Preguiça no trabalho: como deixar de procrastinar
Mudar alguns hábitos pode trazer de volta o entusiasmo na vida profissional
Por Regina Restelli
Venho aqui falar da preguiça, um sentimento ou quase uma indisposição bem comum em várias áreas da vida. Mas é no trabalho que não podemos assumir isso em hipótese alguma, apesar de termos.
Na maior parte das vezes a preguiça no trabalho vem motivada por falta de entusiasmo, ou até da paralisação gerada por questões emocionais mal resolvidas. O fato é que devemos olhar para esta situação com coragem e cuidado, pois aos poucos podemos nos tornar vítimas de nós mesmos.
Que preguiça!
O sinal de alerta é quando acordamos pela manhã e o primeiro pensamento é: “Ai, que preguiça, tenho trabalhar!” ou “Gostaria de nunca mais ter que trabalhar!”. Você tem pensado algo parecido com estas frases? Eu confesso que às vezes penso, sim, e não quero acordar ou sair da cama.
Existem coisas na minha profissão – além de atender, ministrar palestras e escrever, que são burocráticas e que me dão muita preguiça. Mas reconheço que começar o dia assim é uma cilada tremenda, que nos conduz com frequência a um dia bem mais ou menos.
Materializamos nossos pensamentos e principalmente os sentimentos com muita velocidade, pois nossa predisposição determina a lente com que vamos olhar as situações que se apresentarão.
Materializamos nossos pensamentos e principalmente os sentimentos com muita velocidade pois nossa predisposição determina a lente com que vamos olhar as situações que se apresentarão. Vamos convir que se esperamos uma chatice, é muito provável que ela não nos surpreenda com uma coisa diferente disso.
Amar e respeitar a si mesmo
Nossa sociedade atual se acostumou a reclamar de tudo. Tudo dá preguiça. Provavelmente porque estamos cada vez mais distantes de nossas necessidades mais básicas, que é nos amar, nos respeitar, nos tratar bem e termos tempo para sermos realmente felizes.
Afinal é o que queremos sempre. Agindo desta forma tão esquecida de nós mesmo, nos tornamos quase escravos desse vitimismo.
A falta de tempo que criamos para fazermos atividades agradáveis acabou gerando o hábito de uma insatisfação diária e generalizada. E ai de você se realmente gostar de fazer o que está fazendo!
Isso é quase um pecado mortal e inadmissível para a sociedade em que estamos vivendo. Acordar cedo e animado com o dia de trabalho que vem pela frente é algo raro entre nós. É quase literalmente proibido ter estes sentimentos em relação ao nosso serviço.
Veja bem, talvez você esteja realmente num lugar que não combina com você. Mas pode ser que a sua escolha no passado ainda seja a atividade que mais te realiza, e você se esqueceu disso.
Fomos engolidos pela “normose” de que não ter entusiasmo no trabalho é comum para todos. O estranho deveria ser a pessoa que não tem prazer algum em atuar na área em que escolheu se formar e trabalhar todos os dias.
Você concorda? Pense nisso. É claro que muitos em nosso país não têm a oportunidade de se profissionalizar, mas há sempre a oportunidade de escolha, ao menos na atividade que melhor lhe cabe.
Medo de ir em frente pode indicar distúrbios além de uma simples preguiça
Agora quero falar um pouco sobre nosso emocional, que muitas vezes de forma inconsciente nos paralisa, não nos permitindo agir, ou confundindo nossa mente disfarçada de preguiça. Isso vale para aquela situação do trabalho onde você sabe o que deve ser feito, mas você não faz.
Nestes casos, devemos ser muito atenciosos em nossa investigação pessoal, para podermos chegar no ponto que acabou gerando o medo de ir em frente. Esse é um aspecto mais delicado da preguiça, que deve ser tratado com responsabilidade, pois pode estar se transformando até em pânico.
E por não darmos a atenção adequada, e continuarmos tratando como uma simples preguiça, pode se tornar um distúrbio ainda maior, como a depressão.
Toda vez que nos observarmos reclamando ou com preguiça, pensamos no outro extremo que é a gratidão de estar onde escolhemos estar neste momento.
Devemos encarar de frente nossa preguiça e se ela for a reprodução de um hábito do vitimismo, devemos fazer um esforço e mudar nosso olhar para as escolhas que dão vazão aos nossos talentos e remunerações.
Deve ser encarada como uma reprogramação mental: toda vez que nos observarmos reclamando ou com preguiça, pensamos no outro extremo que é a gratidão de estar onde escolhemos estar neste momento.
Assim as ramificações neurais vão se ajustando aos novos hábitos. Ter autorresponsabilidade sobre onde nos colocamos é muito importante para podermos mudar o que precisamos mudar.
Mude de hábito: cuide de si
Mas se não conseguir ter controle sobre a preguiça, aconselho um olhar mais cuidadoso com você. Para poder se libertar desta crença que vem gerando este padrão de desconforto e paralisante, procure, se achar adequado, um profissional que possa te auxiliar na organização destes aspectos.
Pode ser mais fácil lidar com estas questões, que na maior parte das vezes estão bem inconscientes, com a ajuda de alguém preparado para isso.
Não ter vontade de fazer algumas coisas, deve ao menos ser sempre questionado, para nos permitir colocar alguns valores em seus devidos lugares. Talvez você descubra que é muito feliz com o que faz, e assim poderá sair da cama pela manhã com entusiasmo e sem culpa por ser diferente da maioria. Isso é possível!
O fato é que ter uma preguicinha para ficar mais recolhido, quietinho em casa, às vezes é bem saudável. Mas só mesmo para nos permitir desacelerar o ritmo diário e silenciarmos um pouco nossa mente tagarela.
Estar conosco pode ser uma excelente companhia. Afinal o hábito que deve ser adquirido é cuidar-se muito bem. Fique atento! Vá além da preguiça e supere-se!
Criadora da Terapia dos Chakras e uma das referências em Ho´oponopono no Brasil. Realiza atendimentos online no Personare. Está à frente da webserie Respira e integra o time de especialistas do Programa Medita e Vai.
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