Suplementação alimentar: entenda os riscos para saúde
Utilizar suplementos alimentares de forma indiscriminada e por conta própria pode ser perigoso
Por Personare
A suplementação alimentar é uma prática cada vez mais presente entre os brasileiros e o assunto é amplamente discutidos nas academias e também nas redes sociais. Hoje, os suplementos não estão mais restritos apenas aos atletas e são consumidos em larga escala.
Mas, será que o uso indiscriminado pode sobrecarregar o organismo e trazer mais malefícios do que benefícios para a sua saúde?
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os suplementos são indicados para pessoas que necessitam de complementação nutricional. Como em casos de dietas restritivas, alterações metabólicas ou então pela necessidade de repor nutrientes que é ocasionada por uma rotina de atividade física intensa.
Porém, a Anvisa alerta: procurar um profissional da habilitado é fundamental para receber as orientações adequadas e, assim, evitar riscos à saúde.
Carina Muller, nutricionista clínica e consultora gastronômica, diz que existem casos e casos e algumas pessoas precisam de suplementos, mesmo que não sejam atletas.
“Os suplementos alimentares podem ser muito benéficos em determinadas situações, como em pessoas que apresentam alguma necessidade nutricional que precisa ser suprida. Porém, isso dependerá muito da qualidade do produto e da quantidade que é prescrita”, ressalta.
Carina diz que existem diversas opções de suplementos hoje em dia e cada um tem uma função específica. Mas, o uso indiscriminado e sem indicação de um médico ou nutricionista, pode ser um problema.
“Utilizar suplementos alimentares por conta própria pode ser perigoso. Afinal, apenas profissionais podem indicar a forma correta de consumo e também prever possíveis efeitos adversos dos suplementos alimentares,”.
Suplementação não pode substituir os alimentos de verdade
Uma alimentação balanceada e variada é a base para extrair os nutrientes e a energia que asseguram a nossa saúde e também o desempenho físico.
Existem circunstâncias em que o alimento sozinho não garante essa oferta e os suplementos ajudam a suprir esse déficit nutricional. Mas, esses produtos não devem substituir o alimento.
A suplementação não substitui uma alimentação saudável . Os suplementos funcionam como complementos, são coadjuvantes de uma rotina alimentar equilibrada.
O efeito da combinação de todos os nutrientes presentes em determinado alimento, é muito mais eficaz para saúde do que o consumo de nutrientes de forma isolada.
Ou seja: uma alimentação saudável é muito mais eficiente por conta do sinergismo alimentar. Carina, explica: “Uma laranja, por exemplo, contém Vitamina C mas também possui fibras, minerais e outras vitaminas. Por isso, o ativo da Vitamina C será muito mais efetivo no organismo (ou biodisponível, como falamos em nutrição)”, explica a especialista.
Whey Protein: em quais casos ele é indicado?
Em termos de nutrientes, como vitaminas, fibras e minerais, os alimentos são mais eficazes. Porém, quando se trata de proteínas, o Whey Protein pode ser mais efetivo, em alguns casos.
A especialista costuma indicar o Whey Protein para pacientes vegetarianos e pessoas que praticam atividades físicas de forma intensa, como uma alternativa para complementar a alimentação e garantir a quantidade diária de proteína no organismo.
“Para pessoas com mais de 50 anos, por exemplo, que tendem a perder massa muscular de maneira mais acentuada, pode ser interessante prescrever a proteína isolada, hidrolisada e de melhor digestão. Desde que prezando pela qualidade do suplemento e também pela quantidade diária adequada”.
Termogênicos
A nutricionista faz um alerta sobre a utilização dos termogênicos que podem ser encontrados em lojas de suplementos e adquiridos sem qualquer prescrição. Mas, no entanto, podem ser perigosos para o organismo.
Esses produtos aumentam a frequência cardíaca e prometem auxiliar na perda de peso, mas podem comprometer a saúde.
“ A cafeína, que é muito presente em muitos desses termogênicos, é um estimulante que age no sistema nervoso central e, a longo prazo, pode causar dependência, problemas com o sono, hiperatividade e ocasionar uma série de problemas de saúde”, alerta.
Polivitamínicos
Parece que aquela ida até a farmácia mais próxima atrás de um polivitamínico também não é algo muito recomendado. Segundo a especialista, os suplementos manipulados contém fórmulas mais seguras e eficientes do que os prontos para serem utilizados, encontrados nas drogarias.
“Esses polivitamínicos vendidos em farmácias possuem quantidades muito pequenas de cada componente e muitas vezes não estão na melhor forma para serem bem absorvidos, na verdade, não fazem o efeito necessário no organismo.”
Para a especialista, suplementos prescritos por médicos e nutricionistas são super bem-vindos. “Desde que a pessoa passe por uma avaliação que aponte a necessidade da suplementação alimentar e que esses produtos sejam prescritos por profissionais capacitados”, finaliza.
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