Seu signo é, na verdade, todo seu Mapa Astral

Dizer-se ariano, libriano ou de qualquer outro signo é o mesmo que falar “eu tenho cabelos pretos”. Ou seja, não significa muita coisa. Talvez você nem imagine, mas, na verdade, seu signo é todo o seu Mapa Astral.

A pergunta “qual é o seu signo?” – questão comum em nossa cultura – só se tornou significativa a partir do início do século XX, por conta dos movimentos de popularização da Astrologia, em grande parte realizados pelo astrólogo inglês Alan Leo.

Apesar de a Astrologia ser um conhecimento com mais de cinco mil anos de história, a questão dos signos solares e a utilização dos mesmos como uma identidade é relativamente recente.

Frases como “eu sou de Áries”, “meu namorado é taurino” ou qualquer coisa que o valha ditas para um ser humano de antes do início do século XX soariam como um código alienígena.

No passado, essa definição de signo não significava nada. Hoje, para os astrólogos, essa identificação baseada apenas no signo solar também não tem grande importância dentro de um estudo astrológico individualizado. Por isso que seu signo é todo o seu Mapa Astral.

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Por que o signo solar é o mais famoso

Quando Alan Leo popularizou o conhecimento astrológico a partir dos signos solares, o fez por um motivo muito simples.

Para saber qual o signo solar de uma pessoa, basta saber o dia e o mês em que ela nasceu. Todas as pessoas nascidas em 15 de setembro, por exemplo, serão virginianas. Enquanto o signo ascendente exige um cálculo mais complexo, e o signo lunar então nem se fala…

Mas o fato de o signo solar ser mais conhecido do que o signo lunar ou do que o ascendente, por exemplo, não tem nada a ver com uma suposta “maior importância” do signo solar. Mas, sim, com uma maior facilidade da informação.

Como seu objetivo era popularizar a Astrologia, Alan Leo visou divulgar o ponto astrológico que seria mais fácil para qualquer um conhecer. Ou seja, sem precisar realizar nenhum cálculo matemático complicado demais.

Não faz sentido reduzir alguém ao seu signo

Quer ver como a coisa é mais complexa? Se você pensar no Mapa Astral como uma combinação única de elementos, imagine que são:

• 12 signos
• 12 ascendentes
• 12 posições lunares

Juntando tudo isso, chegamos a um número impressionante: 1728 combinações possíveis!

Pensa que acabou? Pois me acompanhe: multiplique 1728 tipos por:

• 3 possíveis posições do planeta Mercúrio
• 5 possíveis posições do planeta Vênus
• 12 posições de Marte
• 12 de Júpiter
• 12 de Saturno

E chegamos ao assombroso número de 44.789.760 tipos diferentes de pessoas!

Não faz o menor sentido estabelecer como critério único (e muito menos como critério principal) o signo solar, caso contrário diríamos que só existem doze tipos de seres humanos na Terra.

E isso é apenas o começo, pois não considerei aqui que cada posicionamento planetário pode se manifestar em 30 diferentes graus, gerando determinados aspectos.

Não levei em consideração pontos significativos, como os nodos lunares, a Parte da Fortuna, nem mesmo os planetas que ficam além de Saturno utilizados no contexto da Astrologia moderna.

Também não considerei o posicionamento dos planetas nas casas astrológicas. A ideia aqui não é ensinar Astrologia, mas mostrar para você, leitor, o quanto o assunto é mais amplo do que parece.

Sim, é complexo

Se você ficou tonto com tantos números, igualmente tonto se sente qualquer astrólogo ao se deparar com reducionismos da identidade de signos solares. Não que não tenha havido mérito na popularização realizada por Alan Leo.

Se por um lado podemos dizer que ele tornou a Astrologia um tanto superficial, por outro temos que admitir que muitos de nós só conhecemos este assunto (eu, inclusive), porque houve alguém como Alan Leo para tirar a Astrologia do calabouço do conhecimento fechado a sete chaves.

Passo a passo para criar e entender seu Mapa Astral

1. Acesse o Mapa Astral do Personare
2. Preencha seus dados pessoais: data de nascimento, hora exata do nascimento (se você não souber a hora exata, tente buscar ou usar uma estimativa próxima) e local de nascimento.
3. Clique em “Gerar Mapa Astral”. O sistema então vai calcular todas as posições planetárias e as casas astrológicas com base nas informações fornecidas.
4. Veja a mandala com todos os pontos do Mapa, além de uma tabela que resume o seu signo solar e todos os outros signos, assim como planetas e casas do seu mapa.
5. Confira as interpretações detalhadas sobre cada aspecto do seu Mapa, como sua personalidade, relacionamentos, carreira, e muito mais.
6. Veja as ações práticas para lidar com os desafios e potencializar os pontos positivos em sua vida, com base nas suas posições planetárias. Por exemplo: como melhorar sua comunicação com base no seu Mercúrio e como lidar com suas emoções com base no seu signo lunar.
7. Salve seu Mapa Astral e leia novamente em períodos diferentes da sua vida. O Mapa não muda nunca, mas a sua forma de interpretá-lo, sim. Você pode voltar ao seu mapa sempre que quiser atualizar seu conhecimento ou fazer novas descobertas sobre si mesmo.

Cuidado com o preconceito astrológico

Muitas vezes, depois de algumas experiências negativas com pessoas de um certo signo solar, como “librianos”, por exemplo, é fácil cair na tentação de generalizar e criar um preconceito astrológico.

Pode ser que você tenha tido duas, três experiências frustrantes com pessoas cujo Sol está em Libra e, a partir disso, decida que todos os librianos são assim.

No entanto, isso é um erro. Em Astrologia, as compatibilidades e dificuldades entre pessoas são verificadas a partir de um estudo chamado “sinastria”. Nele, o signo solar não desempenha um papel, digamos assim, decisivo.

Por isso, seu suposto problema com librianos pode ter sido só uma coincidência. Nada garante que você não possa vir a ter uma ótima história com alguém que tenha o Sol em Libra no futuro.

Além do mais, você também não sabe se o seu problema com os três librianos anteriores não se deveu a outro fator astrológico que só poderia ser identificado mediante uma análise de Sinastria.

Preconceito “positivo” também é equivocado

Do mesmo modo, constitui um preconceito totalmente antiastrológico realizar afirmações do tipo “não contratei fulano de tal porque ele é geminiano” ou “nem tentei amizade com sicrano, pois ele é sagitariano”.

Até para o lado positivo isso seria imprudente. Se jogar num namoro só porque a pessoa é de um signo solar que você “acha legal” é perigoso.

A cultura moderna do signo solar, como você pode ver, deixa muito a desejar quando falamos em verdadeiro conhecimento astrológico!

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Seu signo não mudou nem mudará

Outro ponto importante a esclarecer é que signos não são constelações. Se alguém lhe disser que seu signo mudou devido ao movimento das constelações, essa informação está equivocada.

Embora as constelações se movam ao longo do tempo, o Zodíaco da Astrologia é trópico — isso significa que ele é baseado em um sistema geométrico fixo, não no movimento das constelações.

Quando alguém diz que é de Escorpião, por exemplo, isso não tem relação direta com a constelação de Escorpião.

O que acontece é que, no momento do seu nascimento, o Sol estava na faixa que corresponde ao signo de Escorpião, não necessariamente alinhado com a constelação visível.

Portanto, não se preocupe com as mudanças no Zodíaco que alguns céticos apontam. Seu signo nunca mudou, e nem mudará, justamente porque nunca foi uma constelação. Críticas à Astrologia sempre existirão, mas as piores são aquelas feitas sem conhecimento de causa.

Nós, que apreciamos o tema, precisamos estar devidamente informados para não nos deixarmos levar por informações incorretas.