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Métodos alternativos para engravidar são eficazes?

Entenda se é possível combater infertilidade de forma natural

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De acordo com um artigo publicado na revista Human Reproduction, cerca de 724 milhões de pessoas no mundo sofrem de infertilidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde, esse fator já atinge 10% de toda a população brasileira.

Entretanto, engana-se quem pensa que esta disfunção é irreversível. “Infertilidade é a dificuldade que um casal tem em conseguir engravidar, diferente de esterilidade, que é a incapacidade de engravidar. Apesar dos dois termos serem utilizados muitas vezes como sinônimos, eles não o são”, esclarece o ginecologista e obstetra Jurandir Passos.

Infertilidade é a dificuldade que um casal tem em conseguir engravidar, diferente de esterilidade, que é a incapacidade de engravidar.

Além da já conhecida fertilização in vitro – técnica que consiste em fertilizar, em laboratório, os óvulos femininos com o sêmen masculino e depois transferir esses embriões para o útero materno – há diversas possibilidades de tratamento na medicina tradicional. De acordo com Jurandir Passos, o método mais simples é o coito programado. “Nesse tratamento, a ovulação da mulher, seja ela induzida ou esteja em ciclo natural, é seguida por ultrassonografia seriada e, quando está para ovular, é orientada a manter relação com o parceiro em data especificada”, explica.

Caso não obtenha resultados, o médico indica a inseminação artificial, um processo semelhante ao coito programado. Neste caso, quando a mulher está para ovular, o sêmen masculino é preparado e injetado no útero por um cateter especial. “Orienta-se entre 4 a 6 tentativas para ter sucesso de 60 a 70% em obter a gravidez desejada. Se depois desses tratamentos mais simples não houver resultados, costuma-se partir para a fertilização in vitro”, pontua o obstetra.

Nesse sentido, a busca por práticas holísticas e menos invasivas para engravidar, como Acupuntura e Feng Shui, podem funcionar como complementares aos tratamentos médicos para fertilidade. A especialista e coach de Saúde Integrativa Melissa Setubal ainda afirma que simples mudanças na alimentação também podem trazer resultados extremamente positivos. “Tudo que colocamos para dentro do corpo, em forma de alimento, vai constituir quem somos, em termos de células, hormônios, funcionamento dos nossos órgãos e sistemas. Não tem como dissociar. A alimentação não ajuda a fertilidade: a alimentação é a base para a fertilidade”, define Melissa.

O ginecologista e obstetra Jurandir Passos também acredita que os tratamentos alternativos funcionam como grandes aliados no combate à infertilidade, especialmente na questão psicológica. “Quando o casal está muito estresseado por conta dos problemas para engravidar, isso pode agravar ainda mais o quadro de infertilidade. Então, tratamentos alternativos podem ajudar bastante”, garante Jurandir.

Como identificar se sou infértil?

De acordo com o médico obstetra Jurandir Passos, a infertilidade pode ser ocasionada por agentes femininos, masculinos, ou pela combinação de ambos. No primeiro caso, os causadores podem ser problemas hormonais, malformações uterinas ou do sistema reprodutor, infecciosos, endometriose, entre outros. Já no homem, a infertilidade está mais relacionada às disfunções e qualidade do sêmen, como ejaculação precoce e infecções.

O especialista diz que são necessários exames específicos para descobrir eventuais problemas. “No homem, a pesquisa é mais fácil, pois muitas vezes um espermograma com cultura já esclarece muito a sua capacidade reprodutiva. Já para a mulher não existe um exame único, mas sim uma combinação deles, que se complementam e acabam levando ao diagnóstico final. Entre esses exames temos as dosagens hormonais, a cultura para pesquisa de infecção do trato genital e a ultrassonografia, podendo chegar até mesmo a procedimentos cirúrgicos para avaliação e/ou tratamento de uma afecção, como a endometriose, por exemplo”, afirma o médico.

Pensando em auxiliar aqueles que ainda não sabem como agir diante de problemas para engravidar e pretendem evitar procedimentos mais invasivos, a equipe Personare reuniu um time de especialistas para esclarecer dúvidas e apresentar métodos alternativos para conseguir gerar uma vida. Conheça diversas terapias complementares no tratamento contra a infertilidade, como Acupuntura, Feng Shui, Aromaterapia, Alimentação e mais.

Acupuntura colabora na liberação dos hormônios da ovulação

A Acupuntura, terapia que tem origem na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), tem como objetivo tratar a causa das doenças e não apenas sua manifestação sintomática – nesse caso, a infertilidade. De acordo com a médica fisiatra e acupunturista Fernanda Torres, a partir desse conceito, o adoecimento é interpretado como consequência de um desequilíbrio originado dentro da própria pessoa ou na maneira como ela se relaciona com o mundo ao seu redor.

É missão do terapeuta identificar os fatores que estão gerando o desequilíbrio que levou à infertilidade e, assim, utilizar pontos específicos no corpo – chamados pontos de Acupuntura – por onde é possível influenciar diretamente o organismo. No caso da infertilidade, Fernanda aponta que as agulhadas atuam na liberação de diversos hormônios, como os femininos, que controlam o ciclo menstrual, a ovulação e a fertilidade.

“Alguns estudos mostraram que a Acupuntura é capaz de aumentar em até 65% o sucesso de procedimentos de fertilização in vitro e intrauterina. A terapia melhora a qualidade dos óvulos e dos espermatozoides, o fluxo sanguíneo para o útero e ainda ajuda na implantação do óvulo, diminuindo a ocorrência de aborto e de gravidez ectópica (quando o óvulo fertilizado se implanta fora do útero, o que impede o prosseguimento da gestação), além de diminuir o estresse gerado pela infertilidade, que funciona como um agravante para a situação. A chave do tratamento da infertilidade e da gestação saudável é encontrar a origem dos desequilíbrios e a melhor forma de tratá-los”, pontua Fernanda.

Aromas e cores combatem emoções negativas que prejudicam fertilidade

Tanto terapeutas holísticos quanto médicos afirmam que uma baixa autoestima pode agravar o nível de estresse e, consequentemente, a dificuldade para engravidar. O acompanhamento psicológico é essencial nesses casos, mas de acordo com a terapeuta holística Solange Lima, terapias complementares como Cromoterapia e Aromaterapia são grandes aliadas para lidar com a ansiedade e o nervosismo que podem acompanhar pessoas com problemas de fertilidade.

Solange explica que a utilização de óleos essenciais no dia a dia pode ser bem simples, já que é possível usá-los de diversas formas: em difusores pessoais e elétricos, aromatizantes de ambientes na casa, ou cremes e óleos de massagem. Além disso, a Aromaterapia associada ao Reiki ou à massagem relaxante, também é muito indicada para diminuir o estresse e a ansiedade, sempre com o acompanhamento de um profissional.

“Podemos trabalhar com alguns óleos cítricos para ajudar a controlar a ansiedade, como Laranja, Tangerina e Bergamota. A Lavanda também é um coringa para lidar com essa questão e trazer a calma e o equilíbrio necessários para esse momento”, aconselha a terapeuta holística.

Quando o assunto é autoestima e autoconfiança, Solange recomenda o uso dos óleos essenciais Vetiver, Ylang Ylang Petitgrain e Gerânio, que trazem tranquilidade e coragem para enfrentar os problemas com fertilidade. “Somente estando equilibrada e segura a mulher pode engravidar de forma tranquila e serena. O mais interessantes seria consultar um aromaterapeuta, para que seja feita uma boa investigação com relação à saúde física e emocional da pessoa”, completa Solange.

A Cromoterapia também pode ser usada como apoio aos tratamentos de infertilidade. Segundo Solange, as cores mais indicadas nesse caso são o azul, que combate a ansiedade, e o laranja, que trabalha a autoconfiança.

“As cores ajudam muito no processo psicológico, dando mais segurança à mulher que pretende engravidar. Ela pode beber uma água solarizada nestes tons (aprenda aqui a fazer) ou fechar os olhos, fazer algumas respirações e mentalizar as cores no seu campo de visão, diariamente, durante cerca de 2 minutos. Controlar as emoções, levar uma vida mais equilibrada e com mais qualidade de vida ajuda muito quem está combatendo a infertilidade”, finaliza a terapeuta.

Infertilidade tem relação com o que você come

Segundo Melissa Setubal, especialista e coach de Saúde Integrativa, muitas mulheres não imaginam que seus problemas de infertilidade podem ter ligação com o que comem. “Muita gente tem infertilidade porque faz dietas radicais ou restritivas por longos períodos, principalmente cortando gordura ou carboidratos de forma radical. Isso mexe com toda a dinâmica de produção de hormônios sexuais – cujas matérias-primas básicas são as gorduras – e da constituição básica das células, incluindo as que constituem ovários, útero e endométrio, que são movidas pela energia fornecida pelos carboidratos”, afirma.

A especialista esclarece que, geralmente, uma pessoa com dificuldades de engravidar também costuma estar passando por problemas sistêmicos de saúde. O que muitas vezes é enxergado de forma separada. “É o caso da endometriose, que atualmente representa a maior causa de infertilidade feminina. A doença consiste numa inflamação no endométrio (tecido que reveste o útero), que não permite a fixação do óvulo no útero. E ter uma inflamação da parede uterina significa que o organismo está inflamado como um todo”, compara a coach.

Nesse caso, o que fazer? A especialista diz que é necessário entender quais alimentos podem estar inflamando o organismo, como açúcar, trigo e gorduras refinados; cafeína; laticínios e alimentos altamente processados.

“Há mulheres que não conseguem ovular, como as que possuem ovário policístico – problema que gera altos níveis de estrogênio e baixa concentração de progesterona. Nesse caso, é preciso fornecer ao corpo alimentos que vão ajudar na produção de progesterona e rever o consumo dos que provocam o aumento do estrogênio. O ideal é fazer um balanceamento da alimentação para equilibrar esses hormônios de uma forma geral”, indica Melissa.

Apesar de a especialista esclarecer que os nutrientes mais adequados para estimular a fertilidade variam de acordo com os problemas de saúde que a pessoa apresenta, ela afirma que alguns alimentos podem ser consumidos com o intuito de equilibrar os hormônios como um todo.

“Alguns alimentos já possuem seus benefícios conhecidos, como inhame; batata doce e outras raízes; folhas de coloração verde-escura, como a salsinha e o espinafre; grãos integrais, como arroz, quinoa e aveia; leguminosas, como feijões e grão de bico; e algas marinhas, que são ricas em minerais. Cada combinação desses alimentos de forma consistente no cardápio da pessoa fornece os nutrientes necessário para equilibrar os hormônios responsáveis pela fertilidade, bem como melhorar o funcionamento dos órgãos reprodutores”, diz.

Emoções e autoconhecimento são agentes determinantes para a gravidez

A especialista e coach de Saúde Integrativa Melissa Setubal ainda aposta que as emoções têm grande influência no problema de infertilidade. “A maioria das mulheres não tem uma relação saudável com o próprio corpo, não sabe do que é capaz e não o valoriza, pensando que tem algo errado com ele. Isso tem um impacto negativo no equilíbrio hormonal e dos neurotransmissores responsáveis pelo nosso humor e sensação de bem-estar. Isso influencia desde o nível de libido da pessoa (sem libido, sem sexo e gravidez), até o impedimento da ovulação e de fixação do feto no endométrio, processos que podem ser muito sensíveis aos níveis de estresse e de autoestima da pessoa”, explica.

Melissa, que também é especializada em saúde da mulher, revela como as pressões externas para engravidar rapidamente e os padrões sociais podem ter um efeito reverso. “Uma pessoa que está acima do peso já acha que terá dificuldade de engravidar e que, caso engravide, terá problemas. Afinal, ela certamente escuta isso há algum tempo. Como nossa mente controla nosso corpo, esse medo vai acabar impedindo os processos fisiológicos de acontecerem”, evidencia.

Ela ainda dá o exemplo de jovens mulheres que engravidam e não têm apoio. Segundo Melissa, a mulher sente que não pode engravidar enquanto é nova, porque escuta que precisa ter a vida encaminhada antes. “Acontece, então, um medo de engravidar, construindo no organismo dessa mulher um impedimento, um sentimento de que um filho pode arruinar sua vida. Imagine o impacto que isso tem na autoestima?!”, questiona a especialista.

De acordo com a coach, caso o funcionamento do corpo esteja em um padrão considerado sadio, as chances de uma mulher engravidar já são baixas, simbolizando menos de 33%. “Engravidar não é algo certo. As pessoas acham que se está ovulando ou tem espermatozoides, vai acontecer, mas não é bem assim. A maioria das mulheres não tem nenhum tipo de informação sobre qual é o seu período fértil. Normalmente elas ovulam no 14º dia do ciclo, mas muitas não possuem um ciclo de 28 dias ou estão ovulando naquele ciclo específico. Esse desconhecimento e desapropriação do corpo tem um impacto muito profundo”, reflete Melissa.

Como solução para a infertilidade, Melissa Setubal indica que é importante aprender a identificar os medos em relação à gravidez, ao próprio corpo, em ser mãe e em como a vida mudará a partir da gestação. “É necessário ir atrás de terapias psicológicas e holísticas e se desvencilhar desses medos, prestar atenção na respiração toda vez que eles vierem à superfície. O ponto principal é nutrir a autoconfiança. Quando decidimos ser mães, uma das melhores coisas que podemos fazer é sermos mães de nós mesmas, fazer por nós as coisas que faríamos por esse bebê”, finaliza.

Mudanças no quarto de dormir atuam diretamente na saúde do casal

“Na China antiga, garantir a uma família descendentes saudáveis e em abundância era uma das grandes missões do Feng Shui, em qualquer residência. Muita coisa mudou nos dias de hoje, em especial no país. O que não mudou foi o benefício que a terapia de ambientes pode nos trazer, ao cuidar para que nossos imóveis sejam favoráveis à saúde e à fertilidade”, relata a consultora de Feng Shui e Geobiologia Aline Mendes.

A especialista explica que há fontes visíveis de agentes nocivos nos ambientes, que podem acabar comprometendo a saúde e harmonia, afetando a fertilidade do casal. Entre as fontes nocivas mais diretas, estudadas pela Geobiologia, há os materiais sintéticos que emanam no ar substâncias voláteis tóxicas – como produtos aerossóis, tintas, vernizes e removedores químicos – os campos eletromagnéticos gerados por aparelhos eletrônicos, as ondas originadas de antenas de celular e aparelhos de wifi, e a falta de iluminação e ventilação naturais adequadas. “Para estes problemas, a solução ideal é remover estes materiais ou aparelhos do ambiente, e melhorar a ventilação e a iluminação dos locais”, diz Aline.

Além disso, as casas precisam de um bom equilíbrio entre o yin e o yang, principalmente no quarto de dormir. Fatores primários como uma boa noite de sono afetam, e muito, a saúde do casal como um todo, inclusive a fertilidade. A consultora dá dicas, utilizando o Feng Shui, de mudanças simples para equilibrar o ambiente e o bem-estar dos moradores:

– A cabeceira da cama não deve ficar encostada em uma parede na qual passam tubulações de água, esgoto ou esteja embutido o quadro de luz da casa. Paredes que dividem o banheiro, mas não possuem tubulações, não são um problema. Se essa for a única posição possível para a cama, instale uma cabeceira em madeira bem espessa, ou acolchoada com algodão. Dessa maneira, você isola a influência yang perturbadora da tubulação.

– O que tem debaixo da sua cama? Os chineses recomendam deixar o espaço vazio, para que não haja interferências no seu sono. Se, por falta de espaço, você precisa guardar coisas embaixo da cama, reserve este lugar para os edredons, lençóis e colchas, que são energeticamente neutros, e podem até favorecer seu sono. Em hipótese alguma guarde sapatos ou documentos embaixo da cama. Os sapatos trazem todo tipo de energias contaminadas da rua, e os documentos podem perturbar seu sono, vibrando toda aquela confusão de informações ali armazenada.

– Por falar em cama, colchões de mola são verdadeiras antenas, absorvendo e dinamizando toda a eletricidade solta do ambiente. Use um sobrecolchão de látex, ou troque por um colchão tipo futon de algodão natural. Quem já fez isso não se arrepende!

– Para a roupa de cama, tapetes e cortinas, prefira os materiais naturais, como o algodão, e evite os sintéticos, como a microfibra.

– Evite paredes em cores quentes e fortes no quarto de dormir, como tons vibrantes de vermelho e laranja, e espelhos grandes refletindo a cama. Estes dois elementos podem ativar o qi (energia) yang em excesso, prejudicando a saúde como um todo. Mesmo que permaneça aberto e iluminado durante o dia, um quarto deve ser bastante yin no momento do sono.

– Um excelente harmonizador da saúde dos ambientes, usado pelo Feng Shui, é a cabaça dourada. Por tradição, os chineses posicionam uma delas no quarto de cada criança e idoso, garantindo a boa saúde. No Feng Shui, selecionamos cabaças naturais em formato de “8”, que recebem uma abertura redonda na parte superior, antes de serem pintadas de dourado.

– Se falta luz natural no quarto, capriche na artificial, dando preferência às lâmpadas em tons quentes, mais próximos à cor do sol.

“Na casa de uma cliente, que depois virou amiga, a suíte principal apresentava uma combinação de energias com potencial para problemas de saúde, em especial no abdômen e útero. Isso refletia sua história, há sete anos tentando engravidar sem sucesso e tendo até passado por um aborto espontâneo. Na consultoria, identificamos que um terceiro quarto, então ocioso, possuía as energias ideais para favorecer a fertilidade e a saúde. A cliente passou a ocupar este novo quarto, que foi decorado com as cores adequadas às energias do local, e em poucos meses realizou seu sonho de ser mãe”, comemora Aline Mendes.

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