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PH vaginal: o termômetro da sua saúde íntima

Aprenda a avaliar seu PH vaginal e descubra quando seu corpo fica propenso a doenças íntimas, como a candidíase

Atualizado em

Sabia que seu PH vaginal serve como um termômetro para sua saúde íntima? Através dele, você pode identificar os sinais de alerta enviados pelo seu corpo.

Isso é importante para entender como seu corpo funciona, o que pode desencadear um desequilíbrio e como se prevenir.

Para isso, falaremos sobre:

  • flora vaginal;
  • PH vaginal;
  • memórias do útero.

Entenda sua flora vaginal

Para começar, é importante que você entenda a sua flora vaginal. Ela é um conjunto de bactérias e fungos naturais, presentes na vagina, cujo objetivo é protegê-la de agentes agressores do meio externo.

No entanto, esses micro-organismos precisam estar em equilíbrio para manter a mulher saudável. Logo, não podem se proliferar demais.

Por exemplo, a candida albicans, causadora da candidíase, existe na flora vaginal de todas as mulheres. O problema é quando ela se prolifera demais, causando inflamação por esse fungo e originando a doença.

Acompanhamento do PH vaginal

O termômetro da saúde íntima de uma mulher é o PH (Potencial Hidrogeniônico) vaginal. Quando ele está alterado, sinaliza que sua saúde está prejudicada.

Oriento que as mulheres sempre acompanhem seu PH para detectar, com antecedência, qualquer tipo de alteração em sua flora vaginal. A vagina precisa estar equilibradamente ácida, pois é a acidez que mata as bactérias de fora.

No entanto, acidez demais pode gerar uma agressão à própria mucosa. No caso da vagina, o PH pode variar de 0 a 14, sendo:

  • de 0 a 3,7: PH excessivamente ácido, em que algumas doenças ginecológicas, como a candidíase, tendem a se proliferar.
  • de 3,8 a 4,2: costuma ser considerado o PH vaginal ideal, já que as bactérias naturais da flora vaginal ajudam a manter a imunidade local.
  • 7: considerado PH neutro.
  • de 7 a 14: considerado PH alcalino ou básico.

Embora existam esses valores de referência, percebo que cada mulher tem sua própria sensibilidade. Afinal, somos seres únicos e individuais.

Enquanto para umas o PH vaginal 3,7 é ácido demais, prejudicando sua mucosa e proliferando fungos, para outras, o valor de 3,7 pode ser o seu normal e não facilitar o aparecimento de doenças.

Portanto, indico que você avalie seu PH quando estiver com a vagina saudável e o anote. Caso tenha alguma disfunção, como candidíase, infecção, lubrificação em excesso ou em baixa, bartolinite, entre outras, avalie-o novamente e veja o valor de seu PH de alteração.

Assim, saberá exatamente como seu corpo funciona. O acompanhamento do PH vaginal é a melhor referência para acompanhar a saúde íntima antes de qualquer doença se manifestar.

Como saber qual é o PH vaginal

Existem duas formas de descobrir como está seu PH vaginal:

  1. por meio de exames médicos, solicitados pelo especialista,
  2. por conta própria.

Para fazer sozinha, é preciso procurar em farmácias uma adaptação de produto. Isso porque ainda estamos crescendo lentamente na área de saúde íntima e não há tantos materiais voltados para o assunto.

Portanto, busque por “tiras de teste de PH para saliva e urina”. Já adianto que não é fácil de encontrar! Então, busque em farmácias ou pela internet, onde costuma haver mais opções.

Esse produto nada mais é do que cartelinhas em formato de tiras. Para fazer o teste:

  • destaque uma das tiras e esfregue na parede da vagina.
  • Depois, veja a cor que ficou e, pelo gráfico de cores do produto, analise qual é o nível de PH, conforme as medidas citadas acima.
  • Anote e guarde esse resultado para compará-lo com os testes que fizer no futuro.

Ao conhecer suas taxas normais, saberá quando houver alguma alteração. Por exemplo: o PH está próximo ao que fica em uma crise de candidíase. Neste caso, você poderá ser proativa e assumir os cuidados para impedir a evolução dos sintomas. Fácil assim.

PH vaginal varia no ciclo menstrual

É natural que seu PH vaginal se altere pelas dosagens hormonais presentes em cada fase do ciclo menstrual. Portanto, o ideal é avaliar, praticamente, todo dia o PH, por cerca de 3 meses.

Isso permite que você veja, de forma constante e frequente, as taxas do seu ciclo. Assim, saberá quando há alteração de PH vaginal por problemas na imunidade do organismo ou pela alteração das fases do seu ciclo.

Mesmo assim, você poderá notar que fica mais propensa a apresentar problemas ginecológicos em determinadas fases.

Por exemplo, digamos que na fase pré-menstrual seu PH fica mais ácido. É nesse momento que você tem maior tendência a manifestar alguma doença ginecológica. Portanto, você saberá que este é o período que mais deve colocar em prática a prevenção.

Memórias do útero alteram flora vaginal

Há, ainda, outro fator que altera a saúde da flora vaginal: as memórias celulares de todas as suas experiências de vida, que ficam registradas no útero.

Toda mulher deveria ativar seu corpo para se libertar destes registros. Eles dão origem a bloqueios sexuais, problemas amorosos e doenças íntimas.

Essa liberação acontece através de uma técnica chamada Reconsagração do Ventre. A prática ajuda a limpar as emoções negativas que ficaram registradas no útero e no canal vaginal ao longo da vida.

O resultado é o fim de crenças limitantes, repressões, mágoas, culpas, ódios e inseguranças armazenadas nesses órgãos. O que garante uma vida íntima mais satisfatória e feliz.

Roberta Struzani

Roberta Struzani

Especialista em Sexualidade e Ginecologia Natural. Pioneira no estudo de Ginástica Íntima e Reconsagração do Ventre no Brasil, contribuiu para a formação de diversas terapeutas e desenvolveu um trabalho personalizado que traz benefícios para a saúde da mulher, do físico ao emocional.

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