Ser feliz lhe assusta?
Sentimentos como compaixão e simpatia ajudam a repensar a felicidade
Por Vanessa Mazza
Todos dizem que querem ser felizes na vida. Parece até uma verdade universal. Porém, na prática, não é bem isso que acontece.
Você já reparou em qual é a reação geral quando existe alguém muito feliz dentro de um grupo de pessoas? Imagine aquela pessoa sempre sorridente, saudável, bonita, magra, sem problemas financeiros, dentro de um bom relacionamento, bem sucedida profissionalmente…”Impossível!” é nosso primeiro pensamento. “Deve ter alguma coisa errada aí” ou “É tudo falso” são os próximos. Mas será que é mesmo? Absolutamente não!
Uma pessoa pode ter tudo isso e ainda ter defeitos, dificuldades, medos. A diferença é que ela, ao contrário da maioria de nós, luta contra suas adversidades e mantém seu pensamento positivo, não jogando sobre os outros a responsabilidade ou a culpa pelos seus erros. Enfim, pode-se dizer, com certeza, que esta pessoa quer ser feliz, pois ela evita brigas desnecessárias, porque perdoa aquilo que já passou, porque não aumenta a gravidade dos problemas, e, melhor, cuida muito bem de si mesma, pois sabe o quanto a sua vida é preciosa.
Medo de ser feliz
Tudo isso soa muito óbvio e lógico. Então, por que não somos todos assim?
Infelizmente vivemos numa sociedade de escassez, de baixa autoestima, de insegurança em relação ao futuro, de doenças sendo multiplicadas a cada dia. Dentro deste clima, ser infeliz se apresenta como sendo o estado “correto” da vida e a felicidade vira questão de sorte, de acaso, de manipulação dos outros. Por isso, as pessoas felizes ou que fingem sê-lo costumam ser mais invejadas, detestadas ou vistas com desconfiança do que as infelizes, pelas quais todo mundo simpatiza. Isso fica evidente quando a gente deixa de contar algo bom que nos aconteceu, simplesmente porque temos receio de “chamarmos a atenção”, perdendo este benefício. Aí, muitas vezes, passamos a chorar algumas lamúrias para disfarçar, pois, na nossa mente, só podemos ser felizes na obscuridade.
Crescendo juntos
Tudo isso advém pelo fato de nossa sociedade não experimentar a compaixão, o compartilhamento, a doação, o perdão e a simpatia como algo normal, até porque aprendemos que devemos ser líderes, competitivos, ativos e quando não o somos, a outra pessoa não pode sê-lo. Aliás, que lei mais egoísta a que diz que para um vencer, outro precisa necessariamente perder.
Então, antes de invejar alguém que você secretamente admira, fique também feliz. Pense que é muito melhor ter um monte de pessoas alegres, divertidas e colaborativas ao seu lado, que irão lhe ajudar a crescer e a ser feliz também, do que ficar desejando que tudo mundo fique tão mal quanto você. Todos nós podemos crescer juntos. É isso o que nos alimenta realmente. Enquanto estivermos separados, cada um defendendo o seu naco, não haverá grande colheitas, nem grandes comemorações.
Pense nisso!
Graduada em Comunicação Multimídia pela UMESP, é taróloga há mais de 15 anos. Estuda as abordagens desta prática, com o fim de decifrar a complexidade humana, abrangendo em suas consultas temas como feng shui, i ching, astrologia e numerologia.
Saiba mais sobre mim- Contato: vanne.furquim@gmail.com