Como transformar a raiva em energia positiva?
Aprenda a transformá-la em força, coragem e determinação
Você já sentiu raiva e depois se culpou?
A raiva é uma emoção que traz muitas dúvidas e contradições. O senso comum, geralmente, categoriza, de forma simplória e dicotômica, as emoções, simplesmente, como se elas pudessem ser somente boas ou ruins.
É fundamental que paremos de julgar as emoções, no caso a raiva.
As emoções simplesmente existem, simplesmente são.
E o objetivo de todas nossas emoções é nos alertar e, principalmente, servir de bússola para o que está acontecendo em nossa vida no momento, para que possamos lidar, evitar ou transformar a realidade que nos circunda.
Todo nosso sistema interno busca se regular, manter nossa vida funcionando em sua potência de forma equilibrada e harmônica.
Você tem medo de sentir raiva?
A raiva é uma das emoções mais desafiadoras de lidar. Às vezes, temos medo de senti-la, às vezes a consideramos inapropriada.
E, ainda, temos os momentos em que a raiva é mal direcionada, o que acaba nos levando a fazer más escolhas, prejudicando nossos relacionamentos até ao ponto de agirmos de forma violenta, “impensada”.
Isso acontece, geralmente, quando fazemos da raiva uma defesa, ou seja, utilizando-a como uma forma de não fazer contato com a real emoção – a emoção primária que, muitas vezes, é a tristeza que está por trás. Nesse caso, a raiva passa a ser uma emoção secundária.
Todavia, podemos fazer da raiva uma grande aliada na nossa vida desde que seja canalizada corretamente, podemos transformá-la em força, coragem e determinação.
Aprenda a direcionar a raiva
É possível direcionar a raiva de forma potente através da meditação. Com esse treinamento, você aprende a identificar se é uma defesa ou uma emoção genuína. Quer aprender?
- Busque um lugar tranquilo, onde você se sinta seguro. Escolha um momento apropriado para que ninguém lhe interrompa durante a prática do exercício.
- Feche os olhos, respire lentamente e observe o que surge. Onde você localiza a raiva em seu corpo? Simplesmente observe. Acompanhe os movimentos das sensações corporais. Perceba se estão parados. Se há um movimento, acompanhe. Siga suas sensações.
- Independente das sensações que surgirem, sejam agradáveis ou desagradáveis, observe. Lembre que são apenas sensações físicas e nada mais que isso. Não há nenhuma situação nesse exato momento que faça com que você se defenda ou reaja. Lembre-se que você está num ambiente seguro!
- Ao sustentar suas sensações, sem buscar de forma desesperadora pará-las, você pode evitar muitos problemas decorrentes de comportamentos impulsivos e disfuncionais.
- Observe suas sensações se transformando e espalhando força pelo seu corpo.
- Durante o exercício, a emoção vai encontrando lugares dentro do seu sistema interno e aos poucos você irá se acalmando… Seus membros podem ir ganhando força, seu pensamento vai clareando e se direcionando, tornando mais assertivo e eficiente.
Ao sustentar suas sensações, sem buscar de forma desesperadora pará-las, você pode evitar muitos problemas decorrentes de comportamentos impulsivos e disfuncionais. O segredo dessa prática é o treinamento. Através da repetição, você aprende a deixar fluir…
Esse exercício pode levar de 20 a 50 minutos dependendo do tempo de experiência que você tem em praticar meditações.
Danielle Pinheiro, Psicóloga, Mestre em Psicologia (UFF), pioneira, no Brasil, como Terapeuta do Sistema Interno Familiar. Possui mais de 10 anos de experiência clínica nas áreas de compulsões, fobias, ansiedade, dependência química e afetiva.
Saiba mais sobre mim- Contato: danielle.pinheiro@gmail.com