Medicina Integrativa: a importância de considerar os sentimentos do paciente
Médico e professor de Medicina e Espiritualidade acredita que doença começa na alma para depois se instalar fisicamente
A relação médico e paciente está evoluindo. Se antes era restrita a uma rápida conversa, para tratar apenas dos sintomas do corpo físico, hoje, muitos profissionais já perceberam que é preciso levar em consideração o que está por trás das doenças, as questões e os sentimentos do paciente. É a chamada medicina integrativa. É quando vêm os questionamentos: qual o sentido dessa doença? De que maneira ela serve de alerta para algo que preciso modificar?
Para José Genilson Ribeiro, doutor em Medicina pela UFRJ, chefe do Departamento de Cirurgia Geral e Especializada, e professor de Medicina e Espiritualidade da UFF, a doença primeiro começa na alma para depois se instalar fisicamente. Muitas vezes, por exemplo, os sintomas estão relacionados a mágoas, conflitos, o que nos deixa preso às dores, dificultando a melhora física.
“Do ponto de vista da medicina ocidental, observamos apenas as doenças físicas, as lesões orgânicas e buscamos sempre um processo que possam explicá-las. Só que não podemos separar o binômio mente-corpo: as emoções, os sentimentos, as reações instintivas não racionalizadas. Se guardarmos mágoas, frustrações, se vivermos em um ambiente altamente estresseante e de conflitos, com certeza esses problemas psicoespirituais vão interferir em no organismo físico”, explica o médico.
Medicina integrativa: olhar transdisciplinar
Para Ribeiro, além da medicina tradicional ocidental, é importante ampliar o olhar e levar em consideração também tratamentos alternativos na busca pela cura do paciente, como a medicina tradicional chinesa, a acupuntura, a homeopatia, o reiki, entre outras técnicas. “Trabalhando em conjunto e integralmente, transdisciplinarmente, podemos ter mais condições de focar e resolver os problemas dos pacientes de uma maneira melhor.”
A vida tem três pilares, segundo o médico: conhecimento, autoconhecimento e beneficência. Uma vez que nos tornamos espiritualmente sadios, o corpo obedece a esse equilíbrio e também se harmoniza. O conhecimento traz crescimento espiritual e a autotransformação, por trazer à luz da consciência as nossas sombras, limitações, defeitos morais e dificuldades. Devemos ter coragem de olhar para dentro de nós modificar as crenças e valores negativos em positivos.
“E estamos aqui para fazer o bem, diariamente, o tempo todo. Ajudar o próximo, os animais, a natureza, a qualquer ser vivo. Nesse processo, nos transformamos em pessoas melhores e ficamos mais sadios”, atesta.
Doenças da alma?
José Genilson Ribeiro recorda uma de suas experiências mais marcantes ao longo dos anos de trabalho em medicina integrativa. Certa vez, uma paciente com uma doença inflamatória e lesão renal descobriu estar com doença de Crohn e um câncer no rim, respectivamente. O tumor precisava ser operado, no entanto, a paciente não estava em um estado psíquico positivo. Após participar de seu grupo, o resultado foi surpreendente: ela controlou, ressignificou as doenças e descobriu um propósito maior ao se tornar reikiana e voluntária no projeto.
“Trabalhamos com grupo terapêutico e meditação, depois fazemos a medicina integrativa (acupuntura, reiki, psicoterapia). Quando é o caso, utilizamos passe, água fluidificada e bioenergia. E essa paciente foi se transformando. O nosso trabalho visa o enfrentamento, a criação da força interior, que alguns chamam de fé. Ela pode nos transformar, modificar a nossa biologia e mudar a história natural das doenças das quais estamos acometidos.”
E será que a Academia está aberta a oferecer estudos na área de medicina integrativa? “A crise que vivenciamos hoje no mundo faz com que as pessoas voltem a atenção para aspectos mais espirituais da vida e, em sintonia com essa demanda, a Academia está preocupada em oferecer estudos na área. Por onde passo, tenho encontrado diversos médicos interessados na disciplina e em criar uma nova relação com seus pacientes”, conclui Ribeiro.
José Genilson Ribeiro é doutor em Medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Chefe do Departamento de Cirurgia Geral e Especializada da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Lifecoach e Terapeuta Holística (Barras de Access, Thetahealing, Facelift e Reiki). Estudante de Astrologia e Constelação Familiar.
Saiba mais sobre mim