Medo de amar afasta pretendentes
Medos e bloqueios que carrega em si são sentidos pelo outro, que se distancia
Por Ceci Akamatsu
Você costuma se questionar por que seus pretendentes sempre somem? Nós analisamos nesse texto exemplos de padrões de desequilíbrios que podem afastar as pessoas com quem você está se relacionando, ou na intenção de se relacionar. Aqui, vamos trabalhar exemplos daqueles padrões mais comuns, assim como caminhos para identificá-los e curá-los.
Encontro muitas clientes que acreditam estarem abertas a um relacionamento afetivo. Ficam extremamente insatisfeitas em não encontrarem um parceiro(a) ou em perceberem seus possíveis pretendentes se afastando em pouco tempo.
Anteriormente, citei o exemplo daquela pessoa que apesar de demonstrar deixar o outro livre, energeticamente, em níveis sutis, o sufoca. Mas internamente continua carente, então, essa liberdade oferecida é falsa porque acontece apenas em nível físico, enquanto nos níveis emocional e mental há expectativa e desejo de controlar.
Existe um outro lado desse mesmo desequilíbrio. A pessoa se mostra interessada e dá toda liberdade ao companheiro achando que está agindo de maneira desapegada. Mas, na verdade, está sendo movida pelo medo do envolvimento.
Mostra-se uma pessoa autossuficiente e que precisa de espaço, deixando o outro também bastante livre para decidir o que quer. No entanto, essa liberdade é na realidade uma distância que a mantém em segurança.
A pessoa se diz aberta a um relacionamento, mas energeticamente, muitas vezes de modo inconsciente, mantém-se fechada e distante, evitando se envolver.
Com isso, cria-se uma energia contraditória dentro de si: uma consciente, que quer encontrar um parceiro; e outra inconsciente, que busca evitar esse encontro com alguém, por medo de sofrer.
Em alguns casos, a pessoa fica esperando que o outro prove que está realmente a fim de algo mais sério. Condiciona o relacionamento a um compromisso por medo de se decepcionar, de perder a pessoa querida. Não se entrega e não se mostra como realmente é por medo de se envolver e sofrer. Às vezes, declara abertamente que só se entregará fisicamente e emocionalmente se houver alguma garantia de que não será abandonada.
Como um(uma) parceiro(a) pode saber se há afinidades e se haverá envolvimento ou não antes dele acontecer? Imagine assumir um compromisso sem saber e sentir o que ele realmente é. Essa energia de necessidade exagerada de segurança acaba sendo sentida como pressão e controle pelo(a) companheiro(a).
Outra face que esse medo pode mostrar é o orgulho. O medo de se expor e se sentir rejeitada e ridicularizada coloca a pessoa em uma posição de autoproteção e não-entrega. Há necessidade de provar a si mesma que está sempre “por cima” no relacionamento, em uma atitude e aparência do tipo “nada me atinge”. Quando o outro se afasta, há sentimento de raiva por ele, e a rejeição é engolida e disfarçada pela atitude “ah, ele/ela nem era tão bom/boa assim”.
O sentimento de rejeição e dor é negado e guardado dentro da pessoa orgulhosa. Essa atitude é bastante desgastante, pois exige que a pessoa esteja permanentemente disfarçando seu medo e dor, mostrando-se sempre forte e indiferente.
Em todos esses casos, o(a) pretendente, a princípio, percebe o interesse expressado e demonstrado em palavras e ações. Mas todos esses medos e bloqueios, que podem até estar ocultos no nível físico, se tornam perceptíveis na interação que acontece em nível sutil. Sendo percebidos e sentidos, ainda que de maneira inconsciente, levam o(a) parceiro(a) muitas vezes a se afastar.
Você tem medo de amar?
Procure sentir se há em você algum medo. Perceba se ele está relacionado a algum outro sentimento, a alguma situação ou pessoa. Não o negue, apenas o aceite. Nesse momento esse medo faz parte de você e fugir ou resistir apenas confere mais força a ele.
Negá-lo é tão prejudicial quanto entregar-se a ele. Então quebre seus padrões, as suas maneiras de sentir, fazendo diferente. Tenha paciência e aceitação com você mesmo, respeitando-se e permitindo-se, no seu ritmo, vivenciar os riscos daquilo que tem medo.
Perceba que você é mais forte do que aquela situação que lhe trava.
Isso não é garantia de algum resultado específico, mas é o primeiro e enorme passo em direção à sua liberdade.
Assuma seus sentimentos sem culpas ou dramas e viva a realidade com sinceridade, alegria e leveza. Se você sente dificuldades nesse processo, busque auxílio terapêutico.
Algumas características comuns a quem tem medo de amar:
- Você fica esperando o outro agir e demonstrar sentimentos para então também agir?
- Você tem medo de grudar demais ou sufocar demais o parceiro?
- Você tem medo de se indispor com o outro?
- Fica procurando e irrita-se com os pequenos defeitos do outro?
- Já passou por relacionamentos em que sentiu humilhação e traição?
- Costuma comparar os seus pretendentes aos antigos companheiros ou companheiras?
- Sente uma certa irritação quando percebe que está se apaixonando?
- Tem necessidade de sentir-se por cima na relação?
Terapeuta Energética, faz atendimentos à distância pelo Personare. É a autora do livro Para que o Amor Aconteça, da Coleção Personare.
Saiba mais sobre mim- Contato: ceciakamatsu@gmail.com