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Que tipo de nora você é?

Reflita sobre como se relaciona com a mãe de seu par

Atualizado em

Tanto se fala das sogras, muitas vezes vistas como as mães dos “filhinhos queridinhos e mimados” ou as mães “dominadoras e palpiteiras das filhas”, mas as mulheres que são noras também carregam seus estigmas. Será à toa ou isso também tem fundamento?

Muitas sogras se queixam de suas noras, mas dificilmente se queixam de seus genros. As mulheres têm a tendência de achar que as filhas podem e devem suportar com mais paciência um marido difícil e tentam, elas também, conquistar a simpatia do genro.

Fazem mimos para o marido da filha, usualmente são simpáticas e quando ele está completamente fora de controle elas pedem calma… para a filha, não para seu marido. Sim, ainda há resquícios de uma sociedade machista em que as mulheres suportam tudo!

Noras negativas

Mas quando o assunto é a nora (e não o genro), a coisa muda de figura, porque nem sempre a nora é aquele ser angelical, vítima de uma sogra ciumenta.

Muitas vezes a nora é quem impede a sogra de continuar sendo mãe, às vezes sente ciúme do marido e quer “poder total” sobre ele, impedindo ou criando sérias dificuldades para que a sogra frequente a casa do casal.

Veja abaixo alguns comportamentos do que uma nora é capaz quando é muito possessiva, insegura ou controladora:

  1. Reclama com frequência da sogra para o marido, chegando a distorcer os fatos para manipulá-lo.
  2. Na frente do marido é falsamente gentil, mas longe dele solta farpas crueis sobre a sogra.
  3. Cria dificuldades para a convivência da sogra com seu filho e netos, mesmo que eles gostem da avó.
  4. Usa ironias sutis de modo a constranger e agredir veladamente a sogra.
  5. Provoca situações estresseantes se fazendo de vítima, obrigando o marido a fazer a mais infantil e desagregadora das escolhas: “ou eu ou sua mãe”.
  6. É agressiva ou irônica em seus comentários, buscando a cumplicidade dos presentes, deixando a sogra – e também os presentes – numa saia justa, divertindo-se secretamente com a situação.

Como podemos ver, às vezes a “megera” não é a sogra. As mulheres competem entre si muito mais do que os homens e, nesse tipo de relação conflituosa entre sogra e nora, ambas saem perdendo muito, já que uma verdadeira confusão de papeis se instala.

O que a nora perde de vista é que a mãe jamais vai deixar de ser mãe, já a mulher… Não, essa frase não se trata de uma ameaça, mas de uma verdade incontestável.

Muitas noras aceitam interferências da própria mãe, mas não aceitam opiniões de suas sogras, nem mesmo quando essa interferência vai beneficiá-las. Afinal, como elas podem saber disso se sequer estão disponíveis para ouvir?

Ter na sogra uma inimiga, logo de saída pode ser o passaporte para muitos dissabores e conflitos em família. Claro que os valores podem ser bem diferentes, assim como as “manias” ou os pontos de vista.

Mas ao invés de armar um ringue, não seria melhor encarar essa situação como um aprendizado? Por que não entender que você pode conviver com as diferenças e escolher o diálogo franco e delicado ao invés de cinismo, dissimulação ou mesmo agressão?

Noras positivas

Bem, certamente existem noras muito sensatas e cheias de boa vontade: veem na sogra uma parceira e uma cúmplice. Essas mulheres podem desenvolver uma amizade sincera, com espaço para expor seus pontos de vista divergentes, primando pela civilidade.

Também podem sair juntas às compras e pedir à sogra para ficar com os pequenos uma vez ou outra, para que o casal possa namorar sossegado.

E então, que tipo de nora você é? Se for do tipo negativo, ainda está em tempo de refletir um pouco sobre quanto tempo você está perdendo lutando com o vento, pois mãe é mãe e isso não muda nunca.

Lance um olhar um pouco mais generoso sobre sua sogra, aceite o desafio de conviver com as diferenças entre vocês sem que isso se transforme numa competição e não esqueça: seu marido escolheu você para compartilhar a vida, portanto não há motivo para não querer bem esta senhora que, afinal, contribuiu para seu casamento existir!

E você, que é o tipo “nora legal”, aproveite a convivência harmoniosa com sua sogra. A família inteira só tem a ganhar!

Celia Lima

Celia Lima

Psicoterapeuta holística com abordagem junguiana há mais de 30 anos e pós graduanda em Psicologia da Saúde e Hospitalar pela PUC-PR. Utiliza os florais, entre outras ferramentas como método de apoio ao processo terapêutico, como vivências xamânicas, buscando um pilar metafísico para uma compreensão mais ampla da vida, da saúde física e emocional.

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