Teste: o que seu quarto diz sobre você?
Maneira como você cuida deste cômodo simboliza suas emoções
Por Celia Lima
O que é seu quarto, senão o espaço mais particular, mais íntimo de sua casa? Nele normalmente você descansa, dorme, desperta, busca recolhimento e aconchego. Para ele você “foge” quando não quer ser incomodado ou quando precisa de silêncio para refletir ou relaxar. Seu dia começa no seu quarto e termina nele.
Como é que você cuida desse ambiente tão importante? Se você imaginar que seu corpo é uma casa, que parte do corpo seria o quarto? Em que parte do corpo, simbolicamente, guardamos tudo o que é íntimo, particular, pessoal? Sim, o coração representa nosso quarto, porque é ele que representa os sentimentos, as emoções.
A maneira como cuida do seu quarto diz muito a seu respeito, sobre como você lida com suas emoções. Um teste rápido pode lhe dar valiosas informações e algumas dicas, caso ache importante refletir. Escolha apenas uma alternativa para cada pergunta abaixo e depois confira seu resultado.
1 – Você arruma sua cama ao acordar?
a) Sempre.
b) Nunca.
c) Só nos fins de semana.
d) Só quando tenho visita.
2 – Seu armário:
a) É todo organizado, sei onde tudo está.
b) É uma bagunça, nunca encontro as roupas que quero.
c) Sei onde estão minhas coisas, mas organização não é meu forte.
d) Tenho armário, mas as roupas ficam espalhadas pelo quarto.
3 – Sua gavetas:
a) Tenho uma gaveta para cada tipo de roupa.
b) Vou jogando as roupas nas gavetas que ainda tem espaço.
c) Divido as gavetas por tipo de roupa, mas não me ocupo em dobrá-las.
d) Arrumo as gavetas uma vez por ano, se tanto. No dia a dia as roupas ficam esparramadas pelo quarto.
4 – Como é a limpeza do seu quarto?
a) Meu quarto é sempre limpo e arejado.
b) A bagunça das roupas se mistura a etiquetas de roupas, caixas de remédios, cosméticos, lenços de papel… Nem abro a janela para não enxergar a sujeira.
c) Tento pelo menos varrer e tirar o pó dos móveis uma vez por semana.
d) Recolho a sujeira quando me incomodo. Não presto muita atenção nisso.
5 – Debaixo da cama:
a) É livre, sem objetos ou sapatos ou minha cama tem gaveteiros que são utilizados com racionalidade.
b) Tem de tudo: de sapatos a roupas sujas, livros e até algum lixo, ou uso os gaveteiros para colocar coisas sem utilidade.
c) Deixo sapatos que uso durante a semana ou uso os gaveteiros para cobertores mais pesados.
d) Faz tempo que não olho debaixo da minha cama. Será que ela tem gaveteiros?
6 – O que você tem na mesa de cabeceira ou no criado-mudo?
a) Tenho uma luminária, um livro, um copo com água e caixa de lenços de papel.
b) Tenho um abajur com a lâmpada queimada, bijuterias, celular, apostila da escola, chicletes, óculos de sol e o que mais couber.
c) Tenho uma luminária, caixinhas para guardar coisas, celular, livros e uma garrafinha de água.
d) Uso a mesa de cabeceira para depositar tudo o que quero que fique à mão.
7 – Uso a cama:
a) Somente para dormir ou descansar e para uma leitura rápida antes de dormir.
b) Minha cama é praticamente um depósito de coisas, além de eu dormir nela.
c) Uso a cama para estudar, dormir, relaxar, chorar, brincar.
d) Pego no sono no sofá. Só vou para a cama no meio da madrugada.
8 – Quem frequenta o meu quarto:
a) Parceiro(a) e/ou filhos.
b) Tudo bem se qualquer um quiser entrar.
c) Meus pais, amigos, parceiro(a).
d) As pessoas preferem não entrar no meu quarto.
9 – Para mim, meu quarto representa:
a) Um lugar de intimidade onde guardo minhas coisas particulares, que só interessam a mim.
b) Um cômodo da casa. Minha privacidade não é importante.
c) Um ninho onde gosto de me acomodar sem muitas exigências, um espaço no qual quem decide as coisas sou eu.
d) Não sinto como se meu quarto fosse meu. É apenas um espaço da casa que eu uso.
10 – Se eu pudesse ter outro quarto, como ele seria?
a) Exatamente como é no momento.
b) Teria mais espaço para eu acomodar minhas coisas.
c) Teria menos coisas para eu poder me organizar melhor.
d) Não consigo imaginar um quarto ideal, mas gostaria que tudo fosse diferente.
RESULTADOS
Considere como sendo seu perfil predominante, as alternativas que representarem 40% ou mais das respostas. Caso suas respostas estejam equilibradas entre as alternativas, lendo todas as interpretações você saberá o que diz respeito à sua forma de lidar com suas emoções.
Se você respondeu a alternativa “a” para a maioria das questões
Você parece ser uma pessoa bastante organizada, cuidadosa e até metódica. A desorganização deve ser um incômodo para você e a ordem provavelmente lhe dá uma sensação de segurança.
Mas, algumas vezes, fazer questão de tanta organização e limpeza pode representar um desejo enorme de controle sobre o que está ao seu alcance, justamente porque você não consegue controlar o que vai dentro do seu coração. Deseja que tudo seja perfeito do lado de fora porque quer acreditar que seus desejos, suas fantasias, suas qualidades são impecáveis, acima de qualquer dúvida!
Minha sugestão é para que você tente relaxar um pouco e aceitar que nem sempre existe disposição para manter seu quarto e sua vida sem uma poeirinha sequer. Algumas pessoas invadem nossa vida sem pedir licença, arrebatam nosso coração, às vezes somos assolados por muita raiva ou por muita paixão e é inútil querermos ter o controle sobre todas as nossas emoções. Permita-se ficar “desarrumado” ou “desorganizado” de vez em quando e simplesmente aceitar que muitas coisas fazem parte de um processo em nossas vidas. Afinal, deixar o quarto ou as nossas emoções desarrumadas de vez em quando pode nos mostrar que uma nova ordem é necessária na vida. Pense nisso!
Se você respondeu a alternativa “b” para a maioria das questões
Está na hora de pensar seriamente em tomar conta de você! Não é possível que se chateie por achar que as pessoas não lhe respeitam, se você nem entende muito bem o que significa respeito próprio, não é? É necessário aprender a colocar limites, não apenas nos outros, mas principalmente em você mesmo. Namorar qualquer pessoa, permitir-se um tratamento agressivo ou invasivo, achar que você não pode fazer nada para que sua vida melhore ou imaginar que ela é assim mesmo, caótica e sem sentido, não vai ajudá-lo a construir relações sólidas e harmoniosas.
Talvez você não queira olhar o que se passa dentro de si mesmo, com suas emoções. Talvez não queira admitir que se sente rejeitado ou abandonado, que se sente perdido e sem saber por onde começar a organizar sua vida. E talvez você se engane, dizendo a si próprio que está tudo bem, que consegue ir levando do jeito que está. Mas, no fundo, tudo o que gostaria é de começar de novo. Não gosta que ninguém interfira em sua vida simplesmente porque não quer ouvir o que sabe ser verdade, mas não tem energia para mudar esse estado de coisas.
O primeiro passo é seu. Sempre dependerá de você aceitar e buscar ajuda e desejar passar tudo a limpo com carinho, benevolência e compaixão para com suas dores. Se as coisas não foram fáceis até agora, você dependerá de uma decisão sua para tomar conta de sua vida. Começar pelo seu quarto pode ser um ótimo exercício para encontrar-se gentilmente com suas dificuldades emocionais. Três sacos de lixo: um para o lixo de verdade, outro para as roupas sujas e outro para o que não usa mais. Simbolicamente, enquanto arruma seu quarto, vá imaginando quais são os lixos emocionais dos quais você deseja se livrar, como velhas mágoas, tristezas, rancores. Veja o que pode ser recuperado, relações que foram arranhadas, mas que valem a pena ser resgatadas, e finalmente perceba, enquanto limpa e organiza seu quarto, quais são as situações ou pessoas de quem você deve se desapegar e se despedir. Experimente!
Se você respondeu a alternativa “c” para a maioria das questões
Você parece ser uma pessoa prática e sensível, que dá importância para o essencial, não se ocupando demais com detalhes. No fundo, gostaria de ser mais metódica e organizada e às vezes se cobra um pouco essas características, mas acaba se deixando levar por alguma preguiça ou deixando para mais tarde afazeres ou resoluções de vida, até que tudo acaba se tornando urgente.
De forma geral, você tem consciência de suas necessidades e dificuldades, tanto emocionais quanto na vida prática. Procura não cometer excessos, mas não deixa de se divertir e de aceitar que a vida coloque você em situações que exigirão análises e reflexões. Apesar de procurar aprender com seus erros, nem sempre está atento para não repeti-los e acaba caindo em algumas armadilhas que, no fim das contas, você mesmo, inconscientemente, prepara!
Minha sugestão é para que aproveite a vida com mais autenticidade tendo certeza absoluta de que você merece tudo de bom que lhe acontece, pois é fruto da boa dose de otimismo e generosidade que coloca em suas ações. É claro que todos podemos fazer mais, mas é importante ter um olhar mais justo para tudo o que você realiza.
Se você respondeu a alternativa “d” para a maioria das questões
Está mais do que na hora de compreender que você não está neste mundo a passeio e tomar consciência de que tem um corpo material, de que o mundo é feito de coisas palpáveis também. A vida não é feita apenas de espiritualidade, de pensamentos ou de devaneios. O excesso de desapego pode desembocar numa enorme desatenção para com suas necessidades básicas, como se alimentar de forma saudável, dormir o suficiente para se sentir produtivo no dia seguinte ou cuidar da higiene pessoal e aparência, de modo a se sentir pertencendo ao mundo que o rodeia.
Viver de qualquer jeito pode parecer um estilo de vida descolado, mas no fundo pode representar também um profundo desprezo pelas pessoas e por si mesmo. Não dar atenção aos próprios sentimentos, como se você não merecesse cuidados, pode indicar uma grande necessidade de contato afetivo que não encontra meios de se expressar, então você age de forma oposta a isso.
Talvez você não saiba por onde começar uma mudança estrutural em sua forma de viver porque talvez se sinta um estranho nesse mundo, como se não pertencesse a ele. Mas o fato é que você está aqui e fantasiar sobre um mundo ideal não vai torná-lo o lugar dos seus sonhos. É preciso primeiro aceitar sua condição humana e então compreender que qualquer mudança começa por você. A vida é feita de atitudes e são elas que dizem algo a seu respeito. Você quer ser uma pessoa diferente, mas não sabe exatamente quem é e nem quem quer se tornar. Não tenha medo de buscar ajuda se for preciso. Tenha certeza de que não é o único com sentimentos de exclusão ou abandono e esteja certo também de que quando começar a se colocar em movimento, uma nova vida vai se apresentar para você.
Psicoterapeuta holística com abordagem junguiana há mais de 30 anos e pós graduanda em Psicologia da Saúde e Hospitalar pela PUC-PR. Utiliza os florais, entre outras ferramentas como método de apoio ao processo terapêutico, como vivências xamânicas, buscando um pilar metafísico para uma compreensão mais ampla da vida, da saúde física e emocional.
Saiba mais sobre mim- Contato: celiacalima@gmail.com