Você vê o amor como ele é ou através de lentes distorcidas?

Quando enfrentamos dificuldades afetivas, muitas vezes nossas percepções estão filtradas por lentes distorcidas, que nos fazem buscar o que está errado — seja no outro, nas circunstâncias ou até em nós mesmos

É quase inevitável buscarmos um culpado e nos fixarmos nisso. No entanto, todo desafio afetivo pode ser um caminho para desbloqueios e realizações mais profundas.

Por mais contraditório que pareça, se nos permitirmos enxergar as situações desagradáveis como pistas para a transformação, começamos a caminhar na direção do que realmente desejamos.

O problema não é o problema – mas como você o enxerga

A forma como vemos os problemas é resultado de uma lente de realidade coletiva distorcida. Fomos condicionados a olhar para o que nos incomoda e encarar isso como algo a ser resolvido rapidamente.

Apesar de estarmos aqui focados no amor, isso acontece em diversas áreas da vida:

• Na saúde: buscamos eliminar sintomas sem compreender suas causas mais profundas.
• Na vida afetiva: tentamos resolver a solidão encontrando um par, sem investigar o que realmente está por trás desse sentimento.
• Na vida financeira: acreditamos que basta ganhar mais e gastar menos, sem compreender a verdadeira origem da escassez.

No entanto, se queremos transformações reais e sustentáveis, precisamos aprender novas formas de enxergá-los.

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Ressignificando o conceito de problema

O primeiro passo é mudar a forma como enxergamos os problemas. Embora sejam desafiadores, eles são também sinalizadores valiosos, guiando-nos para transformações verdadeiras e para aquilo que buscamos.

Mas em vez de vê-los como obstáculos, podemos considerá-los como sintomas que pedem um olhar mais profundo para suas causas. 

Isso vale para:

• solidão
• baixa autoestima
• rejeição
• ghosting
• dinâmicas abusivas 
• dificuldades nos relacionamentos

Precisamos investigar o que está por trás dessas situações.

Por exemplo, se sua mãe se sentia muito só durante a gestação ou infância, você pode desenvolver um medo profundo da solidão, mesmo sem uma justificativa aparente ao longo da sua vida.

São inúmeros fatores que podem estar envolvidos nessas dinâmicas, como por exemplo:

• Separações parentais
• Ausência de um dos pais
• Experiências de familiares diretos nas gerações anteriores 

Tudo isso pode influenciar nossa percepção e emoções em relação ao amor e aos relacionamentos.

Essas programações inconscientes, herdadas da nossa história pessoal, familiar e coletiva, moldam a forma como enxergamos, criamos e vivenciamos a realidade. 

Quando não as tornamos conscientes, nos vemos reféns de padrões que se repetem, seja na experiência similar ou pelo seu extremo oposto, sem que compreendamos sua origem.

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A origem das nossas lentes distorcidas

Desde a concepção até a infância, absorvemos padrões afetivos que formam a base da nossa programação emocional. O que vivemos nesse período molda até mesmo a estrutura do nosso sistema nervoso.

Além disso, herdamos e absorvemos padrões das gerações anteriores e do ambiente coletivo, além das nossas próprias vivências individuais. 

Essas programações se tornam lentes de realidade, determinando como percebemos e vivemos o amor.

Se essas lentes estiverem distorcidas, nos sentimos presos a experiências repetitivas e dolorosas. 

Que tal começar esse caminho?

Transformar padrões inconscientes e criar novos caminhos na vida amorosa exige um processo contínuo de autoconhecimento. 

Se você sente que repete desafios nos relacionamentos e deseja um novo começo, o ciclo de encontros Para Que o Amor Aconteça foi criado para apoiar essa jornada de transformação.