Sexo passageiro ou namoro sério?
Avalie se está na hora de aprofundar o seu relacionamento
Por Rodrigo Garcez
A fluidez, a rapidez e a superficialidade passaram a permear a maneira como muitos relacionamentos atuais acontecem. Falando especificamente dos relacionamentos amorosos, toda a liberdade sexual conquistada pelas gerações passadas associada à modernização dos meios de comunicação, facilitaram muito a possibilidade do encontro entre pessoas que talvez, sem a internet, nunca viessem a se encontrar. Se por um lado houve um aumento dos encontros amorosos, por outro eles se tornaram mais instáveis e “escorregadios”.
Observando este novo jeito de se relacionar através de uma ótica positiva, percebemos um forte dinamismo nos encontros amorosos, que pode ser usado para aperfeiçoar as relações e trazer flexibilidade na forma como as pessoas lidam com suas diferenças. Contudo, o que se observa, na maioria das vezes, é uma tendência a desenvolver uma dinâmica de relacionamento mais superficial e com pouca consistência afetiva entre os casais, dificultando o entendimento, o compartilhar e a troca. Ao menor sinal de descontentamentos, há uma grande probabilidade de rompimento dos laços amorosos e a busca por outro parceiro “ideal” que vai “suprir todos os desejos” daquela pessoa.
Relacionamentos imaturos
Na realidade, nesse momento perde-se a oportunidade do casal superar uma dificuldade e aprofundar o vínculo de amor, amizade e companheirismo e iniciarem uma nova fase em seu relacionamento, talvez mais maduro e consistente.
Apesar de ser ótimo que as pessoas se relacionam sexualmente de uma maneira mais livre, podem ficar várias dúvidas sobre quando aquele relacionamento sexual pode se tornar algo mais sério, num namoro, por exemplo. Algumas dicas são importantes:
- A primeira orientação é perceber se há uma boa química sexual entre os parceiros. Esta é fundamental para manter a longevidade de um relacionamento. Nos momentos de crise intensa a boa química sexual pode ser determinante para a continuidade do relacionamento.
- Afinidade de ideias e no lazer. Se você conhece uma pessoa e percebe que vocês gostam de fazer as mesmas coisas e tem ideias semelhantes (não precisam ser iguais) sobre a vida, isso ajuda bastante na hora de equilibrar as diferenças.
- Estilos e ritmos de vida parecidos. É muito mais difícil manter uma relação se um gosta de sair à noite e o outro gosta do dia. Não é impossível de conciliar, contudo demandará mais compreensão e que as partes cedam para a duração do relacionamento.
Para finalizar é importante, antes de qualquer coisa, se valorizar gostar de si mesmo e perceber que o investimento no aprofundamento de uma relação vai acontecer na mesma proporção em que há uma troca similar de afeto e de gostar, da pessoa com quem está se envolvendo. O respeito e a vontade de crescer juntos são pilares fundamentais para que uma relação sexual possa amadurecer e se tornar um namoro ou, quem sabe, um futuro casamento.
Para continuar refletindo sobre o tema
Troque experiências sobre a vida afetiva no Fórum Histórias Reais Personare – https://www.personare.com.br/amor/historias-reais-de-amor/
Psicólogo Clínico formado pela PUC-RJ e com especialização na Assistência e Atendimento ao Usuário de álcool e outras drogas pelo PROJAD/Instituto de Psiquiatria da UFRJ.
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