Novas mulheres: quem são e o que buscam
Reflexões sobre força do Feminino e as transformações que a mulher vem promovendo em si e no todo
Por Petria Chaves
Hoje vim aqui pensar sobre nós, mulheres. Quem somos, fora da guerra superficial de gêneros. Quem somos a fundo, enquanto um novo modelo de ser mulher. E, principalmente, o que queremos nos tornar – com urgência. Pensando nisso, cheguei a alguns pontos que são decisivos nessa minha investigação e a um termo que tenho gostado de usar: #NovasMulheres.
Novas mulheres amam, cuidam, atuam, criam, negociam, pesquisam e cada vez menos aceitam a falta de coerência. Transitam do ambiente corporativo ao ambiente doméstico com a mesma exigência de si e do outro. Não têm medo do elogio sincero e possuem orgulho delas mesmas. Constroem sua vida em torno do autoconhecimento aliando intuição ao treino e exercício da razão. São masculinas e femininas.
Desenvolvem a beleza que espelha quem elas são de verdade. Não usam maquiagem para esconder suas manchas ou suas dores. Desenvolvem uma espiritualidade plural, sem rótulos ou dogmas. Buscam o poder dentro e fora de si. Por isso, muitas vezes gostam de empreender. Se sentem autônomas e donas delas mesmas. Estão aprendendo a investir e cada vez mais se interessam pelo mundo dos negócios.
A mulher de verdade
Novas mulheres querem uma moda que espelhe quem são de verdade. Denunciam corpos doentes vendidos como produto. Não são mulheres produto para o consumo masculino.
Querem uma gastronomia que alimenta o prazer da alma mas que faça bem ao corpo. Gostam do que é bem feito e buscam essa excelência. Gostam do que é orgânico e natural. Porque isso faz bem para todos. Encaram a maternidade como uma jornada profunda de autoconhecimento e experimentação da excelência com o outro. Choram e sabem que esse choro é de transformação e poder. Sentem-se livres para optar por não ter filhos. Veem os relacionamentos como uma adição ao ser completo que elas já são. Amam e adoram ser amadas de volta, em igual medida. Não usam o companheiro ou a companheira como desculpa para uma vida dependente. Não esperam pelo casamento como salvação para uma vida vazia.
Sentem que sua casa é seu refúgio e que precisa ser cuidada. Valorizam outras mulheres que cuidam de sua casa enquanto elas saem para trabalhar em outros ambientes. Ajudam na construção da consciência e do empoderamento dessas outras mulheres. Veem em outras companheiras de trabalho a possibilidade de ascensão pela união. Não veem umas às outras como rivais. Mas quando isso acontece, se trabalham para entender onde mora sua própria fragilidade de uma competição construída.
A palavra coerência toma um peso essencial para as novas mulheres. Porque é insuportável aparentar ser o que não elas não são.
Possuem visão sistêmica e integral do meio. Exercitam isso dentro e fora de casa. A palavra coerência toma um peso essencial para as novas mulheres. Porque é insuportável aparentar ser o que não elas não são. Consumir é resultado de escolhas conscientes. Livres de bandeiras, fazem o que fazem por autenticidade, convicção e beleza, não por tristeza, nem dor nem compulsão. São arautos de um mundo novo.
Construção de um novo modelo
Novas mulheres pensam a economia e a política de uma nova maneira. E sabem que existe ainda um longo caminho para a construção prática do que elas veem como ideal e justo. Inclusive a construção desse novo modelo de nova mulher.
Neste espaço do Personare venho conversar com você sobre como podemos construir esse caminho. Uma investigação sobre autoconhecimento e poder. Como é essa jornada para você? Em meus próximos textos, vou procurar descobrir e falar sobre o que traz tanto poder para algumas mulheres que já estão há algum tempo empreendendo essa busca. Vamos juntas?
Jornalista e escritora. Em 2008, criou o pioneiro programa Caminhos Alternativos, na Rádio CBN. Na vanguarda dos programas espiritualistas e filosóficos da atualidade, pesquisou e levou ao público durante 9 anos informações sobre saúde, alimentação e qualidade de vida.
Saiba mais sobre mim- Contato: petriachaves@gmail.com