Reflexão sobre a vida: a beleza do caminho
O fim é melhor do que o meio, mas o êxtase sem dúvida alguma está na beleza do caminho.
Por Felipe Boni
Na vida, há o tempo de colher e o tempo de plantar. A vida é feita de ciclos que nunca cessam. Quando um termina, outro imediatamente começa. Fazemos parte disso, quer se perceba, quer não. Quer se tenha consciência ou não. Então, melhor começar a se conscientizar!
A única certeza que podemos ter sobre a vida é a sua própria impermanência. Vivemos em ciclos constantes: ora é dia, ora é noite, é inverno ou verão, está quente ou frio, bom ou ruim. Entre os opostos: o tempo.
Assim é a vida, flui como um rio, desviando das pedras e nunca parando por causa delas.
Afinal, temos controle de nossas vidas?
Por sermos humanos e pensantes, muitas vezes temos a pretensão de controlar nossas vidas. Num primeiro momento, achamos que se evitarmos todos os dissabores, problemas e dificuldades, seremos mais felizes. Porém, com isso, também reduziríamos nossa possibilidade de evolução.
Sim! Problemas, dificuldades e dissabores nos trazem sofrimentos e fases ditas ruins, é verdade, mas nos transformam em alguém melhor e mais forte.
Momentos difíceis oferecem oportunidade de sair da estagnação. Conheça três caminhos para lidar com crises nesse artigo.
Quando repensamos o controle e a inconstância da vida, passamos a perceber que o controle é desnecessário e ilusório, enquanto a inconstância nos molda em seres melhores, e portanto é essencial e positivo.
O desejo de ser bem-sucedido
O modo de viver em sociedade impõe regras, algumas claras e audíveis enquanto outras silenciosas. O desejo de ser bem sucedido, de realizar sonhos, de ser motivo de orgulho para nossos pais e filhos, a independência financeira, boas relações, bens adquiridos, aparência física em dia, dentre outros.
Todas essas exigências nos colocam numa rotina complexa, de acordar cedo, trabalhar, correr para o almoço, pagar as contas, cuidar dos filhos, se aprimorar nos estudos, ir para a academia, se relacionar e quiçá ter tempo para si mesmo ou para um terapeuta.
Passamos a viver no modo automático, sempre visando o fim. O fim do caminho: as contas pagas, o estudo finalizado, a casa comprada e quitada, o status de bem sucedido já adquirido, o corpo sarado e bonito etc.
Mas a vida não ocorre dessa forma. Tudo, absolutamente tudo leva um tempo para acontecer. Levamos nove meses para nascer. Meses para engatinhar e depois andar. E assim por diante.
E aí eu me pergunto: Sou bem sucedido apenas quando engatinho ou ando? É claro que não. E bem sucedido nem seria a palavra certa para este exemplo, mas sim “feliz”! Sou feliz somente no final desse processo? Não. Sou feliz a cada momento.
Já reparou a capacidade natural da criança em apreciar o caminho? A mente ainda não está lá. O piloto automático ainda não tomou conta.
A importância dos processos que nos levam ao sucesso
No mundo dos fenômenos, sucesso geralmente está conectado ao fim, com bens materiais, quando esta compreensão verdadeira deve ser a apreciação do caminho. Possivelmente os bens, mas a felicidade sentida e adquirida até que os bens cheguem até você.
De nada vale uma fortuna se perder sua família por isso. Ou uma mansão cheia de carros importados, se não tem saúde e paz em seu interior.
Sucesso é um conjunto de fatores e principalmente o conhecimento de si mesmo, a reconquista da consciência de quem se é e de como a vida e seus valores estão acima daqueles outros, impostos pela sociedade, uma fábrica de desejos materiais e status sem fim,
O rico proprietário de uma casa no bairro mais chique da cidade, o dono de um carro da última geração, o empreendedor do ano, o mais inteligente, o mais bonito, o mais blá blá blá… E certamente o mais alienado de valores reais!
A vida adulta e seu excesso de regras nos tira do tempo presente, do “agora”. Perdemos a conexão com o agora, porque perdemos a conexão com quem somos, com nossa própria singularidade e a natureza à nossa volta.
E aí começam os sinais de depressão, ansiedade e tantos transtornos, porque simplesmente nos desequilibramos. Se não há consciência do fato, o desequilíbrio tende a se tornar cada vez maior, acarretando mais problemas que afetam não só a alma, mas o corpo, através de doenças, cansaço, insônia e outros males conhecidos.
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A importância de viver o presente
A sociedade impõe um modo de viver que nos tira do que verdadeiramente importa. Felizmente, estamos vivendo um momento de transição planetária onde surgiram inúmeras terapias e filosofias de vida, que nos levam de volta à nossa origem espiritual e de conexão com a natureza e com o nosso corpo. E este é o meu trabalho!
O dia a dia corrido nos coloca no passado, porque a insatisfação constante nos faz sentir falta de momentos em que já fomos felizes. Ou então nos coloca no futuro, quando ansiamos o fim e um sentimento também de felicidade. Em ambos casos, não estamos aqui no eterno presente.
A percepção que estamos sendo convidados a treinar e que pode nos levar a uma vida plena, calma e feliz é justamente o vivenciar o agora, o caminho no tempo presente.
Se intento muito comprar ou construir uma casa, me alegro em agradecer por ter esse alvo a ser alcançado e que me manterá vivo e motivado até o momento de sua conquista. Pois quando este fim chegar, certamente um novo caminho se abrirá. Assim é a vida.
A importância de ser grato
Somos humanos, vivemos das escolhas que fazemos e estas nos alimentam. Levantamos e dormimos almejando tais coisas, no entanto é importante que entendamos que nada disso nos pertence em essência, pois tudo faz parte do transitório.
Dito isso, então por que não pensarmos em ser gratos, em primeiro lugar, pela nossa capacidade de escolher algo diferente de forma desapegada?
Somos convidados a apreciar o caminho que nos levará até o objetivo final. Mas o final não é a meta, pois o êxtase está no caminho.
Não é apenas o diploma de um curso universitário que importa, mas todo o trajeto até lá. O vestibular, os amigos que se fez, o conhecimento que se adquiriu, as noites mal dormidas estudando para provas e o orgulho de nossos pais por tudo isso.
E claro, principalmente o nosso próprio deleite. Bem como a casa construída, cada tijolo deve ser celebrado com alegria.
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A beleza do caminho em tempos pandêmicos
Em meio a uma pandemia, todos certamente esperamos seu fim, para o retorno a liberdade e aos abraços dos que amamos. Mas será que não devemos reconhecer este momento como parte da transição planetária e individual que estamos vivendo?
Qual seria então a nossa função neste momento? Viver pensando nostalgicamente em tudo que temporariamente perdemos? Sonhar desesperadamente em ansiedade para que tudo volte ao normal? Qual normal? Ou seria olhar com mais calma e serenidade para as opções do que se pode fazer agora?
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Aí está a beleza do caminho, o apreciar as coisas que se apresentam no momento presente. Eu estou vivo, acordei, tenho saúde, estou em casa com os meus, ou sozinho, como posso aproveitar melhor este momento?
Mudando a minha percepção! Me sentindo grato por dividir o momento de minha existência de vida no planeta, o qual me permite participar de um estado transitório e único de vida coletiva. Todos estamos aprendendo. Todos estamos evoluindo. Todos estamos em crescimento. É um privilégio estar aqui.
Ser grato muda a percepção, eleva a sua vibração e com isso, melhores ideias e sensações surgirão. Reconheça o que é vital e feliz em sua vida agora e veja sua realidade se atualizar diante dos seus olhos. Tal qual um sistema operacional de um celular.
Quer um código de transformação? Então aí vai ele: você sempre terá mais daquilo que aprecia. Aprecie mais. Diga mais a você e as pessoas que admira aquilo que enxerga nelas de bom.
Sucesso é seguir em frente, como um grande plano sequência. Tal qual o filme 1917, que liderou as indicações no Oscar em 2019. Apaixone-pela sua realidade. Ame sua realidade e reconheça a beleza que já está aí. Pare de se contar mentiras.
Será que posso ajudar alguém? Dar um bom conselho? Sorrir? Simplesmente amar os que estão ao meu lado? Para que veio este momento? Para muito!
A beleza do caminho é o olhar para o que acontece entre o dia e a noite. Entre o verão e o inverno, entre um dia bom e um dia ruim, entre o momento em que se planta até o instante dia em que se colhe. Sem qualquer identificação.
Paciência, resiliência, aceitação de que o tempo é um amigo e não o contrário.
O olhar sobre este caminho, a percepção sobre ele o torna bonito, florido, perfumado, até mesmo com um arco-íris ou uma chuva de verão, você decide!
Aprenda a observar de uma maneira diferente. Aprenda a observar o que muda. Pois tudo muda! Ajuste seu olhar! Sua perspectiva. Desfrute o caminho! E saiba que você, ainda assim, não é nada disso.
E então toda a beleza virá!
O Médico da Alma e entusiasta da expansão da consciência Felipe Boni se dedica a ser uma divertida contribuição para indivíduos, grupos e empresas, encorajando pessoas a reconhecerem potencial e brilho em suas vidas com total permissão, alegria e saber intuitivo. Realiza atendimentos presenciais e online com diferentes abordagens e ferramentas energéticas, tais como Medicina da Alma, Psicanálise, Barras de Access, Facelift Energético, ThetaHealing e Biomagnetismo Médico.
Saiba mais sobre mim- Contato: felipe@felipeboni.com
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