Psicologia na alimentação: 3 benefícios do Mindful Eating
Mindful eating atua no equilíbrio entre alimentação e comportamento cotidiano
Por Marcelo Anselmo
A pandemia de coronavírus vem trazendo inúmeros desafios à sociedade no que diz respeito ao vaivém (ou não) das pessoas nos ambientes, às finanças pessoais e familiares e em desequilíbrios de doenças crônicas.
Este último viés desdobra-se em dificuldades, sobretudo, no controle de sinais e sintomas de doenças que abrangem o binômio “alimentação e comportamento”, tais como: obesidade, compulsão alimentar e ansiedade.
Desse modo, estes desequilíbrios cotidianos pelos desafios em gerenciar nossas próprias emoções e particularidades orgânicas das doenças citadas evidenciam o elo consistente entre a psicologia e a alimentação. A seguir, depois de entender um pouco mais desse cenário, veja 3 benefícios do Mindful Eating.
Emoções cotidianas podem impactar diretamente na alimentação
É muito interessante observarmos que as pessoas manifestam na comida as inquietudes, irritações e angústias deflagradas por desarmonias psicológicas, fazendo com que esse espiral de eventos resulte em uma “fome emocional” no cotidiano, capaz de interferir na maneira como nos comportamos conosco mesmos, com familiares e no trabalho.
Dentro dessa perspectiva, o Mindful Eating, caracterizado pela aplicação do comer consciente no dia a dia, posiciona-se como um recurso de grande efetividade para o sucesso da integração psicologia e alimentação.
A prática visa desenvolver hábitos saudáveis que se desdobram em padrões de comportamento por meio de recursos da atenção plena na alimentação que reduzam os episódios de compulsão alimentar e evitem gatilhos de falsos prazeres pela comida desencadeados pelo estresse, ansiedade e burnout.
Mindful Eating atua na reprogramação mental humana
A prática modula a forma como nos relacionamos com estímulos provenientes do ambiente e na consciência perante atitudes arraigadas da nossa estrutura comportamental, bem como, nos encoraja a desenvolver competências emocionais como resiliência, compaixão e autocuidado para lidarmos de forma mais harmônica com desafios contemporâneos.
Dessa maneira, é possível concebermos diversos benefícios do comer consciente no comportamento humano, dentre os quais, destaco estes:
1. Proporciona facilidade de observação e percepção
As técnicas de comer consciente são recursos práticos e com grande capacidade de nos remeter à autoanálise e auto-observação, proporcionando uma desconstrução da realidade maléfica a qual estamos inseridos e que desejamos mudar.
Assim, pouco a pouco, podemos edificar caminhos de reflexão perante o modo como agimos e reagimos perante as demandas da vida.
2. Geração de competências emocionais
A aplicação do Mindful Eating no viés psicológico transcende o momento da refeição, proporcionando ao cliente uma mudança de aspectos comportamentais perante a vida e frente ao cotidiano, culminando no fortalecimento de competências sociais e emocionais para lidarmos, por exemplo, com os desafios da pandemia.
Gratidão, equilíbrio emocional e adaptação são iniciados em exercícios de atenção plena no momento da alimentação e, pouco a pouco, explorados de forma sinérgica e transcendental em situações relacionais.
3. Mudança de padrões de pensamento e comportamento
O pensamento pode modular e ditar a forma como agimos e como nos comportamos no ambiente!
Se analisarmos em um contexto cognitivo-comportamental, isto é, como o pensamento impacta no modo como agimos, o Mindful Eating contribui de forma valiosa para reduzir a “entrada de pensamentos intrusos” voltados à compulsão alimentar e farra alimentar (binge eating) e ao ciclo de pensamentos ligado à ansiedade, que nos levam a buscar fontes de prazer imediatas.
Fisioterapeuta e Professor de Educação Física; Mestre em Educação; MBA em Marketing; Especialista em Gerontologia; Certificado em Gerenciamento de Estresse; Especialista em Mindfulness e Mindful Eating. Contato: marcelo@plenitudebemestar.com.br
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