Por que aceitar quem somos é tão importante?
Sete dicas para você se desfazer de pensamentos negativos e buscar a autoaceitação
“Eu não sou bom/boa o suficiente”. Quantas vezes esse pensamento já passou pela sua cabeça? Quantas vezes você já se sentiu menos do que os demais, com uma verdadeira sensação de inferioridade? Se esse pensamento e/ou sentimento são recorrentes, isso é um indicador que o seu nível de autoaceitação está baixo.
Aceitar a si mesmo não é uma tarefa fácil, pois existem diversos componentes interligados, desde enfrentar o medo e sair da zona de conforto, até ter coragem para ver aquilo que não gostaria de ver. No entanto, entrar nessa jornada é de extrema relevância para o seu bem-estar físico, emocional, mental e espiritual.
Todos os dias você é bombardeado por uma série de informações que mostram como deveria ser e agir. Muitas dessas mensagens costumam reforçar a ideia de que você não é bonito(a), rico(a), forte, bem-sucedido(a) ou magro(a) o suficiente. Você começa a pensar que o seu currículo e trajetória de vida não são bons o bastante.
A não aceitação pode ter origem na infância e na sociedade
Pensar repetidamente que você não é bom o suficiente pode gerar uma série de sentimentos negativos, como angústia, medo, culpa, ansiedade e até depressão. O fato de não aceitar a si próprio pode vir da infância, fase em que as crianças são moldadas para terem determinado comportamento, aparência e atitude em troca de amor, atenção e reconhecimento.
A sociedade, por sua vez, sugere que as pessoas devem ser independentes, financeiramente seguras, casadas, com uma carreira sólida, uma casa grande e filhos. Quando esse padrão não é alcançado, é normal que o crítico interno se manifeste de forma agressiva e a sensação de fracasso pode nos lançar ao sofrimento.
Praticando a autoaceitação
Esse processo se inverte quando você para de tentar se transformar na pessoa que acredita que deveria ser e passa a ser realmente quem você é. Quando reconhece e aceita, sem julgamento, todos os seus aspectos, positivos e negativos. A partir desse momento, torna-se possível fazer um trabalho saudável de melhoria.
Para isso acontecer, entretanto, é preciso coragem para enfrentar o medo do julgamento, da rejeição e de críticas, dando um passo para fora da sua zona de conforto. O prêmio dessa jornada é o amor-próprio, autoconfiança, ou seja, uma vida digna, com a liberdade de ser o que quiser.
Autoaceitação: 7 dicas para ir ao encontro de você mesmo
Por onde começar o trabalho de autoaceitação?
- Autoconsciência: busque mais informação sobre si mesmo, conheça seus gostos, preferências, sonhos, talentos e sombras. Analise seu comportamento, emoções, sentimentos e pensamentos. Observe-se. Você ganhará confiança dessa forma.
- Pare de se comparar. Ninguém tem a sua história de vida e sua trajetória é única. Inspire-se em pessoas, mas não se compare com elas. Comparações dão força ao seu crítico interno e aumenta a sensação de não ser bom/boa o suficiente.
- Diminua a voz do seu crítico interno. O autojulgamento é comum. No entanto, é imprescindível separar quem você é do que você fez. Somos humanos e estamos suscetíveis a erros e falhas. Aprender com isso é importante, não tenha vergonha de si mesmo.
- Não tente ser perfeito. Além do desgaste energético, isso é impossível. Todos temos inseguranças, necessidade de amor e medo de alguma coisa. Podem existir coisas que você não aprova em você, mas aceite-as como parte da sua humanidade. Não se culpe por falhar.
- Fique atento. Se as pessoas que você ama não aceitam você como é, isso também pode mudar o seu nível de autoaceitação. Busque refletir sobre o que está acontecendo.
- Seja autêntico. Se dê permissão para ser natural e espontâneo, independente do contexto.
- Aceite elogios. Não se autodeprecie.
A autoaceitação é baseada nos sentimentos de pertencimento e dignidade. É importante sentir-se conectado com as pessoas que são importantes para você. No entanto, caso você sinta que não tem características do grupo em que está inserido, seja pela sua condição social, religião, orientação sexual, idade ou aparência física, lembre-se que nossa sociedade está mudando constantemente. A diversidade humana é linda, e poucas pessoas são realmente felizes e satisfeitas com a própria vida, portanto, tenha coragem para ser você mesmo.
Caroline de Moraes é Life Coach certificada pela Rhodes Wellness College - CA e Especialista em Eneagrama certificada pela Awareness to Action - EUA. É co-fundadora da Living Sisterhood Vancouver, um movimento que tem foco no bem-estar físico, emocional, mental e espiritual das mulheres e co-fundadora do Congresso Internacional de Felicidade.
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