Hora de se abrir para um novo amor
É possível substituir a dor e o apego por gratidão e abertura
O amor é, sem dúvida, o tema que mais inspira músicos, poetas, escritores… E não é para menos. Amar é a experiência humana mais completa e a que mais nos aproxima da sensação da divindade, algo que vai muito além de nossa experiência finita e desgastada pelo tempo aqui na Terra.
Ao que parece, ninguém passa a vida sem conhecer o amor, de alguma forma. Seja através de um ato generoso de um amigo, que encobre nossos erros, à custa de perder sua reputação, ou através de uma paixão que nos transforma profundamente, varrendo nossos valores e plantando sementes novas em nossa trajetória.
Embora o verbo amar seja conjugado de muitas maneiras em nossa existência (ainda bem!) é sempre sinônimo de algo que alimenta a alma, mantendo-nos com fé e alegria na vida. O amor é, antes de tudo, uma tarefa de cuidado, carinho, respeito mútuo, confiança.
Leia seu Mapa Astral grátis
Cadastre-se para ler outros mapas, Tarot, Horóscopo e mais.



Ou cadastre-se com seu e-mail
Há quem diga que nossos “amantes” de todas as categorias são aqueles que testemunham nossa história, para que ela não seja solitária e se desenvolva da maneira mais bela que pode se desenvolver. O amor talvez seja o único sentimento capaz de vencer os vícios e os pecadinhos inconfessos, que a todos nos fragilizam ou nos assombram.
Por isso, quando um amor se transforma em algo diferente, por conta de escolhas pessoais, erros, intolerâncias, mudanças de percepção, é muito comum substituirmos a sensação de preenchimento que nos nutria por um vazio amargo e certas lembranças de dor. Por que será que o amor dói tanto?
Amando e aprendendo
Na verdade, sendo o amor uma tarefa sublime e dedicada, quando ele acaba, é sinal de que a tarefa cumpriu seu papel, ensinando algo a nós. Todo ensinamento gera uma mudança de percepção e esta nunca vem facilmente. Seria ótimo se fôssemos seres totalmente moldáveis, flexíveis, prontos para fazer o que é certo no momento certo, bla, bla, bla.
Se fosse assim, nem precisaríamos de prisões, pois nem haveria o que corrigir (imaginem só!). Também não precisaríamos de professores, pois seríamos todos mestres de nós mesmos. Mas o ser humano é imperfeito e precisa do amor para visualizar e manter-se no caminho do bem.
Portanto, leitor, leitora, se você perdeu um amor recentemente, saiba que ganhou muitas lições e que o amor cumpriu sua tarefa de ensinamento, de mostrar-lhe o caminho da luz, do bem, da generosidade. Mesmo se estiver diante de muita dor, tente substitui-la pela consciência de que valeu, sim, a pena, pois, mesmo ainda amargurada, você certamente é melhor pessoa do que antes desse amor, pois uma nova visão foi agregada à sua antiga, somando valores. Ainda que o relacionamento tenha sido conturbado, problemático, cheio de altos e baixos, havia uma semente de amor, tentando sobreviver, ensinar, cuidar. Fique com a semente e desapegue-se do que deveria ter sido.
O desapego do ideal é a chave para qualquer nova possibilidade de amar.
O desapego do ideal é a chave para qualquer nova possibilidade de amar. Deixe o fluxo da vida correr, afinal, ele não está realmente em nossas mãos. Procure ser grato(a) ao que pôde viver e aprender com o antigo amor e chame o novo! A hora de se abrir é a hora de ser feliz. Hoje e sempre. Com 20, 30, 40, 50, 60, 70 anos… não importa. Enquanto ainda houver vontade de se melhorar, de experimentar, de ousar, lá está a semente do amor a brotar. Transforme seus brotos em flores e frutos e ouse começar de novo. O universo sabe quando alguém quer florescer e devolve com carinho esse gesto de abertura. Renovar é viver!
Clarissa De Franco é psicóloga, com Doutorado em Ciência das religiões e Pós-Doutorado em Estudos de Gênero. Atua com Direitos Humanos, Gênero e Religião, além de ser terapeuta, taróloga, astróloga e analista de sonhos.
Saiba mais sobre mim- Contato: clarissadefranco@hotmail.com