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Prosperidade financeira: oito maneiras para conquistá-la

Entenda, em passos práticos, como é possível ter abundância e saúde na vida financeira

Atualizado em

A prosperidade financeira depende de alguns fatores comportamentais que influenciam a nossa relação com o dinheiro de forma direta.

Na prática, lidar com as finanças de forma saudável e próspera é como aprender uma nova habilidade.

Exige dedicação semelhante quando queremos dominar um programa específico de computador, ficar craque em um esporte ou falar outro idioma de forma fluente.

Para aprender algo novo, é fundamental se familiarizar com os principais conceitos que o assunto envolve.

Quem está aprendendo a tocar violão, por exemplo, deverá entender o que é um acorde, a diferença entre harmonia e melodia, o que é uma pestana, assim por diante. E, com as finanças não é diferente.

Conheça os oito conceitos essenciais para gerar prosperidade financeira

1. Fluxo de caixa

É a maneira que lidamos com o dinheiro que temos, e esse padrão é o que determina como iremos administrar qualquer montante.

Ou seja, se não mudarmos o padrão, o fluxo será sempre o mesmo. Por isso, muitas pessoas que ganham na loteria acabam gastando todo o dinheiro logo em seguida, pois elas mantêm os mesmos padrões comportamentais na vida financeira.

O padrão comum social que prevalece é o de gastar mais do que se ganha. Isso é muito sério e preocupante, já que esses hábitos podem gerar dívidas.

Não precisamos ter nenhum tipo de conhecimento de finanças ou de matemática para ganhar dinheiro. É possível enriquecer, mas, para isso, é importante começar a entender a linguagem do dinheiro para que tenhamos sustentabilidade nessa esfera da vida.

Por isso, quando o assunto é fluxo de caixa, é fundamental falarmos sobre autocontrole. O autoconhecimento e a capacidade de dominar os próprios impulsos são determinantes para realizar uma gestão financeira saudável e construtiva.

2. Geração de valor

Muitas pessoas têm a crença de que a capacidade para ganhar dinheiro está sempre relacionada a fatores externos: estar na profissão certa, viver em um país de primeiro mundo, vivenciar um momento econômico propício ou simplesmente ter sorte.

Porém, há inúmeros exemplos de pessoas que enriquecem licitamente sem contar com nenhum desses fatores.

Na verdade, o retorno financeiro funciona como comprovação. É uma afirmação de que aquilo que fazemos é necessário para a humanidade de alguma forma.

Em outras palavras, o valor financeiro que recebemos nada mais é do que uma consequência do valor que geramos para a sociedade.

É importante lembrarmos que, historicamente, o dinheiro nasceu como um meio de troca e essa dinâmica permanece até hoje.

Quando geramos valor para a sociedade, recebemos valor em troca. Por que uma marca X vende tanto? Porque ela entende o que o público quer.

Por que um determinado profissional tem tantos clientes? Porque ele entrega um serviço ou produto de valor, algo que é bom e que as pessoas realmente necessitam.

3. Capital

No dicionário os significados de capital são:

  1. principal, fundamental;
  2. principal estado de um país, Estado onde se concentra a administração;
  3. bens disponíveis, patrimônio, riqueza;
  4. fatal, mortal (pena ou pecado capital).

Segundo Pierre Bourdieu, filósofo francês: “Capital é sinônimo de poder. Consiste em ativos (a) econômicos, (b) culturais ou (c) sociais que se reproduzem e promovem mobilidade social numa sociedade estratificada (com classes sociais)”.
Ou seja, capital é adquirir poder dentro da sociedade e isso se dá através de três maneiras que se complementam e são essenciais para se ter poder:

1.Capital econômico corresponde ao comando de recursos econômicos, como dinheiro e posses. Bourdieu iguala capital econômico a trabalho acumulado. Ou seja, trabalho acumulado = capital econômico, aquilo que geramos de valor.

2. Capital cultural consiste em ter ativos sociais ligados a uma pessoa. Exemplo: educação, intelecto, estilo de fala, vestimentas etc. Se não investimos na nossa maneira de ser, , em nossa formação, no autovalor cultural e no sentido de participar e ser aceito em determinada cultura, não necessariamente enriquecemos.

3. Capital social é o agregado de recursos atuais ou potenciais que estão ligados à posse de uma rede de contatos durável de relacionamentos (com ao menos um certo grau de familiaridade e reconhecimento).

Ou seja, é o pertencimento a grupos. A posse de capital social reproduz relacionamentos duradouros e úteis que podem garantir ganhos materiais ou simbólicos.

Compreender esses conceitos é fundamental para buscar um equilíbrio nas finanças e na vida. Quando damos atenção aos três tipos de capitais, passamos a gerar mais valor na sociedade e isso nos ajuda a ampliar nosso patrimônio.

4. Despesas Básicas
Despesas básicas são aquelas realmente necessárias para uma vida de bem-estar.Elas suprem a sobrevivência.

Essa é uma área das finanças que exige atenção constante, pois impacta nossa vida a todo momento. Se não ampliarmos nossa consciência em relação às despesas básicas, jamais teremos sustentabilidade em nosso fluxo de caixa, independentemente de quanto valor gerarmos para a sociedade.

As despesas básicas podem ser tanto fixas quanto variáveis:

  • Despesas fixas: gastos que se repetirão no orçamento durante mais de três meses ou gastos pontuais que se repetem periodicamente, como IPVA, IPTU e anuidades.

Alguns exemplos: despesas com habitação (água, luz, aluguel, condomínio); despesas com saúde (plano de saúde, tratamentos etc.); despesas com transportes (IPVA, prestações de carro, gasolina); despesas pessoais (academia, esportes, estética); despesas com educação (escolas, faculdade, cursos).

  • Despesas variáveis: gastos eventuais não planejados ou, então, aqueles que são relevantes e que impactam no orçamento, mas que ocorrem em menos meses do ano.

Alguns exemplos: despesas com lazer (viagens, comida, restaurantes); despesas com imprevistos (manutenções, reparos, consultas); despesas com presentes (festa, dia das mães, dia dos pais).

Nesse contexto é importante observar os dois extremos que costumam aparecer:

  • Excesso: ocorre no momento em que negligenciamos essa área, gastamos mais do que recebemos e criamos um padrão de dívidas que consome as finanças cada vez mais com juros e empréstimos na tentativa de tapar o buraco.
  • Escassez: acontece quando negligenciamos essa área gastando muito menos do que recebemos e criando um padrão de escassez com pensamentos como “Não tenho dinheiro para pagar isso”. Esses pensamentos e padrões nos aprisionam e tornam a vida cada vez mais miserável.

Uma dúvida comum é: “Qual a porcentagem ideal que devemos destinar para nossas despesas básicas?” E a resposta é: depende do propósito!

É importante nos conectarmos com nossa fase atual de vida. Assim, é possível refletir se as necessidades essenciais estão sendo supridas e se estamos satisfeitos com isso.

Devemos observar os cortes, excessos e criar planos para destinar uma parte da nossa verba para aquilo que é essencial e ainda não foi adquirido!

A consciência financeira se expande no momento em que controlamos as finanças gastando com aquilo que é realmente importante.

Dessa forma, é possível ter uma uma visão mais clara de quanto podemos movimentar em cada área. Assim, criamos um padrão de consciência que traz equilíbrio e liberdade para que possamos começar a fazer realmente aquilo que queremos.

5. Rentabilidade

Rentabilidade está conectada com a habilidade em valorizar o dinheiro. Ela aumenta a nossa capacidade de fazer mais com menos.

No momento em que não nos atentamos a detalhes daquilo que fazemos ou deixamos de fazer, podemos estar direcionando o fluxo de caixa de maneira pouco rentável. Exemplos de melhoria na rentabilidade:

  • Horta caseira;
  • Dieta do economiza e emagrece (comprar menos produtos industrializados , gastar menos em restaurantes, comer menos);
  • Exercícios físicos com economia (varrer a casa, lavar o carro);
  • Reciclagem e reutilização.

Essas são ideias que nos fazem dar mais valor ao dinheiro, mas isso não significa que deva ser feito exatamente dessa maneira para o resto da vida.

6. Liberdade financeira

É aquilo que nos traz a possibilidade de criar e trabalhar com o que queremos. É a famosa aposentadoria aplicada por nós mesmos. Liberdade financeira é fazer o dinheiro trabalhar para nós.

O que mais pode dar errado dentro do conceito de liberdade financeira são nossos padrões. No momento em que não criamos maneiras de ter retorno sobre o nosso dinheiro, gastamos nossa energia.

Tudo o que ganhamos perde valor e infinitamente devemos trabalhar para ganhar mais. Entretanto, não necessariamente vamos conseguir trabalhar para o resto da vida.
Para construir liberdade financeira, devemos observar a diferença entre ativo e passivo:

  • Ativo: tudo o que coloca dinheiro no nosso bolso. Ação, título, propriedade intelectual, pagamentos que recebemos.

Passivo: tudo aquilo que tira o dinheiro do nosso bolso. Imóvel próprio (a não ser que seja alugado para terceiros e gere renda), despesas com carro, dívidas.

“Se você não gostar dos seus ativos, não cuidará deles. Invista naquilo que te agrada!” – Robert Kiyosaki (empresário, investidor e escritor). Uma de suas principais obras é “Pai Rico, Pai Pobre”.

7. Reserva de emergência ou Fundo de reservas

Em primeiro lugar, antes de sair investindo dinheiro para construir liberdade financeira, devemos ter um dinheiro de garantia.

Por quê? Pois o dinheiro destinado à liberdade financeira não deve ser mexido por longos anos. Para ter segurança nisso, é bom ter reservas.

Um fundo de reservas é um valor para sobreviver durante um longo de período, caso um imprevisto ocorra. Depois de ter esse fundo de emergência, aí sim é hora de pensar em investimentos.

Assim cria-se segurança financeira.

E qual o tamanho ideal da reserva de emergência? Depende. Se você é funcionário de uma empresa, esse valor pode ser o equivalente a, por exemplo, seis vezes o seu custo de vida mensal.

Já um servidor público concursado pode se sentir seguro com três meses de salários reservados.

Para autônomos ou empresários pode fazer sentido ter um fundo de reservas maior, algo em torno de um ano de orçamento.

“Investir com inteligência é investir com segurança e consistência” – Gustavo Cerbasi

8. Crenças limitantes

Muitas crenças sobre finanças estão enraizadas em nós. Afinal, ouvimos desde a infância frases negativas dos nossos pais ou criadores relacionadas ao dinheiro, como: “Dinheiro não vale a pena”, “Dinheiro não traz felicidade”, “Todo mundo que é rico é corrupto”.

Essas frases ficam gravadas de tal maneira que, ao longo da vida, podem gerar equívocos na relação que nutrimos com o dinheiro.

Criamos bloqueios com o assunto, por exemplo, quando alguém não sabe o quanto cobrar por um serviço que presta. Hoje, existem inúmeras maneiras de criar uma renda financeira, mas tudo dependerá das nossas crenças em relação ao dinheiro.

Então, como geramos mente de abundância e de riqueza? Como criamos o padrão da riqueza? Devemos reconhecer as crenças limitantes que carregamos até aqui e escolher conscientemente acreditar que somos capazes de enriquecer e prosperar!

“Saber lidar com o seu dinheiro é respeitar seu tempo e sua energia vital. O dinheiro é o que você recebe em troca do seu trabalho e usa para ter mais liberdade e ser feliz.” –
Pandora Treinamentos

Quer aprender a utilizar sua energia vital da melhor forma para ter mais prosperidade nas finanças e em todas as áreas da vida? Conheça o Livro-Agenda 365 Autodesafios.

Com ele, você pode praticar pequenas mudanças diárias que farão você vencer padrões e hábitos limitantes, para gerar novos comportamentos e resultados positivos.

Lucas Scudeler

Lucas Scudeler

É Trainer de Alta Performance da Pandora – Evolução Consciente. Formado em Planejamento Estratégico e Coaching em Psicologia Positiva. Já atuou em consultoria internacional atendendo clientes como Sabesp e Peugeot. É especialista em Psicologia Positiva e Coaching pela Universidade Monteiro Lobato em parceria com o Instituto Brasileiro de Coaching.

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