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Número 1 e a disposição em recomeçar

Filme A Excêntrica Família de Antônia destaca perfis associados ao 1

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Um dos maiores prazeres que tenho é unir duas paixões: cinema e Numerologia. Amo ver no comportamento das personagens ou na temática central de determinado filme a vivência prática do que cada número simboliza.

Recentemente, vi novamente “A Excêntrica Família de Antônia”. É uma saga sobre várias gerações de mulheres, cujos perfis são marcados pela força da coragem, da sinceridade e da autoconfiança. E a trama já inicia com uma capacidade típica de mulheres representadas pelo Número 1 (que o possuem em alguma posição do Mapa Numerológico): a disposição em recomeçar a vida.

Pessoas 1 são inquietas por natureza. Almejam o novo. São abertas a novas experiências. Por isso, quando algo está rotineiro, insatisfatório ou simplesmente deve ser deixado no passado, decidem dar um novo rumo à sua trajetória existencial. Seja engravidando, mudando de emprego, fazendo um novo curso ou retomando antigos projetos de um jeito diferente, quem é simbolizado pelo 1 toma a frente das situações. E se lança numa nova jornada.

Dinamismo e criatividade

No longa, Antônia escolheu retornar ao vilarejo de sua infância após o fim da Segunda Guerra Mundial para reconstruir sua vida ali. Chegou mostrando todo o jeito do 1: com ações firmes, objetivos claros e um dinamismo de dar inveja, Antônia deu novos ares à fazenda de sua infância. Começou a plantar, criar animais e movimentar o comércio da região.

Claro, uma mulher com esse perfil desencadeia reações de admiração por parte dos homens. E de resistência daqueles mais tradicionalistas, que sentiam-se desafiados pela autoridade, franqueza e espírito empreendedor do estilo 1 de Antônia.

O simbolismo desse número tem associação com a vanguarda, com as novidades, com o progresso. E a mulher caracterizada pelo 1 tem o poder de gerar algo diferente e novo, através do qual levará mudanças na vida das pessoas envolvidas. Suas criativas ideias e sua atitude assertiva para implementá-las “cutucam” os outros a saírem de seu comodismo.

Excentricidade e independência

Um outro detalhe muito interessante nessa geração de mulheres que também evidencia o tom do Número 1 é a excentricidade. Há algo na personalidade, estilo ou aparência dessas mulheresque as faz parecerem ora estranhas, ora geniais. Mas com certeza originais. Elas têm um traço peculiar, que as tornam notoriamente únicas, tal como o inconformismo com as regras sociais sem sentido. A mulher 1 não aceita ser dependente de homens ou de crenças limitantes. A protagonista não quis se casar com o fazendeiro Bas; ela decidiu ter uma relação aberta, de liberdade com ele. Danielle, filha de Antonia, era lésbica (e assumia abertamente sua homossexualidade naquela época e local) e apenas quis um parceiro durante o tempo em que estava fértil, uma vez que desejava ter uma filha. Thérèse, por sua vez, era uma criança prodígio, superdotada. E dedicava-se mais aos estudos da matemática do que a buscar um marido.

Essas qualidades que realçam o apreço pelo que não é convencional conferem uma marca de marginalidade nas mulheres 1. Em que sentido? Elas podem se sentir à margem dos padrões da sociedade. Porque não ficam presas exclusivamente ao papel materno e de dona de casa que ainda existe na nossa cultura. Tanto que Antônia acolhe os marginalizados do vilarejo: os retardados Beiço Mole e Dee Dee, o padre que largou a batina, a mulher que constantemente estava grávida. Além de seu melhor amigo ser o solitário filósofo Dedo Torto. Eis uma comovente e inspiradora história que destaca o brilho todo especial de quem tem o 1 no Mapa Numerológico.

Yub Miranda

Yub Miranda

Um dos principais numerólogos em atividade no Brasil. Especialista Personare desde 2008, assina todas as interpretações de Numerologia do portal, entre elas o Mapa Numerológico e o Mapa do Ano.

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