Inveja: sinal de alerta para a autoestima
Aprenda a reconhecer esse sentimento e usá-lo a seu favor
Por Ceci Akamatsu
Geralmente, quando falamos em inveja, o primeiro impulso é condenar e julgar este sentimento como algo errado, feio, baixo. Quando invejamos os outros, sentimos vergonha ou ficamos assustados e nos reprimimos. Se percebemos a inveja dos outros, ficamos com medo ou raiva da outra pessoa. Porém, a inveja faz parte da natureza humana e, portanto, faz parte de absolutamente todos nós.
O tabu, a condenação e o julgamento apenas tornam a energia da inveja mais forte, seja dentro ou fora de nós
Quando negamos a inveja em nós mesmos ou condenamos o outro por senti-la, rejeitamos algo que está dentro de nós. E com isso, tudo o que fazemos é apenas diminuir nossa autoestima. É como se você olhasse no espelho e falasse: “você é feio, não devia existir”. Portanto, o primeiro passo para lidar com a inveja é aceitá-la e tirar esse peso tão grande que damos a ela. O tabu, a condenação e o julgamento apenas tornam a energia da inveja mais forte, seja dentro ou fora de nós.
Ela não é agradável de sentir, mas como tudo na vida, também guarda seu lado positivo. A inveja sinaliza o quanto estamos precisando trabalhar nosso amor próprio e autoestima. Quanto mais sentimos, maior é o nosso vazio interno. O mesmo serve para quem é sempre o alvo da inveja dos outros.
Parece contraditório, mas quem se sente afetado pela inveja alheia, na realidade carrega as mesmas energias desarmonizadas de insegurança e falta de autoestima de quem sente inveja, apesar do sentimento se manifestar de maneiras diferentes em cada situação. Quando a pessoa está segura ou plena em si mesma, a inveja alheia não incomoda ou, como se diz na linguagem popular, “não pega”.
Sinal de alerta para a autoestima
Quando o combustível do carro está acabando, uma luz pisca no painel, avisando que a situação está ficando crítica. Sentir inveja ou nos sentirmos prejudicados pela inveja dos outros é como a luz do carro avisando que estamos diante de alguma situação que nos faz confrontar nossa insegurança e falta de amor próprio. Se ficarmos atentos, podemos começar a notar que situações são essas que nos trazem inveja, pois elas sinalizam onde estão os pontos fracos de nossa autoestima.
Se ficamos com inveja da pessoa que está sempre namorando, pois estamos sempre sós, deve haver algum padrão ou crença negativa relacionada aos relacionamentos que precisa ser trabalhada. Pode ser, por exemplo, a crença de que só é completo quem tem um par afetivo. Se não conseguimos ficar felizes com a promoção no trabalho de uma pessoa querida, bem provavelmente estamos infelizes em nosso próprio trabalho e/ou não acreditamos em nosso potencial.
Se todos nos invejam no trabalho e procuram nos prejudicar e nos sabotar, isto pode estar sinalizando uma necessidade nossa muito grande de demostrar serviço para obter a validação e o reconhecimento alheio. Isso, na realidade, é insegurança e falta de amor próprio disfarçadas. Se o seu par é cobiçado pelas outras pessoas e isso lhe incomoda, isso mostra o quanto você não se sente a altura da pessoa parceira, pois de outra maneira isso não lhe afetaria.
Use o sentimento a seu favor
Reconhecer isso pode ser bastante desagradável e até doloroso. De início pode vir uma intensa recusa em querer reconhecer a inveja e os motivos dela dentro de cada um de nós. Porém, a única maneira de realmente neutralizá-la é aprender a utilizar o sentimento em nosso favor. Querendo ou não, a inveja continuará existindo dentro e fora de nós, porque é algo inerente à natureza humana. Nosso grande e nobre objetivo não é deixar de sentir inveja, mas aprender a direcioná-la de forma positiva.
Nosso grande e nobre objetivo não é deixar de sentir inveja, mas aprender a direcioná-la de forma positiva
Podemos nos entregar a ela, ao sentimento ruim e desagradável, ou condenar, negar e abafar a inveja. Mas podemos também perceber que a inveja é um pedido de socorro de nós para nós mesmos, um pedido por amor. E é possível escolhermos escutar e atender esse pedido, cultivando nosso amor próprio.
Então, que tal ficar atento e, da próxima vez que tiver que lidar com a inveja dentro ou fora de si, em vez de julgar ou sentir raiva, fazer um gesto de amor por si mesmo? Traga sua atenção para dentro, cuide de si, ofereça algo bonito para si mesmo, seja uma flor, um presente ou mesmo um sorriso. Perceba a diferença desta atitude consigo mesmo. E depois, aprofunde seu trabalho de fortalecimento do amor próprio, cada vez mais. Transforme a inveja em um motor para sua autoestima!
Para continuar refletindo sobre o tema
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Terapeuta Energética, faz atendimentos à distância pelo Personare. É a autora do livro Para que o Amor Aconteça, da Coleção Personare.
Saiba mais sobre mim- Contato: ceciakamatsu@gmail.com