Seis formas de aumentar a autoestima
Hábitos simples e consciência dos nossos ciclos ajudam a encarar os altos e baixos da autoconfiança
Por Lucas Scudeler
É muito importante compreender quais pontos afetam, como aumentar a autoestima e como podemos influenciá-los. Todos nós sofremos, em algum momento, com baixa autoestima ou problemas de autoconfiança. Isso é natural, já que a autoestima é cíclica, passa por fases de pico, quedas e instabilidade.
Conheça os seis pilares para aumentar a autoestima!
1. ROTINA
Devemos observar qual é a nossa evolução dentro do assunto que está nos causando incômodo, considerando o histórico de aprendizagem e a energia disponível.
Uma rotina com hábitos positivos faz com que essa observação ocorra de forma natural. O importante é garantir atividades que servirão como âncoras de autoestima.
Rotinas são atividades pré-estabelecidas que sabemos que nos fazem bem.
A autoestima não é atrelada a rituais e nem à própria rotina determinada, mas ambos ajudam a manter um estado de centramento.
Veja hábitos que aumentam a autoconfiança:
- Comer coisas saudáveis seis dias por semana
- Fazer pequenas tarefas domésticas
- Reduzir o consumo de açúcar, cafeína e nicotina
- Estudar algo que gosta ou que é importante
- Limitar o acesso ao WhatsApp e redes sociais (definir horários permitidos)
- Dormir mais cedo
- Incluir algo que valoriza no seu dia a dia
- Criar uma rotina matinal
2. TESTES
Se nos prendemos excessivamente na rotina ou em algum ritual e por algum motivo isso precisa ser alterado, novamente a autoestima poderá ser abalada. Imagine que você coloca seu relógio para despertar todos os dias 30 minutos antes do horário que precisa levantar.
Nesse intervalo de tempo, seu relógio desperta de cinco em cinco minutos para que você possa acordar aos poucos. Porém, em um determinado dia, o aparelho não desperta e você acorda em cima da hora. Você tem duas opções:
- Rotular esse dia negativamente;
- Permitir-se vivenciar o teste de ter de fazer muitas coisas em cinco minutos para não se atrasar e, o principal, escolher se divertir com isso. Nesse caso, torna-se “o dia em que testei algo novo e diferente”.
Dá para perceber como os testes deixam o cotidiano mais leve, contribuindo para aumentar a autoestima?
Por que chamamos isso de teste? Porque se esse dia em que tudo aconteceu de forma diferente foi bom, deu certo e trouxe felicidade, esse “teste” pode virar uma nova rotina.
Podemos dizer então que a rotina é embasada em testes que deram certo. Desse modo, ela dá solidez e constância à autoestima.
3. REFLEXÃO
A reflexão identifica o que está desalinhado com o nosso contexto atual, quais os melhores testes a serem feitos e o que realmente funciona para nos sentirmos bem.
Uma boa reflexão pode utilizar-se de diferentes ferramentas, como o silêncio, a meditação e a escuta de mantras.
Refletir pode ser deixar a mente concentrada naquele assunto que queremos resolver. No entanto, para que essa reflexão seja possível, é fundamental abrirmos mão das reclamações.
Do contrário, teremos efeitos na nossa bioquímica e no nosso hipocampo (área do cérebro responsável pela produção de novos neurônios).
A exposição à negatividade por mais de 30 minutos leva ao aumento do nível de cortisol, acelerando a morte celular. Com o tempo, o hipocampo reduz a função cognitiva. Cientificamente, se mais reclamamos do que agradecemos, começamos a perder capacidade de resolver e solucionar problemas.
Em relação à redução das reclamações, é importante refletirmos que só condenamos fora o que negamos dentro. Toda vez que algo nos incomoda, é porque não estamos querendo olhar para dentro. Em vez de querer ver o outro pelas costas, posso escolher melhorar em mim, curando o que for necessário.
O autoperdão é outra ferramenta poderosa do processo de reflexão. Isso significa ser sincero consigo mesmo e com suas falhas para dominá-las. Encontre os medos e as culpas. Não há problema nisso.
Perdão liberta todos os lados.
Ou, como dizia Mahatma Gandhi, “Os fracos não conseguem perdoar. O perdão é um atributo dos fortes”.
Perdoar é saber que o outro sofre e saber que você também está sofrendo com aquele assunto. É dar o perdão independentemente de concordar ou não.
A gratidão é outra importante ferramenta. É reconhecer que tudo é evolução. Gratidão é enxergar a beleza por trás da situação. Não há dúvida de que agradecer ajuda a autoestima, certo?
4. EXPRESSÃO
Uma comunicação empática é essencial. Você sabia que apenas 7% das informações que nosso cérebro capta vêm das palavras? O resto é absorvido por meio de pistas visuais, linguagem corporal e tom de voz.
Uma pesquisa realizada em uma universidade na Califórnia indicou que humanos saudáveis são preparados para reconhecer pessoas que estão dispostas a ajudar.
Vinte casais foram gravados em vídeos e tiveram amostras de DNA coletadas. Observadores que não conheciam os casais assistiram aos vídeos mudos, sem ouvir o que eles estavam falando. Os observadores deveriam apontar quais eram mais amáveis e confiáveis para pedirem ajuda.
Os casais que receberam mais apontamentos tinham dentro do DNA deles maior variância de ocitocina tipo GG. Eles faziam mais contato visual, eram mais sorridentes e tinham postura corporal mais aberta. Concluíram que a ocitocina GG era muito efetiva para que a pessoa tivesse um estado de abertura de confiança e de compaixão.
A ocitocina GG também é chamada de hormônio do amor! Ela diminui nosso cortisol, hormônio do estresse.
Quando pensamos em expressão dentro do processo da autoestima, uma das mais importantes considerações é falar a verdade. Toda vez que omitimos, mentimos sobre algo, nossa autoestima vai lá para o chão.
5. FUNÇÕES
As funções que ocupamos determinam nosso futuro. Saber retirar excessos e movimentar inércias: esses são os pontos principais para o sucesso. Dentro das nossas funções, temos as macroáreas (comigo mesmo, família, amigos, lazer, saúde, estudos).
Podemos nos perguntar: “qual a função que ocupo com a minha mãe? E com os meus avós? Qual a função que exerço dentro de cada um desses contextos?
É Quando observamos nossas funções, podem aparecer excessos ou faltas, como: “Não saio da casa da minha mãe” ou “Tenho excessos com meus líderes”. Em um grupo posso ser mais líder, e no outro, mais liderado, por exemplo.
Veja uma lista com papéis que podemos exercer, acompanhados das sombras de cada um deles. As sombras são lados negativos quando os utilizamos com excessos ou inconsciência:
- Inteligente (sombra: frio);
- Inspirador (sombra: dono da razão);
- Ingênua (sombra: insossa);
- Sedutora (sombra: rainha da cocada);
- Intensa (sombra: dramática);
- Engraçadão (sombra: estúpido);
- Amigão (sombra: traíra);
- Guerreiro (sombra: agressivo);
- Diplomata (sombra: vítima);
- Zen (sombra: depressiva);
- Mãezona (sombra: megera);
- Paizão (sombra: ermitão).
6. ENTUSIASMO
Como posso aumentar meu entusiasmo? Há duas coisas que biologicamente afetam nosso entusiasmo: termogenia (exposição ao frio e uso de alimentos que aceleram o metabolismo, fazendo o corpo produzir energia) e exercícios físicos de alta intensidade.
Eles estimulam o sistema nervoso simpático, proporcionando estresse positivo no corpo. Isso traz ganho de saúde e outros benefícios que culminam em disposição. No processo de autoestima, é interessante começar com essa rotina de exercício físico e exposição ao frio, pois isso traz energia.
Falar com o coração também é uma forma de liberar o entusiasmo.
Isso significa compartilhar e ensinar aos outros o que temos de melhor. Além disso, é importante tirar a ideia de que o sucesso está lá na frente. Depois de decidir, está tudo certo, o sucesso já está vindo.
A decisão verdadeira nos traz o que precisamos. Já somos a prosperidade, já existe a abundância. Depois de decidido, começamos a arrastar o resultado para perto de nós, porque ele vem por gravitação.
A diferença entre o desejo e a decisão verdadeira se dá na intenção. Na hora que desejamos alguma coisa e não temos ela conosco, temos medo de não conseguir, então vamos nos sabotar. Quando decidimos com coragem, aquilo começa a gravitar para nós e, em questão de tempo, chega.
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Essa é a promessa do livro Deixar Ir, do cientista, psiquiatra e professor de consciência Dr. David R. Hawkins, M.D., Ph.D. Na obra, ele apresenta a técnica de Deixar Ir responsável por resolver dificuldades emocionais e aumentar a autoestima.
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É Trainer de Alta Performance da Pandora – Evolução Consciente. Formado em Planejamento Estratégico e Coaching em Psicologia Positiva. Já atuou em consultoria internacional atendendo clientes como Sabesp e Peugeot. É especialista em Psicologia Positiva e Coaching pela Universidade Monteiro Lobato em parceria com o Instituto Brasileiro de Coaching.
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