Desafio da Ancestralidade para mudar seus hábitos
Que tal melhorar seu sono, alimentação e sexualidade? Faça esses seis autodesafios
Por Vitor Esprega
Que tal começar agora um novo desafio para mudar hábitos que podem melhorar (e muito!) a sua saúde? A Ancestralidade tem papel fundamental para nossa vitalidade e com seis mudanças simples, você pode garantir muito mais energia e coragem.
A verdadeira saúde vai muito além da ausência de doenças. Saúde é sinônimo de energia, disposição, vitalidade e coragem para encarar desafios. Tudo o que desejamos alcançar na vida – ter mais dinheiro, descobrir nossa vocação, melhorar os relacionamentos, ter mais vigor físico – começa com a saúde. Imagine como seria sua vida se você tivesse energia sobrando constantemente. Quais atividades e paixões você colocaria em prática? Quais conquistas buscaria na carreira e na vida pessoal? Como seriam os seus relacionamentos com familiares, amigos e cônjuge? Imaginou? Agora é hora de entender como conquistar a sua saúde de ferro!
A importância da ancestralidade na saúde
Para que tenhamos energia vital, devemos entender como nosso sistema neurológico funciona. Ele não é rígido, mas adaptativo. A compreensão dos padrões ancestrais e de como eles se adaptam ao contexto atual, nos ajuda a compreender o comportamento humano do ponto de vista neurológico e psicológico.
Nossa sociedade evoluiu de maneira acelerada nos últimos séculos. Porém, a nossa fisiologia não acompanha a velocidade de todas essas transformações tecnológicas. O corpo humano ainda não está biologicamente adaptado às facilidades atuais, como:
- Luz artificial
- Ar condicionado
- Comida abundante disponível a todo momento
- Perfumes e maquiagem
- Trabalhar sentado por longos períodos em frente ao computador
Por um lado, a modernidade traz mais conforto do que tínhamos antigamente. Por outro, nos tira de um estado natural e nos coloca em um estado de excessos gerados artificialmente.
Atualmente, vivemos um contexto de muita informação, muita atividade, muitos estímulos aos sentidos, muito açúcar, farinhas brancas etc. Tudo isso faz com que nossa fisiologia fique desregulada. Ou seja, perdemos saúde e vitalidade.
Visão ancestral x Modernidade
Ancestralidade e modernidade parecem opostos, mas não são. Ao criarmos consciência sobre o nosso histórico neurológico e psicológico, podemos incorporar o que é conveniente dentro dos padrões ancestrais. Toda educação tecnológica precisa de contraponto de educação reversa, que vai de encontro com a nossa ancestralidade.
Toda modernidade deve ser usada de forma consciente, seja o telefone, a televisão, o carro ou o ar condicionado. Se usamos em excesso o ar condicionado, por exemplo, ficamos deficientes na nossa capacidade de regular a nossa temperatura. Outro exemplo é em relação ao açúcar. Nossos ancestrais comiam muita fruta sazonalmente. No outono, comia-se muito, porém, na estação seguinte (inverno) não havia tanta opção de fruta. Portanto, conclui-se que comer muita fruta o tempo todo engorda, pois foge do padrão ancestral, que é comer sazonalmente e variando.
Alimentos que podem ser consumidos diariamente, pois estão nas nossas linhagens ancestrais, são: coco, abacate, azeitona e tomate. Não existiu nenhuma linhagem humana antiga que comia banana todos os dias, por exemplo, então atualmente também não é saudável.
Seis desafios da ancestralidade para você ter saúde de ferro
Agora que você já sabe da importância da ancestralidade para retomarmos nossa condição natural de saúde, conheça os seis pilares para uma saúde de ferro. Cada um deles conta com autodesafios práticos que podemos fazer para voltarmos ao estado natural.
1) Sono
Ancestralmente, dormíamos quando o sol se punha e acordávamos quando ele nascia. Até hoje nosso ciclo circadiano (relógio biológico) regula nossa bioquímica a partir dessa lógica.
Além disso, estudos indicam que a melhor postura para dormir é virado de lado (para a esquerda) com o braço dominante livre. Quando dormimos nessa postura o sono fica mais relaxante. As partes mais duras do nosso corpo sempre foram a coluna e a caixa toráxica, então são essas as partes que deixamos expostas. Assim protegemos todas as partes que são mais sensíveis. Nossos ancestrais não podiam dormir em cima da mão dominante (normalmente a mão direita), pois se viesse algum perigo ela deveria estar livre.
Sugestão de Desafio: Dormir entre 21h e 23h.
2) Termogenia e ambiente
Termogenia é a geração de calor pelo nosso corpo. Há relação direta entre emagrecer ou engordar e usar muita roupa, devido a troca de energia do sistema através do calor. Ao acumular gordura, criamos uma camada de isolamento que nos impede de entrar em contato com o ambiente.
O interessante é que quando nos expomos ao frio, o corpo é obrigado a acelerar o metabolismo e queimar gordura para gerar calor. Isso facilita o emagrecimento e nos coloca em um estado de maior energia.
Sugestão de Autodesafio: Tomar banho com a temperatura da água um pouco mais fria que o comum.
3) Nutrição
Saúde também está relacionada ao nosso ritmo de alimentação. O que não gera saúde é comer o tempo todo. Glicose alta no sangue causa doença, mas esse é o estado mais comum, pois as dietas modernas nos obrigam a comer seis, oito até dez vezes por dia. O que acontece se tirarmos a glicose do sangue? O corpo se adapta a um novo processo metabólico que não precisa mais de açúcar, chamado cetose.
A base da fisiologia de saúde é viver a maior parte do tempo nesse segundo estado metabólico (cetose). A diferença do estilo de vida entre a glicose e a cetose é drástica, pois quando entramos em cetose o corpo reage com muito mais energia e disposição. Por outro lado, quando nos alimentamos para gerar glicose, grande parte da nossa energia vai para a nossa digestão e ficamos menos dispostos.
Sugestão de Autodesafio: Fazer jejum de 12h a 14h (contando as horas de sono).
4) Postura
Além da já citada relação da postura com a qualidade do sono, também há relação direta da postura com a bioquímica do corpo e os estados emocionais. Ancestralmente, a postura ereta garantiu melhor condição para enfrentar predadores, visualizar perigos e encontrar alimentos a distância. Por isso, no sistema humano, manter a postura adequada é sinônimo de bioquímica equilibrada, trazendo coragem e autoconfiança para superarmos obstáculos.
Sugestão de Autodesafio: Ficar de pé a cada 90 minutos.
5) Exercícios
Ancestralmente, associamos saúde a funcionalidades como força, vigor, flexibilidade, leveza, sexualidade e reprodução. Quem tinha força conseguia levantar a pedra; quem tinha vigor conseguia caçar por mais tempo; quem tinha flexibilidade conseguia alcançar alimentos que estavam distantes; assim por diante. A linhagem de pessoas que tinham essas características funcionais tendeu a prosperar, e a que não tinha, provavelmente morreu. Quem não tinha força morria, pois não conseguia, por exemplo, caçar.
Sugestão de Autodesafio: Fazer caminhadas ou exercícios leves quando estiver com energia sobrando.
6) Toque de Sexualidade
Em um primeiro momento, associamos vitalidade com aparência. Na visão humana e ancestral, beleza é sinônimo de funcionalidade, força, flexibilidade, vigor e leveza. Porém, com as ferramentas técnicas e o avanço da medicina, o ser humano consegue simular a aparência de beleza. Ou seja, temos intervenções para mudar a aparência, mas sem a verdadeira saúde.
A aparência em seu estado original é diferente da forma física como a sociedade moderna tenta vender. Na ancestralidade, ela está ligada aos feromônios (bioquímica metabólica), que vêm da saúde. A pessoa que tem metabolismo complementar ao seu será atraente para você e poderá se tornar um parceiro. Quem não tiver esse metabolismo complementar ou for similar a você será indiferente ou gerará aversão.
Sugestão de Autodesafio: Diminuir o uso de perfume ou colônia.
DICA
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Autor: Lucas Scudeler Gomes, sócio da Pandora Treinamentos e Treinador Comportamental com mais de 4,5 mil horas de treinamentos lecionados e mais de 16,5 mil horas de estudos de desenvolvimento humano
Mentor de Alta Performance. Pós-graduado em Psicologia Positiva e Coaching, é escritor há 10 anos e tem 3 livros lançados, além de mais de 350 artigos publicados
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