Viajar sozinha é caminho para o autoconhecimento
Que tal conhecer novos lugares sem a companhia dos amigos, da família ou do namorado/marido?
Por Personare
Você já experimentou conhecer novos lugares sem a companhia dos amigos, da família ou da cara metade? A jornalista e autora do livro “Sozinha mundo afora – dicas para sair pelo mundo em sua própria companhia”, Mari Campos, garante que viajar sozinha pode ser gratificante e oferecer uma série de benefícios como: novas amizades, capacidade de lidar com imprevistos, sensação de liberdade e, principalmente, autoconhecimento.
A escritora conta que costumava viajar muito, mas sempre na companhia de pessoas do seu convívio. Depois de tanto ouvir os viajantes solitários relatarem sobre as maravilhas de desbravar novos territórios sem companhia, ela decidiu seguir o conselho e apostar na experiência.
“Quando viajei sozinha pela primeira vez eu já era casada. Desde então, todo ano costumo me presentear com uma viagem solitária. Acho muito agradável passar um tempo comigo mesma, ter oportunidade de sair da correria do dia a dia e pensar na minha vida. Também é uma chance fantástica de entrar em contato com gente do mundo todo. Já conheci pessoas bacanas em filas de museus e cafeterias, por exemplo”, avalia a autora.
Além disso, Mari ressalta que esse tipo de experiência facilita a administração da própria rotina. Para a escritora, quem viaja sozinho encontra prazer em fazer o que deseja, sem a interferência de terceiros. “É muito bom não precisar negociar com ninguém a hora de acordar, fazer um passeio turístico ou tomar um café”, exemplifica.
Viajar sozinho é seguro?
Alguns viajantes – especialmente as mulheres – ainda têm medo de viajar sozinhos, pela questão da segurança. Mari Campos acredita que o risco de ser vítima de uma situação violenta, como roubo ou assalto, sempre existe e independe de estar fora ou na própria cidade. A diferença é que quando a pessoa está sozinha e em um lugar desconhecido fica mais suscetível, pois só pode contar com ela mesma. Nesses casos, a escritora ensina uma série de cuidados que devem ser tomados:
- Mantenha sua bolsa sempre por perto
- Quando for beber um drink, nunca tire o olho do seu copo. Assim você evita que alguém manipule sua bebida com drogas ou outros tipos de substâncias
- Evite ficar em lugares muito isolados ou desertos
- Use sua intuição na hora de cortar a aproximação de algum estranho ou de interromper a conversa quando alguém estiver incomodando
O melhor destino
A escolha do destino também pode fazer diferença na viagem. Uma dica para quem vai viajar sozinho pela primeira vez, é dar preferência para as cidades grandes, como Nova York, Madrid, Lisboa, Milão, Paris e Londres. “Nos centros urbanos a infraestrutura é melhor. Muita gente tem medo de pegar táxi sozinha, por exemplo, e nesses lugares você consegue se locomover muito bem usando somente o transporte público, como ônibus e metrô”, sugere a escritora.
Antes de se decidir para onde vai, é importante levar em consideração o tipo de atividade que gosta de realizar. A oferta de lazer e atividades culturais também costuma ser maior nas grandes cidades. Na Europa, alguns restaurantes descolados possuem mesas compridas, que comportam muita gente ao mesmo tempo. A rotatividade costuma ser maior e oferece ao viajante a oportunidade de conhecer muitas pessoas durante as refeições.
No caso específico das mulheres, Mari desaconselha a ida solitária a países muçulmanos. “Em lugares como Egito, Irã e Iraque o assédio às ocidentais geralmente é complicado de administrar. Não é o tipo de viagem para fazer sozinha, sobretudo por que somos vistas como exóticas, e os homens acabam prestando mais atenção em nós e observam em qual hotel estamos hospedadas. Nesses casos, a abordagem alheia pode trazer incômodos e aborrecimentos”, alerta.
Faça amigos com facilidade
É comum ouvir que as pessoas que viajam sozinhas preferem ficar em albergues, pois nesse lugar há muitas áreas comuns, aumentando as chances de conhecer mais gente. A escritora concorda com a facilidade de interação que este tipo de ambiente oferece, mas também afirma que os hoteis são boas opções para fazer amigos. “Geralmente as antessalas ou lobbies dos hoteis têm conexão wi-fi à internet. Por este motivo, essas áreas costumam ser muito movimentadas e cheias de gente interessante. Já conheci muitas pessoas nesses locais”, conta.
Se você é mais tímido ou fechado e não tem tanta facilidade de fazer amigos, uma boa opção é se cadastrar em algum roteiro de “walking tour” – visitas a pé nos principais pontos turísticos de uma região. Este tipo de programa costuma ser gratuito, dura cerca de quatro horas e é encontrado nas principais capitais européias.
“Geralmente quem entra nessa onda são justamente pessoas que estão viajando sozinhas. A faixa etária dos participantes costuma ser muito variada e é possível conhecer todo tipo de gente. Depois do passeio muita gente já marca ida a festas ou happy hours, por exemplo. Recomendo a experiência”, relata Mari.
Aproveitando ao máximo a viagem
Outra alternativa para quem está uma viagem solo e quer conhecer melhor determinado local, mas não sabe por onde começar, são os microguias. Esse conteúdo online reúne dicas feitas por donos de blogs que moram nas cidades, principalmente as que ficam na Europa e nos Estados Unidos.
“O viajante pode, inclusive, marcar um encontro com essas pessoas para que elas o apresentem ao lugar e aos amigos. É uma sugestão eficaz principalmente para quem não é tão extrovertido. Quem tiver dificuldade de encontrar microguias na cidade aonde vai, uma opção é frequentar blogs de viagens ou comunidades de viajantes na internet. Aqui no Brasil temos uma infinidade de conteúdo deste tipo, que permite que as pessoas encontrem dicas, tirem dúvidas e, é claro, conheçam gente nova também. Tudo de uma maneira muito ágil e atualizada”, informa a autora.
Solidão e autoconhecimento
Uma dúvida que ronda os pensamentos de quem está planejando uma viagem solo é o medo da solidão. Segundo Mari Campos, não há motivos para se assustar. “Viajando sozinho, só fica sozinho quem realmente quer. Para driblar a solidão, basta ter em mente que se você está em um lugar novo, é para explorá-lo. Então não tenha medo de sair do hotel e viver tudo de bom que a viagem pode oferecer. Até a saudade da família é fácil aplacar com as facilidades tecnológicas. Basta acessar a internet de um cyber café ou do celular e falar com quem lhe faz falta”, esclarece.
Ao final da experiência, a jornalista garante que o autoconhecimento é a melhor lembrança que você trará na bagagem. “Quando viajamos sozinhos somos testados o tempo inteiro, pois é preciso lidar com imprevistos no voo, no hotel ou nos passeios, por exemplo. Nessas situações é importante perceber como você reagiu ao estresse, quais medidas adotou para zelar pela sua segurança, como se abriu às pessoas e o que motivou suas escolhas. Tudo isso gera reflexão e nos ajuda a sermos pessoas melhores e, principalmente, mais conscientes”, finaliza a escritora.
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