O que Homeopatia e Florais têm em comum?
Similaridades e diferenças entre Medicina Homeopática e Terapia Floral
Por Marcelo Guerra
A Medicina Homeopática e a Terapia Floral são semelhantes em um ponto: trabalham com medicamentos energéticos. Esses medicamentos têm a sua ação baseada na energia desprendida durante o processo de preparação, diferente da Medicina Alopática cujos remédios dependem de sua quantidade de matéria para exercer efeito. Apesar dessa semelhança, há muitas diferenças entre essas práticas de tratamento.
A Medicina Homeopática foi fundada pelo médico alemão Samuel Hahnemann no século 18, que descobriu e alicerçou essa nova ciência na Lei da Similitude, em que doenças semelhantes curam doenças semelhantes, pois ele descobriu que determinadas substâncias causavam, quando tomadas, uma doença artificial no doente, que fazia o corpo curar a doença verdadeira.
O objetivo da Terapia Floral é o equilíbrio emocional do paciente
A Terapia Floral foi fundada pelo médico inglês Edward Bach, após uma carreira bem sucedida como médico homeopata. Dentro de um importante hospital homeopático, ele desenvolveu novos medicamentos homeopáticos baseados em bactérias, os Nosódios de Bach. Com o tempo, começou a preparar remédios à base de flores, seguindo a mesma farmacotécnica homeopática. Observava o comportamento das pessoas e percebeu que as flores poderiam ser aliadas no tratamento de tantos sofrimentos psíquicos e emocionais. Mudou-se para uma casa no campo no País de Gales, onde passou a preparar os remédios de flores com uma nova técnica, extraindo as propriedades energéticas delas a partir da exposição aos raios de sol. Nasceram assim os 38 Florais de Bach.
Com o sucesso dos remédios florais no tratamento de tantas pessoas com os mais diversos sofrimentos emocionais, surgiram outros sistemas de remédios florais, como o Californiano, de Minas, do Alasca, da Austrália, de Saint-Germain.
O objetivo da Terapia Floral é o equilíbrio emocional do paciente. Isso é conseguido focando na personalidade do paciente, em vez de na doença que ele apresenta. A doença é vista como um desequilíbrio entre a missão de vida que portamos no nosso Eu e a nossa prática cotidiana, fruto de nosso Ego, sendo um sinal de alerta para retornarmos ao que é essencial em nossas vidas. As essências florais são agentes que promovem esse reequilíbrio entre o Eu e o Ego, trazendo serenidade para o paciente.
Lei da Similitude e Lei da Assinatura
A escolha dos remédios pelo profissional se dá de forma diferente dos homeopáticos, já que eles não passam pela experimentação em pessoas saudáveis, não seguindo portanto a Lei da Similitude, base da Homeopatia. Os remédios florais foram classificados principalmente segundo a Lei da Assinatura, que prevê sua ação de acordo com sua forma e características de vida, comparando-as com os problemas emocionais vividos pelas pessoas. Na Homeopatia tanto os sintomas emocionais quanto os físicos, além das alterações corporais, são fundamentais na proposta terapêutica, enquanto na Terapia Floral os sintomas emocionais constituem o foco para a escolha dos remédios.
A preparação dos remédios homeopáticos segue um padrão técnico de diluição e sucussões repetidas, por meio dos quais são produzidos em diferentes graus de potência. Os remédios florais são preparados pela exposição aos rais solares ou fervura em água mineral, e são encontrados numa mesma potência sempre.
Diferentes, mas complementares
Os franceses chamam a Homeopatia e a Terapia Floral de “Medicinas Doces”, pela ausência de efeitos adversos que provocam no paciente e pela característica energética de seus remédios, contudo são métodos bem diferentes quanto à forma de preparo de remédios e à forma de prescrição dos mesmos. Essas diferenças, contudo, não impedem a associação de ambas as formas terapêuticas, podendo ser complementares.
Médico graduado pela UFRJ. Começou a carreira como Psicanalista e depois enveredou pela Homeopatia e Acupuntura. Ministra oficinas e palestras em todo o Brasil e atende em consultório no RJ.
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