral é uma das “lendas astrológicas” mais difundidas e que, até hoje, não se sabe de onde surgiu, segundo Bela Medeiros

Muita gente acha que o mês que antecede o seu aniversário é sempre conturbado, mas não é verdade. O que acontece é que, nos últimos 30 dias antes da Revolução Solar (o aniversário), o Sol está completando sua volta e passa pela última Casa do seu Mapa.

“Talvez, pela vivência do mês anterior ao retorno solar se passar na décima segunda casa a partir da casa do seu signo solar, algumas pessoas se sintam como seu último fôlego se esgotando antes de terminar a corrida”, explica Bela.

Inclusive, pode ser um período bem positivo e de crescimento! Aproveite para acompanhar cada momento astrológico na sua vida. Basta fazer o seu Horóscopo Personalizado.

5. Signos mudaram

Quem nunca leu por aí algo como “os signos mudaram” ou que “o 13º signo do zodíaco foi descoberto”? Mas, segundo Alexey Dodsworth, isso não é verdade e nunca será.

Afinal, os signos do zodíaco são projeções a partir da Terra, dividindo o Céu em 12 partes iguais. Eles não existem “de fato”. 

“Mas como algumas constelações celestes levam o mesmo nome dos signos astrológicos, muita gente confunde e acha que signos e constelações são o mesmo, mas não são. Ou seja, as constelações podem mudar de lugar ao longo dos anos, mas isso não muda nada para a Astrologia Ocidental”, explica Alexey.

Então, não se preocupe. Seu signo (assim como os demais pontos do seu Mapa) não vai mudar. A única coisa que pode mudar é a sua forma de enxergá-lo. Afinal, você vai amadurecendo ao longo da vida, usando mais as potencialidades descritas no seu Mapa – mas ele nunca muda.

O mesmo vale para a análise astrológica dos planetas:

“Se um planeta deixa de existir para a Astronomia (como é o caso de Plutão), a simbologia relacionada a ele permanece intacta na Astrologia. Nesse caso, é como se os astrólogos perdessem somente o ponteiro”, conclui.

6. Ascendente fica mais forte depois dos 30

Muita gente acredita que o signo Ascendente prevalece sobre o signo solar quando completamos 30 anos. Isso é um equívoco, segundo Vanessa Tuleski.

Para entender nossa personalidade, é preciso levar em conta todos os planetas. O que pode acontecer é um planeta ganhar relevância em determinado momento da vida por um trânsito específico.

O Retorno de Saturno, por exemplo, significa que esse planeta voltou ao mesmo ponto em que estava quando você nasceu. Receber um trânsito de Plutão sobre seu Ascendente pode trazer transformações importantes sobre você por mais de uma década.

“O Sol é a nossa essência, e o Ascendente tem relação com o direcionamento da vida. Ambas são funções importantes, mas são separadas e sempre serão, não importa a idade”, esclarece Vanessa.

Ao amadurecer, a gente pode conseguir entender melhor quem somos em vários aspectos da vida – o vulgo autoconhecimento!

7. Retrogradações são sempre ruins

Muita gente estremece só de ouvir falar em Mercúrio retrógrado. Por tabela, acaba também temendo as outras retrogradações planetárias. Mas existem muitos equívocos envolvendo esse assunto, e a Tati Magalhães pontuou alguns. 

Primeiro, que as retrogradações são movimentos “normais” dos planetas e acontecem todos os anos. Apenas para destacar o mais conhecido, Mercúrio retrograda não só todos os anos, como acontece de três a quatro vezes por ano.

Segundo, que a retrogradação é boa para muita coisa, então, não precisamos ter tanto receio quando elas acontecem.

“É bom saber para poder se programar, porque existem, sim, coisas que a gente pode evitar a cada trânsito retrógrado, dependendo do planeta envolvido, mas não precisa surtar. Muita coisa legal pode acontecer nesses períodos“, tranquiliza a astróloga.

Segundo ela, as retrogradações são períodos positivos para revisões (veja aqui todas as datas dos planetas retrógrados neste ano). Ou seja, você pode aproveitar para revisitar algo do passado, revisar um projeto, quem sabe refletir sobre mudanças necessárias na sua vida.

“A Astrologia não está aí para nos tornar escravos dela, mas para aproveitar o melhor de cada energia, de cada momento”, finaliza Tati.

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