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Descubra sua Deusa e o que ela diz sobre você

Como as nossas ancestrais refletem no nosso dia a dia

Atualizado em

Quem é a sua deusa? Talvez você a conheça como Nossa Senhora, Yemanjá, Maria, Ísis, Oxum, Afrodite, Durga ou simplesmente como Mãe. Talvez você, como eu, encontre-a também quando olha para uma flor ou para seus filhos, quando sente a brisa no rosto ou na mesa de jantar com a família, assim como na perfeita quietude de uma meditação. O caminho da deusa está dentro de você. É aí que ela mora mesmo quando você se esquece de procurá-la.

O nome ou a forma da sua deusa não importam, até porque ela é única para cada pessoa. O mais importante é saber que Ela está por todas as partes – dentro e fora de você.

Deusa é energia da essência feminina

A deusa pode ser entendida como a energia da essência feminina no universo e pode ser considerada a parte feminina da divindade ou como a imagem interior do feminino na psique humana.

Independentemente da forma como você a entende ou se conecta com ela, precisamos entender que, ao longo do tempo, houve a presença das deusas em praticamente todos os lugares.

Muitos teólogos acreditam que, apesar de parecer politeísta nesta multiplicidade, a deusa sempre foi vista como um ser único. Temos nela a representação da totalidade do feminino, que é, ao mesmo tempo, o ponto de partida da vida, o ponto de encontro ao final da vida e a oportunidade de renascer.

Sendo assim, a Deusa seria uma e toda abrangente. Ao longo dos milênios em que seu culto prevaleceu, ela seguia lado a lado com a divindade masculina. Portanto, feminino e masculino representavam a perfeita unidade e a dinâmica da natureza e dos ciclos humanos.

A deusa no comportamento de cada um

Quando nos referimos a alguma deusa específica, estamos nos referenciando a um dos aspectos da totalidade. Descobrir mitos e arquétipos das Deusas dentro de cada mulher é uma oportunidade para o autoconhecimento, entendimento de padrões de relacionamentos, conflitos reprimidos, condicionamentos e dificuldades psicológicas e comportamentais.

Por meio dos mitos, entendemos melhor nossa própria história pessoal, servindo como uma ferramenta de evolução e autorrealização.

  • Quando conhecemos uma deusa, nós nos conhecemos também.
  • Quando encontramos com uma deusa, encontramos novamente com uma parte de nós.
  • Quando lembramos de uma deusa, lembramos quem nós somos.

Mirella Faur diz que as deusas representam as múltiplas manifestações, os atributos e as facetas do feminino arquetípico.

Considerando os arquétipos como campos energéticos autônomos, eles podem ser alterados em razão de modificações conceituais, culturais e sociais, expandindo assim a gama de possibilidades criativas e realizadoras das mulheres.

Por isso, torna-se imperativo ampliar e invocar todo conhecimento mítico e simbólico dos nossos registros atávicos, conectando-nos novamente com toda a gama de práticas e rituais das antigas tradições matrifocais, através de práticas, ritos de passagem, celebrações, círculos de mulheres, poesias, cantos e danças, pinturas, leituras e estudos, meditações e vivências etc.

As deusas convidam cada pessoa a reconhecer o mito que emerge mais naturalmente do seu próprio ser e destino, aponta Gilette Paris.

Sendo assim, abrimos espaço para nossa própria sabedoria inata se expressar e nosso destino se revelar com mais facilidade e naturalidade, apontando o caminho.

Estamos também tirando as deusas da obscuridade, da exclusão da sua presença dentro da estrutura patriarcal que foca e se referência apenas no masculino e no deus único destituído da deusa ao seu lado.

Trazemos ela de volta à vida, em nós e no mundo, restituindo nosso sentido de pertencimento e importância. O retorno da deusa é nosso retorno.

Descubra a sua deusa

Patricia Monaghan, poeta, escritora, professora, ativista espiritual e grande pesquisadora e ícone do feminino e das diferentes tradições da deusa, deixa claro algo que acredito muito e que mostra como o caminho da deusa é para todos.

  • Não existe uma maneira exclusiva de seguir o caminho da deusa.
  • Não existe uma única e verdadeira igreja da deusa e nem um papa do movimento da deusa.
  • Não existe um ritual único.
  • Não existem dogmas, doutrinas ou credos.
  • Não existe uma universidade que possa lhe conferir uma credencial para homenagear a deusa, no seu coração ou em público.
  • Não existe uma Bíblia que lhe diga tudo o que você precisa saber e que restrinja o que você pode fazer.
  • Existe apenas você.

Você e Ela são um caminho de relacionamento. E, como todo relacionamento, temos primeiro o momento do flerte, depois de conhecer-se mutuamente até que conseguimos estabelecer um contato que demanda mais proximidade, e nos apaixonamos, namoramos e vamos nos aprofundando. assim com as deusas também.

Em algum momento, uma chama nossa atenção e começamos a passar por esse processo e vamos aprendendo conforme ela vai acontecendo.

  • Será que você já não a conhece?
  • E se não a conhece, como você poderia começar a se abrir para encontrá-la e permitir que se aproxime de você?
  • Qual deusa vem a sua mente?
  • O que ela evoca em você?
  • Qual imagem da deusa causa desconforto e o que isso pode dizer sobre partes suas que estão esquecidas, adormecidas ou reprimidas?
  • Qual imagem da deusa causa em você alegria, identificação e ressonância?

Por meio das deusas, podemos trazer mais deusas para nossas vidas, para despertarmos outros aspectos e sermos mais completas e inteiras.

Vamos começar?

Ana Paula Malagueta

Ana Paula Malagueta

Utiliza diferentes formas, ferramentas e caminhos como o Yoga, Astrologia, Tarot, Danças Circulares, BodyTalk e movimentos em grupos de mulheres para acessar, desenvolver, resgatar e integrar as energias dos Sagrados Feminino e Masculino em nossas vidas.

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