2025

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Yoga: caminho para a transformação

Comer, Rezar, Amar chama a atenção para o momento presente

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Por que as pessoas praticam Yoga? No livro best-seller “Comer, Rezar, Amar”, a autora Elizabeth Gilbert decide correr em busca dessa prática depois de passar por um difícil processo de divórcio. Na obra, Liz enxerga no Yoga a oportunidade de ter um domínio maior de si mesma, além de encontrar em sua própria mente o equilíbrio que faltava para sua turbulenta vida. A personagem descobre que ao praticar Yoga, ela consegue desviar sua atenção dos problemas do passado e das suas preocupações com o futuro, ganhando mais qualidade de vida. Afinal, Yoga é estar totalmente presente na ação. Vocês já devem ter lido ou escutado essa frase na sala de prática. No entanto, o que vocês podem não perceber é que estar presente na ação não significa somente praticar no tapetinho, mas sim em tudo o que você faz no seu cotidiano, durante vinte e quatro horas.

E o que tem isso haver com transformação? Tudo. Já notou que à medida que nos concentramos naquilo que estamos fazendo nos distanciamos dos ruídos externos e internos, simplesmente porque nossos sentidos ficam como que recolhidos. Os sons, cheiros, visões ao redor parece que cessam ou diminuem a tal ponto que é como se não existissem. A mente dirige sua atividade para aquilo que está sendo feito e nada mais ao redor tem importância. O nome disso é Pratyahara. É através da observação centrada no presente que evitamos repetir nossos enganos e começamos a superar obstáculos. Por estarmos centrados na ação percebemos o quanto somos escravos dos nossos hábitos, inconscientemente ou não costumamos repetir atos e pensamentos.

Nem sempre o que concluímos dessa observação é fácil de admitir, pode-se passar muita raiva ou frustração ao percebermos que não somos o que imaginávamos ser, mas aí você já superou um obstáculo, descortinou o véu da ilusão, avidya. Adquiriu a clareza do que deve ser trabalhado para se chegar onde se deseja, então fica difícil retornar para hábitos e pensamentos antigos, começamos a explorar novos caminhos.

Ao explorarmos novos caminhos afastamos as indecisões (sansaya), a letargia (styana), a fadiga (alasya) e criamos um novo animo perante a vida, a vida se torna mais colorida. Às vezes até sensações físicas desagradáveis começam a diminuir, pois temos a consciência do que devemos fazer para alcançarmos nossos novos comportamentos, hábitos e pensamentos. O nome disso é auto conhecimento, não é um caminho fácil, mas como diz a Amma, “o que é importante é o presente. Seu futuro depende de como você enfrentará o presente”.

O passado já se foi, o futuro inexiste, esteja presente no aqui, no agora, o mais importante é este momento. Costumo falar isso para meus alunos, pense um pouco a respeito.

Rosine Mello

Rosine Mello

Formada em Educação Física, é praticante de Hatha Yoga desde 1998. Atua como professora desde 2005, certificada pelo Simplesmente Yoga.

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